quarta-feira, 26 de março de 2014

DESAFIO: Grissinis

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Grissini é um tipo de pão italiano, em formato de palito, bem crocante e perfeito para acompanhar pastinhas e patês! Vocês devem se lembrar da versão industrializada da Bauducco que, atualmente, se chama "Biscuit", muito utilizada para servir aperitivos! 

Mas quando falamos da versão "caseira" dos Grissini, estamos falando de algo totalmente diferente, tanto na estética quanto no sabor e textura! 

A receita básica da massa leva farinha, água, fermento, açúcar, sal e azeite. A versão mais tradicional é coberta com gergelim branco, mas as possibilidades são inúmeras! Esta é mais uma daquelas receitas em que a criatividade pode voar alto!! No livro Illustrated Baking, de onde tirei a receita básica, há algumas sugestões bem legais, além do gergelim: com páprica e parmesão, com presunto de parma (enrolado no grissini depois de assado)... Na internet, encontrei variações feitas com ervas frescas, com sal grosso... 

A receita é demorada (como qualquer pão feito com fermento biológico ou fresco), pois há dois momentos de espera para crescimento da massa e exige uma certa destreza no momento de se cortar as tiras e colocá-las na forma para assar... 

Minha primeira tentativa foi um fracasso total... Mas a culpa foi totalmente minha (embora a receita do livro pedisse mais água que o necessário - fui esperta e dosei a água aos poucos, evitando que a massa ficasse grudenta)... Falta de atenção e cozinha não combinam mesmo! Olhem o que aconteceu: a massa estava no seu segundo tempo de crescimento (dentro do forno desligado) e eu fui buscar o meu filho na escola... Para "adiantar", resolvi ligar o forno (que é elétrico) e me esqueci completamente que a massa estava crescendo lá dentro, sobre uma tábua de silicone e coberta por um pano de prato!! Por sorte, voltei a tempo de perceber a burrada e retirar a tábua do forno, antes que tudo pegasse fogo!! Mas a massa estava perdida... Moral da história: nunca ligue seu forno antes de olhar se há algo lá dentro! Básico, não??

A segunda tentativa foi um sucesso: fiz a receita básica, mas inclui páprica (doce e picante) na massa e cobri metade dos grissinis com gergelim e a outra metade com parmesão! Ficaram lindos, rústicos e dourados... Pessoalmente, o sabor do parmesão me encantou mais... E você, qual prefere? Acho que terá que provar os dois antes de emitir uma opinião! rs! Bon Appetit!

Grissini

(30 unidades)

  • 3 colheres de chá de fermento biológico seco
  • 3/4 de xícara de água morna
  • 1 colher de sopa de açúcar
  • 2 1/4 xícaras de farinha de trigo
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • 2 colheres de chá de sal
  • 1 colher de chá de páprica doce
  • 1/2 colher de chá de páprica picante
  • gergelim para a cobertura
  • parmesão ralado para a cobertura

Dissolva o fermento em 1/4 de xícara de água morna. Deixe descansar por 5 minutos. Em uma tigela grande, coloque a farinha, o sal, o açúcar, as pápricas. Faça um buraco no centro e coloque o azeite e o fermento dissolvido. Comece a misturar tudo, juntando o restante da água aos poucos (não coloque tudo de uma vez, para poder ir sentindo a textura - quando soltar das mãos sem grudar, não precisa mais colocar água). Sove na bancada por 10 minutos, até a massa ficar bem elástica. Coloque em uma tigela grande, cubra com filme plástico e deixe descansar por 1 hora (ou até dobrar de volume).
Sove novamente e abra a massa em uma bancada salpicada com farinha em um retângulo de 15x40cm.


Cubra com papel manteiga e com um pano de prato limpo. Deixe descansar por 45 minutos.
Aqueça o forno a 200 graus. Pincele um pouco de água sobre a massa e coloque a cobertura (gergelim ou parmesão ralado - ou ambos, dividindo a massa), pressionando levemente. Com uma faca afiada, corte fatias de 1 cm (com 15 cm de altura) e coloque-as em uma forma salpicada com farinha de trigo (ou forrada com silpat ou silicone), deixando 2 cm de distância entre os grissinis.
Leve para assar por 10 minutos, até ficarem douradinhos. Deixe esfriar em uma grade e guarde em um pote hermético.


Dica: Se ficarem moles, é só voltar ao forno por mais 5 minutos.


