segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

DESAFIO: Desejar Feliz Natal a todos com um Bouche de Noel!

Para comemorar o Natal com uma receita inédita e cheia de tradição, o desafio foi preparar um Bouche de Noel, ou Tronco de Natal! A tradição é francesa e começou com os camponeses que comemoravam a época de Natal levando um tronco para casa. Este tronco era lavado, enfeitado, regado com vinho e, depois de orações da família ao redor do fogo, pedindo proteção e fartura, o tronco era queimado até virar cinzas.

Com o passar do tempo, o tronco de madeira virou uma sobremesa preparada na época do Natal. Depois de olhar várias fotos na internet e pesquisar algumas receitas, resolvi criar a minha versão do Bouche de Noel: uma massa de pão de ló, um recheio de chantilly com amoras frescas e, para o efeito do tronco, uma cobertura macia de ganache.

Para ficar mais realista, depois de montado, o rocambole deve ser levemente entortado e amassado, e os veios da madeira devem ser feitos com a ajuda de um garfo. Para as laterais, utilizei um saco de confeitar para fazer o efeito do miolo do tronco. Para finalizar, utilize enfeites de natal! Em algumas fotos que vi, são colocados "cogumelos" de marzipan, duendes, pequenas árvores... Lindo!

Bouche de Noel com Frutas Vermelhas

Massa

  • 4 ovos
  • 75 gr de farinha peneirada (1/2 xícara)
  • 125 gr açúcar peneirado (3/4 xícara)
  • 5 gotas de essência de baunilha
Recheio
  • 300 ml de creme de leite fresco
  • 2 colheres de sopa de açúcar de confeiteiro
  • 1 xícara de frutas vermelhas frescas ou congeladas (framboesa, blueberry, amora...)
  • papel manteiga/ forma de 33 x 22
Cobertura
  • 300 gr de chocolate picado
  • 200 ml de creme de leite fresco
Preparo: Aqueça o forno a 180 graus. Prepare a massa. Bata as claras em neve com a batedeira. Reserve. Bata as gemas com o açúcar (dica: peneire as gemas para tirar a pele que deixa gosto de ovo na massa). Junte a farinha e as gotas de baunilha. Bata até ficar bem homogêneo. Junte as claras em neve e misture delicamente (não use a batedeira). Forre a forma com papel manteiga. Distribua a massa na forma e leve para assar por 5 minutos (até dourar). Deixe esfriar um pouco. Prepare o chantilly, misturando o creme de leite (dica: deixe o creme de leite antes de bater por 30 minutos no congelador, para o chantilly não desandar) e o açúcar de confeiteiro. Depois do creme ficar espesso, misture delicadamente as frutas vermelhas picadas. Reserve na geladeira. Forre uma bancada com um pano de prato limpo. Por cima, coloque um pedaço de papel manteiga salpicado de açúcar de confeiteiro. Retire a massa da forma virando-a sobre o papel manteiga com açúcar. Retire delicamente o papel que foi assado com a massa. Distribua o chantilly em toda a massa e, por cima, a geléia de frutas (Dica: se estiver muito espessa, dissolva-a em um pouco de água). Comece a enrolar o rocambole pelo seu lado maior (Dica: use o pano de prato para ajudar a modelar bem o rocambole). Leve para gelar.


Prepare a cobertura de ganache: aqueça o creme de leite fresco até ferver. Misture ao chocolate picado e vá misturando lentamente, do centro para fora, até ficar totalmente homogêneo. Deixe esfriar em um bowl com gelo. Quando ficar espesso, cubra todo o Bouche (com uma colher ou com um saco de confeitar). Faça ranhuras com um garfo por toda a cobertura. Finalize as laterais com um saco de confeitar com bico de pitanga pequeno, fazendo um desenho circular (que imite a parte interna de um tronco). Decore com motivos natalinos. Se desejar, salpique açúcar confeiteiro para finalizar. Deixe na geladeira até a hora de servir.



Bon Appetit e Feliz Natal a todos!! São os votos dos Desafios Gastronômicos a todos os que participaram das nossas aventuras gastronômicas neste ano!!!


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

DESAFIO: Testar as novas embalagens de Push Cake, o Bolinho de "Empurar"!!