Sirva com pastinhas, como acompanhamento de sopas, cozidos, massas... Ou com esta deliciosa abobrinha marinada com azeite, limão siciliano e alecrim da foto...




sexta-feira, 21 de março de 2014

DESAFIO: Tortillas e suas mil e uma utilidades

Tortillas com Chilli Beans by Desafios Gastronômicos
Depois de testar as receitas de Naan (pão indiano) e Pão Pita (sírio), mais uma receita de "flat bread" (ou pães achatados), agora de origem mexicana: as Tortillas! Muito fáceis de fazer, levam fermento para bolo (e não o fermento para pão, como as outras receitas) e gordura hidrogenada (para a massa ficar maleável depois de cozida) e são grelhados rapidamente na frigideira antiaderente! Nesta receita, também retirada do livro Illustrated Baking, fiz a versão com farinha de trigo, mas há também as "tortillas" feitas com milho (que testarei em um próximo "desafio"!).

A única "pegadinha" desta receita é a temperatura da frigideira, que deve estar bem quente... Se a temperatura não estiver alta, a massa vai cozinhar e ficar dura... O ideal é que fique bem tostada (formando "bolhas") e bem maleável, para ser dobrada. Depois que estiver "assada", coloque em um prato e pincele ou borrife um pouco de água, cobrindo com um pano levemente úmido... Assim, as tortillas se manterão hidratadas e não ficarão endurecidas!

Um acompanhamento charmoso para patês, cozidos, molhos... É também a base para vários pratos mexicanos (veja o nosso pequeno "glossário" abaixo). Na primeira vez que fiz, servi com Bifes Marinados no Azeite, Ervas e Limão Siciliano (clique aqui para ver a receita). Na segunda vez, preparei um saboroso Chilli Beans (Carne com Feijão com pimenta Chilli). Uma outra versão desta combinação são os "burritos": tortillas enroladas com recheio (como frango, carne, legumes). Ou então, faça as "fajitas", que são as tortillas dobradas ao meio e recheadas com carne, creme azedo, queijo, guacamole, pimenta...

Com as sobras, fiz torradinhas super crocantes (em formato triangular, semelhante aos "nachos" ou "doritos") e "quesadillas", que nada mais são que as tortillas com recheio de queijo, grelhadas em uma chapa quente!

Ficou confuso (a) com tantos termos culinários mexicanos?? Eu também!! rs Então vamos a um pequeno "glossário":

  • Tortilla: é pão achatado feito com farinha de trigo ou farinha de milho, grelhado em uma chapa quente;
  • Fajita: é tortilla (normalmente feitas de milho), dobrada ao meio (pode ser macia ou dura), recheada com algum tipo de carne, queijo cheddar, alface, creme azedo, pimenta, alface, etc;
  • Burrito: é a tortilla (normalmente feita de trigo), enrolada como uma panqueca e recheada com carne, frango ou legumes;
  • Nacho: é a tortilla (de milho), cortada em pequenos triângulos e torrada ou frita (semelhante aos "Doritos");
  • Quesadilla: é a tortilla (de milho ou trigo), recheada com queijo e grelhada em uma chapa quente e depois cortada em triângulos;
  • Chilli: tipo de pimenta (semelhante ao dedo de moça), vermelha ou verde;
  • Chilli Beans: é o cozido de carne com pimenta chili e feijão;
  • Guacamole: é um molho salgado à base de abacate picado, tomates, cebola, coentro.

Como vocês podem ver, aprender a fazer "tortillas" abrirá muitas possibilidades de receitas na cozinha mexicana! rs Agora é sua vez de usar a criatividade e surpreender a família!! Bon Appetit!

Tortillas (de Farinha de Trigo)

8 unidades

  • 1 3/4 xícaras de farinha de trigo
  • 4 colheres de sopa de gordura vegetal gelada
  • 1 colher de chá rasa de sal
  • 1/2 colher de chá de fermento químico (para bolo)
  • 1/3 xícara de água morna (ou o quanto baste)
Coloque a farinha, o fermento e o sal em uma tigela. Corte a gordura em pedaços pequenos e junte à mistura de farinha. Com a ponta dos dedos, vá transformando a gordura em uma farofa. Junte a água morna (aos poucos) e misture bem até virar uma bola. Sove a massa por alguns minutos. Cubra com um filme plástico e deixe descansar por 30 minutos em local protegido.

Divida a massa em 8 partes iguais. Polvilhe a bancada com farinha de trigo. Com um rolo, abra uma das partes da massa até ficar bem fina (quase transparente). Aqueça uma frigideira grande de fundo grosso (no fogo alto). Coloque a massa e deixe fritar por 1 minuto de cada lado. Coloque em um prato, pincele ou borrife um pouco de água e cubra com um pano levemente úmido. Repita o processo para os demais pedaços de massa. Mantenha as tortillas sempre cobertas com um pano para não endurecer. Sirva com Chilli Beans!

Tortillas de Farinha de Trigo
Chilli Beans

terça-feira, 18 de março de 2014

DESAFIO: Bacalhau a Gomes de Sá, um clássico português!

Não sei se vocês sabem, mas sou 37,5% alemã, 12,5% francesa e 50% portuguesa (minha avó paterna era filha de francês com alemã, meu avô paterno era alemão, e meus avós maternos eram filhos de portugueses! Não é à  toa que tenho a gastronomia correndo nas veias!! rs

E esta miscelânea cultural certamente influenciou minhas tendências gastronômicas... Da culinária francesa, me encantaram as técnicas e o refinamento dos ingredientes e dos pratos... Da cozinha alemã, aprendi a preparar doces (não muito doces) e os pratos à base de carne de porco e embutidos... E finalmente, da culinária portuguesa, herdei o gosto pela fartura da mesa, rodeada pela família e amigos, com muitos pratos rústicos e cheios de sabores marcantes como o do alho frito no azeite e o tão característico bacalhau...

E é sobre "bacalhau" que vamos falar neste post... Um preparo bem trabalhoso (pelo processo de dessalgar o peixe), caro (todo bacalhau vendido no Brasil é importado, principalmente das regiões frias da Noruega) mas, em compensação, é um prato muito versátil, que rende bastante e é perfeito para refeições especiais como Páscoa, Natal, Dia das Mães...

Como meu marido é alérgico a peixe, não costumo fazer bacalhau sempre... As receitas do blog feitas com bacalhau foram preparadas por minha mãe, uma expert no assunto (Bacalhau com Couve Tronchuda e Bacalhau a Espanhola). Até que recebi, da Bacalhau Dias (uma empresa portuguesa que comercializa o produto dessalgado e congelado aqui no Brasil), várias caixas com postas congeladas! Aí não teve jeito... Tive que "entrar na dança" do bacalhau! rs

Minha primeira "empreitada" foi a Empanada de Bacalao (uma receita espanhola feita pelo Claude Troigros em seu programa "Que Marravilha Revanche"). Convidei meus pais (especialistas em bacalhau, rs) para provarem a receita (em um dia que o Alê não ia jantar em casa...). A aprovação foi tanta que me pediram para fazer o prato novamente no Natal! Sucesso total!

Na semana passada, quando meu marido foi viajar a negócios, pensei em preparar as duas caixas restantes de bacalhau congelado! E lá foram meus pais novamente convocados para a empreitada! E o Erik também!

Escolhi a receita de Bacalhau a Gomes de Sá, a base de batatas cozidas, ovos, cebola, azeitonas portuguesas e muito, muito alho e azeite! E, mesmo com a batata, preparei também um arroz branco e alho frito em fatias, que meu filho adora!

Como as postas estavam dessalgadas, só tive que descongelá-las, cozinhá-las no leite e limpar a pele e as espinhas (nada de ficar de molho por vários dias... rs). As batatas precisam ser cozidas antes, mas não muito, para ficarem macias e firmes ao mesmo tempo depois de irem ao forno... A cebola também tem um pequeno truque: um choque térmico para tirar a acidez! Também o alho não é colocado cru para temperar o prato... Deve ser frito para potencializar o seu sabor e não deixar gosto na boca depois! Resultado? Uma delícia de prato, saboroso e completo!! Bón Appetit!

Bacalhau a Gomes de Sá

8 porções


  • 4 postas de bacalhau dessalgadas e limpas (cerca de 700 gr)
  • 1 kg de batatas sem casca cortadas em rodelas
  • 1 litro de leite
  • 3 cebolas cortadas em fatias finas
  • 100 gr de azeitonas portuguesas
  • 8 dentes de alho grandes
  • 1 xícara de azeite extra virgem
  • salsinha picada para decorar
  • 3 ovos
  • pimenta do reino e sal (se necessário)

Cozinhe as postas de bacalhau no leite até ferver. Desligue o fogo e deixe descansar por 30 minutos. Limpe as postas de bacalhau, retirando a pele e as espinhas.
Cozinhe as batatas em água (sem sal) até ficarem "al dente". Coe e reserve.


Coloque as cebolas cortadas em uma tigela de vidro, cubra com água e leve ao microondas por 1 minuto. Coe a água quente, jogue água fria, coe novamente e reserve. Frite em 2/3 de xícara de azeite 5 dentes de alho picados. Reserve.

Aqueça o forno a 180 graus. Em uma travessa que possa ir ao forno, faça uma camada de bacalhau, uma camada de rodelas de batata, cebolas e azeitonas. Regue com metade do azeite frito com alho e com a pimenta do reino. Repita as camadas. Leve ao forno por 1 hora.


Enquanto o bacalhau está no forno, corte os demais dentes de alho em fatias finas e frite no restante do azeite. Reserve. Cozinhe os ovos por 15 minutos. Descasque e corte em 4.

Retire do forno, decore com os ovos e com a salsinha picada. Sirva com o alho em fatias frito no azeite. Se desejar, sirva também com arroz branco. Para harmonizar, nada melhor que um bom vinho verde gelado! Tim tim!