Push Cakes Sensação
Além de muita atividade aqui na minha cozinha, o mundo virtual dos Desafios Gastronômicos também é muito agitado! Além do blog, com 60.000 acessos por mês e quase 200 seguidores, tem a página no Facebook com mais de 9.000 fãs, o Twitter @desafiosgastron com mais de 1.000 seguidores... Em todas estas mídias sociais, encontro muitas outras pessoas apaixonadas por gastronomia, quer seja como hobby (como eu), quer seja como profissão ou negócio.

Foi pela página do Facebook que conheci a Francine, dona da Loja Santo Antônio, especializada em produtos para confeitaria. Trocamos muitas mensagens e fiquei morrendo de vontade de ir visitá-la e conhecer a loja, mas ainda não consegui (qualquer dia destes apareço por aí, viu, Francine? rs).

Certo dia, recebi uma mensagem dela pedindo o meu endereço para me enviar umas amostras de uma novidade da loja: os Push Cakes! "Menina, o que é isso???" Ela explicou: são embalagens para montagem de um bolinho de "empurrar"! E me mandou um link do blog da loja, que me deixou interessadíssima em testar as embalagens!

A ideia é servir os Push Cakes como sobremesa para as crianças na Festa de Natal! Como toda a decoração da festa é vermelha e branca, pensei em camadas de bolo de chocolate (que as kids adoram), chantilly (a parte branca) e calda caseira de morangos (a parte vermelha)! Minha primeira ideia foi fazer os Push Cakes com massa de panettone, sorvete de creme e cerejas em calda, mas imaginei que o bolo de chocolate ia fazer mais sucesso entre as crianças!

Junto com o kit enviado pela Francine, vieram também as "hóstias", pequenos discos que servem como base de docinhos. Isso foi uma novidade para mim, pois só havia visto estas "hóstias" na missa! kkk Imaginei que deveriam ser usados como base para os Push Cakes, deixando-os totalmente "santificados" e sem grudar no fundo do pote!!! rs

E a combinação, maravilhosa, de bolo de chocolate, chantilly e calda de morango "pedaçuda" foi batizada por minha amiga e grande contribuidora de ideias para os Desafios, a Sofia, de... "Push Cakes Sensação"!! Perfeito!!

Push Cakes Sensação (16 unidades)

Para a massa

  • 100gr de manteiga amolecida (1/2 xícara)
  • 1 xícara de açúcar
  • 2 gemas
  • 1 1/4 xícaras de farinha de trigo
  • 3 colheres de sopa de cacau em pó
  • 1 colher de sopa de fermento em pó
  • 1/2 colher de bicarbonato de sódio
  • 1 xícara de leite morno
  • 2 claras em neve

Aqueça o forno a 180 graus. Unte uma forma retangular grande, com manteiga e farinha. Bata a manteiga e o açúcar até virar um creme. Acrescente as gemas (uma a uma) e bata bem. Peneire a farinha, o chocolate, o fermento e o bicarbonato. Acrescente metade das farinhas e metade do leite. Misture bem na batedeira. Acrescente o restante da farinha e do leite e bata bem. Em outra tigela, bata as claras em neve e incorpore à massa, mexendo suavemente. Leve ao forno por 15 a 20 minutos, até ficar assado. Deixe esfriar.

Para o chantilly

  • 250 ml de creme de leite fresco
  • 1 colher de sopa de açúcar de confeiteiro
  • gotas de essência de baunilha

Bata o creme de leite bem gelado com o açúcar e as gotas de baunilha até engrossar. Reserve (na geladeira).

Para a calda de Morangos

  • 400gr de morangos cortados ao meio
  • 200gr de açúcar
  • gotas de limão

Coloque os ingredientes para cozinhar em fogo baixo. De tempos em tempos, retire a espuma que se forma na superfície com a ajuda de uma colher. Quando formar uma calda mais grossa, retire do fogo e deixe esfriar.


Para montar os push cakes

  • 16 embalagens de Push Cake
  • 16 hóstias
  • 8 morangos com o cabinho, cortados ao meio

Desenforme o bolo sobre uma folha de papel manteiga. Com a ajuda de uma embalagem de push cake, corte círculos do bolo (32 unidades).

Coloque o chantilly em um saco de confeitar grande, com bico grande de pitanga.