Bacalhau a Gomes de Sá, by Desafios Gastronômicos

quarta-feira, 12 de março de 2014

DESAFIO: Bolo (Salgado) de Pão de Queijo

Bolo de Pão de Queijo by Desafios Gastronômicos
Provei esta receita pela primeira vez em um local bem inusitado... Dentro dágua! Isso mesmo: estávamos em Paraty, passeando no nosso veleiro quando encontramos outro veleiro amigo, o "Vento", do Coca e da Maria Helena. Atracamos perto de uma ilha e fomos nadar - ou melhor - boiar com nossos "espaguetes". Não tem nada mais gostoso que ficar boiando na água (quase morna) e batendo papo! Até que começou a bater uma fominha e a Maria Helena foi até seu barco e nos serviu fatias de um bolo salgado delicioso, com sabor de queijo (e nós continuávamos dentro dágua, que folga... rs). Claro que eu pedi a receita e me surpreendi quando ela falou que era um Bolo de Pão de Queijo, feito com polvilho (sem farinha de trigo).

Receita facílima e prática: em menos de 45 minutos um delicioso lanche está pronto (com bem menos trabalho que fazer as "bolinhas" do pão de queijo), mas com o mesmo sabor e textura! Adorei!! A única modificação que fiz foi substituir uma das xícaras de polvilho doce (eram 3 na receita original) por uma de polvilho azedo... Acho que o polvilho azedo dá aquele gostinho tão peculiar do pão de queijo! A recomendação da Maria Helena também foi utilizar o queijo ralado da marca Vigor, mas pode ser feito com parmesão ralado na hora também! Testei das duas formas e ambas ficaram ótimas! Agora, se você quiser fazer o pão de queijo "tradicional" em casa, também tenho uma receita ótima: clique aqui!

Bolo de Pão de Queijo


(1 bolo grande)


  • 1/2 xícara de óleo
  • 1 xícara de leite
  • 3 ovos
  • 200 gr de parmesão ralado
  • 2 xícaras de polvilho doce
  • 1 xícara de polvilho azedo
  • 1 colher de chá de orégano (opcional)
  • 1 colher de sopa de fermento em pó
  • queijo ralado para polvilhar (opcional)
  • óleo para untar a forma

Aqueça o forno a 180 graus. Unte uma forma de bolo com buraco no meio com óleo. Bata no liquidificador o óleo, o leite e os ovos por 2 minutos. Acrescente o queijo parmesão e bata mais alguns segundos. Coloque os polvilhos, o fermento e o orégano (opcional) em uma tigela. Acrescente o líquido aos poucos e vá misturando até  ficar bem homogêneo. Coloque na forma, polvilhe com queijo parmesão (opcional) e leve para assar por 30 minutos, ou até ficar bem dourado e o palito sair limpo.


Dica: sirva morno. Depois que esfria, a massa fica com uma textura diferente, semelhante a um bolo feito com farinha de trigo. Para voltar a ficar com textura de "pão de queijo" - com casquinha crocante e o interior meio puxa-puxa - aqueça por alguns minutos no forno ou no forninho elétrico. Se desejar, antes de aquecer novamente, polvilhe com queijo parmesão.




terça-feira, 11 de março de 2014

DESAFIO: Chelsea Buns, um clássico da confeitaria inglesa

Chelsea Buns by Desafios Gastronômicos
E os desafios da confeitaria inglesa continuam, inspirados pelo reality The Great British Bake Off e pelo livro Illustrated Baking! Chelsea Buns são "enroladinhos" de pão doce, recheados com frutas cristalizadas e cobertos com mel! Este doce foi criado no século XVIII por uma confeitaria chamada House of Buns, localizada no bairro de Chelsea, em Londres!

Semelhantes aos Cinnamon Rolls (só que com frutas cristalizadas), os Chelsea Buns são perfeitos para o chá da tarde! E também para a sobremesa, o café da manhã, a ceia... rs... São macios, perfumados, levemente doces... Infelizmente o tradicional prédio da doceria onde foi criado já foi demolido, restando apenas desenhos de sua arquitetura londrina charmosa...

A receita foi retirada do Illustrated Baking e é ótima! A massa leva menos manteiga que os Cinnamon Rolls e fica mais macia (ainda), além de demorar menos para crescer... As especiarias (canela, cravo, noz moscada) e as frutas cristalizadas combinam perfeitamente, além de darem um visual incrível aos "buns", que são finalizados (lindamente) com mel, para dar o seu brilho característico!!

The Old Chelsea Bun House - foto da Wikipedia
Fiz a receita duas vezes: a primeira, como indicava a receita, utilizei uma forma quadrada... Na segunda vez, testei com a forma redonda... Na minha opinião, a redonda preserva mais o formato dos "buns" e a massa teve mais espaço para crescer... E você, qual prefere?? Aqui em casa, ninguém se posicionou... Acho que estão esperando eu fazer novamente em uma forma triangular para emitirem uma opinião... rs... Só sei que redondos ou quadrados, os Chelsea Buns desapareceram em minutos!!

Versão com forma quadrada...

Versão com forma redonda... Qual é a sua preferida??

Chelsea Buns

9 unidades

para a massa

  • 2 colheres de chá de fermento biológico seco
  • 1/2 xícara de leite morno
  • 2 colheres de sopa de açúcar
  • 2 1/4 xícaras de farinha de trigo
  • 1/2 colher de chá de sal
  • 1 colher de sopa (cerca de 18 gr) de manteiga derretida
  • 1 ovo grande batido

para o recheio

  • 2 colheres de sopa (cerca de 36 gr) de manteiga derretida
  • 1 xícara de frutas cristalizadas e passas escuras
  • 1/2 xícara de açúcar mascavo
  • 1 colher de chá de especiarias (canela, cravo, noz moscada)

para a cobertura

  • 1/2 xícara de mel
Dissolva o fermento e as duas colheres de açúcar no leite morno e deixe crescer por 5 minutos. Em uma tigela grande, coloque a farinha e o sal, fazendo um buraco no meio. Bata o ovo e coloque no buraco da farinha, juntamente com o leite com fermento e a manteiga derretida. Vá amassando com as mãos até formar uma massa homogênea. Em uma bancada, sove a massa por 5 minutos. Coloque em uma tigela, cubra com filme plástico e deixe crescer em local protegido por uma hora, ou até dobrar de volume. Em uma tigela pequena, misture as frutas cristalizadas e o açúcar mascavo. Reserve.


Abra a massa em uma bancada com farinha utilizando um rolo grande. Com um pincel, passe a manteiga (2 colheres de sopa) por toda a massa. Distribua as frutas cristalizadas por toda a massa, pressionando com os dedos. Enrole como um rocambole e corte em nove pedaços.


Distribua os pedaços em uma forma (quadrada ou redonda de 20 a 23 cm), cubra com um pano e deixe crescer em local protegido por mais uma hora ou até dobrar de volume.

Aqueça o forno a 180 graus. Leve os buns para assar até ficarem dourados na superfície (cerca de 30 minutos). Retire do forno e pincele com o mel. Desenforme e deixe esfriar em uma grade! E Bon Appetit!!



Um close nos meus lindos Chelsea Buns!

domingo, 9 de março de 2014

DESAFIO: Um jantar marroquino com Tagine de Cordeiro e Couscous


Tagine de Cordeiro com Couscous de Grão de Bico e
Cebolas Caramelizadas
Folheando o livro Nigella Express (eu adoro folhear livros de culinária... Normalmente saio com um monte de ideias para desafios!), vi a receita de Tagine de Cordeiro, feita com vinho tinto, cebolas caramelizadas, especiarias, azeitonas e alcaparras! Achei interessante, mas fiquei pensando se seria possível fazer um "tagine" sem o equipamento para tal... A panela de "tagine" normalmente é feita de barro (as versões atuais são de ferro ou cerâmica) e tem uma tampa alta, ideal para um cozimento bem lento, permitindo que o vapor circule dentro dela...

A própria Nigella já deu a dica na sua receita: normalmente os marroquinos fazem o seu tagine em panela de pressão e depois servem na panela típica! Pegadinha!! rs... Mas a recomendação dela era utilizar uma panela de barro ou ferro de cozimento lento, no fogo ou no forno... Pronto! Minha panela predileta de ferro (aquela do Boeuf Bourguignon) já estava escalada para mais este desafio!

Escolhido o tema do Desafio, alguns amigos próximos foram "convocados" para a degustação da experiência!

A carne foi comprada no Mercadão de Santo Amaro! Os açougueiros da OK Carnes são super atenciosos e já deixam tudo preparadinho: o pernil de cordeiro, que ainda estava congelado, foi cordado em pedaços e a glândula (que dá um sabor forte de caça à carne), foi devidamente retirado!

Panela para Tagine (foto Ceraflame)
A receita não é complicada, mas é demorada... Embora a Nigella não tenha selado a carne (selar significa dar uma pequena fritura na carne para que fique dourada por fora e mantenha o seu formato dentro, depois de cozida), eu decidi acrescentar este passo... A cebola caramelizada que é comprada pronta para a Nigella, no meu caso foi feita em casa... Também deixei a panela em forno baixo por 4 horas (2 horas a mais que o recomendado)... E o vinho, escolhido por meu sommelier predileto, o maridão (rs), foi um Pinot Noir chileno suave e perfumado... Uma dica: não economize no vinho a ser utilizado em um cozido... Todo o seu sabor (bom ou ruim), será incorporado ao prato... Outra dica: compre 2 garrafas, uma para o prato e outro para acompanhá-lo! Certeza de harmonização perfeita!

Para acompanhar, nada melhor que um couscous marroquino, incrementado com grão de bico cozido, legumes e cebola fatiada e caramelizada!

Tagine de Cordeiro com Couscous de Grão de Bico e Cebola Caramelizada

(8 a 10 porções)

para o Tagine
  • 1,5 kg de pernil de cordeiro em pedaços
  • sal, azeite e pimenta do reino para temperar a carne
  • 4 cebolas roxas
  • azeite para fritar as cebolas
  • 1 colher de sopa de açúcar mascavo
  • sal para temperar as cebolas
  • 6 colheres de sopa de alcaparras (sem líquido)
  • 4 dentes de alho com cascas
  •  200 gr de azeitonas pretas sem caroço
  • 1 colher de chá de cominho em pó
  • 1 colher de chá de gengibre em pó
  • 1 garrafa de vinho tinto
para o Couscous
  • 1 pacote de couscous marroquino (500gr)
  • 400 ml de água
  • 1 cenoura
  • 1 talo de salsão
  • 1 tablete de caldo de legumes
  • 2 cebolas em fatias finas
  • 1 colher de sopa de açúcar mascavo
  • 1 lata de grão de bico em conserva
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • 1 colher de sopa de manteiga para finalizar
Aqueça o forno a 150 graus. Tempere a carne de cordeiro com sal, azeite e pimenta do reino. Em uma panela grande de ferro, frite os pedaços de carne de todos os lados (não coloque todos os pedaços de uma só vez... Vá fritando aos poucos e reservando a carne). Em uma frigideira grande, coloque as cebolas roxas cortadas em pedaços médios e frite-as no azeite. Tempere com um pouco de sal. Acrescente o açúcar mascavo e frite até caramelizar. Reserve.


Retorne toda a carne para a panela de ferro, acrescente as cebolas caramelizadas, as alcaparras, as azeitonas e o vinho. Leve para ferver no fogo. Tampe a panela com papel alumínio e com a tampa de ferro e leve ao forno por 3 a 4 horas, até a carne ficar bem macia.



Prepare o couscous (1 hora antes de servir): Cozinhe a cenoura e o salsão picado na água fervente por 30 minutos. Em uma frigideira pequena, frite a cebola com um pouco de azeite, tempere com sal e o açúcar. Deixe caramelizar bem e reserve. Quando os legumes estiverem cozidos, acrescente o caldo de legumes, dissolva-o bem. Coloque o azeite e o couscous. Misture bem, desligue o fogo e deixe hidratar por 5 minutos. Junte o grão de bico (sem líquido), a manteiga e misture bem. Decore com a cebola caramelizada e sirva com o Tagine de Cordeiro.


Tagine de Cordeiro com Couscous de Grão de Bico e
Cebolas Caramelizadas

DESAFIO: Um pão com a trança mais complicada que já vi

Pão de Oito Tranças by Desafios Gastronômicos
Um dos meus programas de Culinária preferido é um "reality show" inglês sobre confeitarias no canal BBC HD, The Great British Bake Off.

É simplesmente inspirador, com seus desafios técnicos, receitas "assinadas" pelos competidores e as receitas incríveis dos ícones da confeitaria britânica, Mary Berry e Paul Hollywood. Deste programa já fiz uma torta de melaço, receita da Mary Berry, a Treacle Tart (clique aqui para ver)!

Outro desafio técnico que os competidores tiveram que enfrentar, também me desafiou: um Pão de Oito Tranças! Receita do Paul Hollywood, quase deixou os competidores loucos: depois de preparar a massa e deixá-la crescer por uma hora, você divide a massa em 8 partes, numera as tiras de 1 a 8 e começa a trançá-las de acordo com um esquema muito louco... Poucos competidores conseguiram um resultado satisfatório... Vejam o vídeo:



A massa do pão é simples, feita com farinha, água, fermento, sal e azeite... Realmente o "charme" fica por conta do trabalho com a trança, que é beeeeem difícil de fazer... Antes de tentar fazê-la, pesquisei vários vídeos, como este:


Depois de assistir ao vídeo, treinei com 8 tiras de barbante... Eu queria decorar a sequência, para conseguir fazer a trança com mais agilidade quanto estivesse modelando a massa, pois as tiras começam a afinar durante o processo, quando ficamos fazendo e desfazendo a trança... Aí, tem que se abrir as tiras de novo, o maior trabalhão! rs

O que melhor funcionou para mim foi seguir a sequência da receita do Paul Hollywood:

Numere as tiras de 1 a 8, da esquerda para a direita. Cada vez que mover uma tira, ela assume o número da nova posição.
  • Passo 1: Coloque a tira 8 sobre a tira 7 e embaixo da 1
  • Passo 2: Coloque a tira 8 sobre a 5
  • Passo 3: Coloque a tira 2 embaixo da 3 e sobre a 8
  • Passo 4: Coloque a tira 1 sobre a 4
  • Passo 5: Coloque a tira 7 embaixo da tira 6 e sobre a 1
  • Repita os passos 2 a 5, até terminar a trança.
Parece impossível, não parece?? Mas se você treinar um pouco antes, vai decorar a sequência e fazê-la rapidamente quando trabalhar com a massa! Aceita o desafio?? Minha primeira tentativa ficou razoável, macio por dentro e bem crocante por fora, mas ficou "comprido" demais... Fiz uma segunda vez, reduzindo um pouco o comprimento das tiras para que o pão ficasse mais "gordinho" e utilizei a farinha "forte", recomendada na receita do Paul Hollywood. Ficou melhor, mas ainda não atingi a perfeição... Vejam os resultados:

A referência: o Pão de Oito Tranças do Paul Hollywood
Minha primeira tentativa...
Minha segunda tentativa, mais parecida com a "referência"!

Pão de Oito Tranças

(1 pão grande)
  • 500 gr de farinha forte (para pão)
  • 10 gr de fermento seco biológico
  • 300 ml de água morna
  • 10 gr de sal
  • 1 1/2 colher de sopa de azeite
  • farinha para polvilhar
  • azeite para untar
  • 1 ovo batido para pincelar
Dissolva o fermento biológico em metade da água morna. Deixe crescer por 5 minutos. Coloque a farinha e o sal em uma tigela grande. Acrescente o fermento dissolvido, o azeite e comece a misturar. Vá juntando a água morna aos poucos, até a massa ficar homogênea. Sove por 10 minutos. Coloque em uma tigela grande untada com azeite e deixe descansar em um local protegido (o forno desligado, ou o microondas) por 1 hora.

Volte a sovar a massa e divida-a em 8 partes iguais (cerca de 100 gr cada parte). Abra 8 tiras de 40 cm. Prenda as tiras na parte superior e comece a trançar a massa seguindo o seguinte esquema:

Numere as tiras de 1 a 8, da esquerda para a direita. Cada vez que mover uma tira, ela assume o número da nova posição.
  • Passo 1: Coloque a tira 8 sobre a tira 7 e embaixo da 1
  • Passo 2: Coloque a tira 8 sobre a 5
  • Passo 3: Coloque a tira 2 embaixo da 3 e sobre a 8
  • Passo 4: Coloque a tira 1 sobre a 4
  • Passo 5: Coloque a tira 7 embaixo da tira 6 e sobre a 1
  • Repita os passos 2 a 5, até terminar a trança.

Coloque o pão em uma forma e deixe descansar por mais 1 hora. 
Aqueça o forno a 180 graus. Pincele o pão com o ovo batido e leve para assar por 30 minutos, ou até estar dourado e assado embaixo (dica: dê batidas com o nó dos dedos no pão. Se o som for "oco", está assado).
Deixe esfriar sobre uma grade. Sirva morno e Bon Appetit!



Pão de Oito Tranças by Desafios Gastronômicos

quarta-feira, 5 de março de 2014

DESAFIO: Salada Cesar com Frango do Jamie Oliver, em quinze minutos??

Salada Cesar com Frango empanado no fubá e páprica
com Focaccia de Alecrim
 A sequência para se criar um menu ou cardápio nem sempre parte do "padrão": a escolha do prato principal. Neste caso, este menu de almoço nasceu a partir do seu acompanhamento, uma Focaccia de Alecrim! Fiz a focaccia de manhã e fiquei pensando... O que servir com ela, para o almoço da galerinha aqui de casa?? E sem ter que ir ao supermercado para comprar ingredientes faltantes? Desafio... prá variar...

Filé de frango congelado... Alface americana na geladeira... Um pedaço de parmesão... E a focaccia... Bingo: vou fazer uma Salada Cesar com Frango! Encontrei uma receita diferente de Salada Cesar no livro do Jamie Oliver "15 minutos"! Tenho um certo preconceito com este livro, apesar de ser fã do Jamie Oliver (já mencionei isso aqui antes), porque acho que muitas das receitas são impossíveis de serem feitas em 15 minutos, mesmo para quem tem muita prática... E há uma "pegadinha": o preparo da receita demora 15 minutos desde que a água esteja fervendo, as ervas estejam picadas, a carne esteja cortada, o forno esteja quente... Ou seja: precisa de um assistente preparando tudo antes para você - um sonho de consumo!! rs...

Mas, fazendo a ressalva de que não dá para fazer esta receita em 15 minutos (30 minutos é bem mais razoável), a ideia de empanar o frango com fubá e páprica é muito boa! Ficou incrível! O molho da salada  também é especial, mas fiz algumas alterações em relação à receita original (usei maionese no lugar de iogurte e não coloquei as anchovas, porque meu marido não come peixe... nem sereia... kkkkk).

Polenta Chicken Caesar Salad 

(Salada Cesar com Frango empanado no fubá e páprica)

(4 porções)

para o frango empanado

  • 6 filés de frango
  • 1 xícara de fubá
  • 1 colher de chá bem cheia de páprica doce ou picante
  • sal e pimenta do reino a gosto
  • azeite para fritar
  • 1 alface americana lavada e cortada em pedaços grandes
  • parmesão ralado grosso para salpicar

para o molho

  • 4 colheres de sopa bem cheias de maionese ou iogurte
  • suco de 1 limão
  • 2 anchovas (opcional)
  • 3 colheres de sopa de azeite
  • folhas de manjericão a gosto
  • 1 dente de alho picado
  • 50 gr de queijo parmesão ralado
  • 1 colher de sopa rasa de mostarda amarela dijon
  • 1 colher de chá de molho inglês
  • sal e pimenta do reino a gosto
para acompanhar

  • 1 alface americana lavada e cortada em pedaços grandes
  • parmesão ralado grosso para salpicar
  • focaccia de alecrim
Aqueça uma frigideira grande com um pouco de azeite. Misture o fubá, a páprica, o sal e a pimenta em um prato fundo. Empane os filés de frango e frite bem de cada lado. Reserve em local aquecido.

Prepare o molho: bata todos os ingredientes no liquidificador, até ficar bem homogêneo. Reserve.

Lave bem as folhas de alface (recomenda-se deixar de molho em água com vinagre ou hidrosteril por alguns minutos). Seque bem e coloque em uma travessa grande (ou travessas individuais).

Corte os filés de frango em tiras médias, na diagonal. Coloque algumas fatias sobre a alface, jogue o molho e salpique com o parmesão ralado. Sirva com 2 fatias de focaccia (clique aqui para ver a receita).





segunda-feira, 3 de março de 2014

DESAFIO: Focaccia de Alecrim

Focaccia de Alecrim by Desafios Gastronômicos
Mais uma receita testada e aprovada do Livro Illustrated Baking! E eu caminhando para cumprir o "Desafio Master" de testar TODAS as receitas do livro! Acho que já foram umas 20!

Essa focaccia (um tipo de pão achatado, de origem italiana) tem a massa macia e é lindamente perfumada com alecrim fresco (uma de minhas ervas preferidas) e azeite extra virgem... Segundo o Ian, meu enteado, o toque (do alecrim) que deixa tudo "gourmet"! rs

Já fiz a receita duas vezes e o sucesso é tanto que não sobra nada para o dia seguinte! É perfeita para comer como entradinha, só mergulhando no azeite extra virgem, ou como acompanhamento de uma salada... Fiz uma Polenta Chicken Ceasar Salad (Salada Cesar de Frango empanado no fubá), receita do Jamie Oliver e a combinação ficou incrível! Aguardem esta receita, postarei em breve também!

A receita desta Focaccia é básica: o alecrim pode ser substituído por outras ervas ou por cebola frita, calabresa, cogumelos frescos refogados! O céu é o limite!

Focaccia de Alecrim (Rosemary Focaccia)

(1 pão médio)


  • 10 gr de fermento biológico seco (3 colheres de chá rasas)
  • 300 ml de água morna
  • 2 1/4 xícaras de farinha de trigo
  • 1 colher de chá bem cheia de sal
  • 4 colheres de sopa de azeite extra virgem
  • alecrim picado a gosto
  • azeite para untar e finalizar
  • alecrim para decorar
  • sal grosso a gosto (opcional)

Dissolva o fermento em metade da água e deixe descansar por 5 minutos. Coloque a farinha, o sal e o azeite em uma tigela grande. Junte a água com fermento e vá misturando. Junte o restante da água aos poucos (não coloque tudo, porque pode ficar grudento) e o alecrim picado. Se não der liga, coloque mais água. Forme uma bola de massa e sove por 10 minutos. Cubra a massa com filme plástico em uma tigela grande e deixe crescer em local protegido por 1 hora (ou até dobrar de tamanho).

Sove a massa novamente e abra-a com as mãos em uma forma grande, untada com azeite. Deixe crescer por mais 45 minutos. Aqueça o forno a 180 graus. Faça furos na massa com os dedos, regue os buracos com azeite, polvilhe o alecrim e o sal grosso. Leve para assar por 20 minutos ou até ficar douradinho (dica: bata com o nó do dedo na superfície. Se o som sair "oco", o pão está assado).





Deixe esfriar sobre uma grade, corte em fatias e pronto! Bon Appetit!



Focaccia de Alecrim by Desafios Gastronômicos