Disponha as embalagens em uma grade alta, de modo que o êmbolo fique no ar, para facilitar a montagem. Coloque uma hóstia no fundo de cada embalagem. Delicadamente, coloque um círculo de bolo. Preencha com o chantilly. Sobre o chantilly, coloque uma colher de sopa da calda de morango. Cubra com outro círculo de bolo, pressionando levemente. Coloque mais uma "flor" de chantilly e enfeite com a metade de morango fresco. Tampe e leve para a geladeira até a hora de servir.



E o mais legal: as embalagens podem ser reutilizadas, congeladas e esterelizadas!! É uma excelente (e prática) opção para festas infantis (e de adultos também!). E as formas de uso são infinitas! É só usar a imaginação e rechear com sorvete, balas, cookies, massa e recheios salgados! E Bon Appetit!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

DESAFIO: Fazer Gingerbread Cookies para o Natal!

Nos meus deliciosos passeios pela Chocolândia, encontrei uma forma de biscoitos de natal da Wilton (marca americana de utensílios de confeitaria) e não resisti, mesmo com seu precinho nada doce... Comprei também aquele spray de untar, para me sentir a própria americana mesmo fazendo cookies... Nada de sujar as mãozinhas com manteiga!

Minha primeira experiência com a forma foi com uma receita de Gingerbread Cookies (ou Biscoitos de Gengibre), tipicamente americanos, feitos normalmente em formato de "bonequinhos" ou Gingerbread Men. Vocês devem se lembrar do Gingy no Shrek I , que é covardemente torturado pelo Lord Farquaad, arrancando-lhe as pernas e ameaçando-o mergulhar em um copo de leite, enquanto o pobre gritava: "Meus botões nãaaaaooo!!"... Hilário!! rs

A tortura do Gingerbread Man
Encontrei uma receita original americana e fiquei cheia de dúvidas quanto aos ingredientes... O que é "ground allspice"? E "molasses"? Ou ainda "cloves"?? Salva pelo Santo Google, descobri: Allspice é Pimenta da Jamaica (eu jamais imaginaria... rs), Molasses é melaço de cana e Cloves são cravos da Índia! E a melhor notícia, eu tinha todos estes ingredientes em casa! Somente a pimenta da jamaica precisava ser moída, mas isso não era problema com o meu super "Almofariz" do Jamie Oliver!!

A primeira tentativa não foi realmente um sucesso... A massa ficou ótima, bem macia, mas eu errei a quantidade de massa na forma de biscoitos... Ficou muito grossa e não assou bem, o que deixou os biscoitos meio "borrachentos" (ou "zoados", como falou minha enteada Marina... kkkk). Também não devia ter colocado o spray para untar, pois os biscoitos se desgrudam sozinhos. Acabei abrindo o  restante da massa com o rolo e fiz biscoitos mais fininhos em formato de flor. Estes ficaram crocantes, mas o sabor do melaço ficou meio enjoativo.

Minha segunda tentativa foi mais bem sucedida com algumas mudanças: substitui o melaço por mel (sabor mais suave), nada de spray de untar, menos quantidade de massa nos biscoitos, mais tempo de forno (em temperatura menor)! Agora sim, ficaram ótimos!






segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

DESAFIO: Comer, Beber e Pedalar em Mendoza!

Comer, Beber e Pedalar em Mendoza! Essa foi nossa linda viagem para comemorar 3 anos de casados! Romântica, gastronômica e esportiva! Totalmente a nossa "cara"!

A ideia de pedalar em Mendoza surgiu de um anúncio de jornal em um suplemento de viagem, oferecendo pacotes com esta proposta. Mas eram muito caros e, obviamente, muito "engessados"! O Alê adorou a ideia, mas nada de guias, nada de carro de apoio, nada de roteiros padronizados e vinícolas do circuito turístico! Nós iríamos fazer o passeio por nossa conta, inclusive levando nossas próprias bicicletas. Logo, entramos na internet e reservamos as passagens, US$ 250,00 por passageiro, ida e volta, uma pechincha!

Foram muitas horas de planejamento, pesquisa, ligações telefônicas (via Skype, é claro... rs). Navegamos no Google Maps por horas para simular os roteiros de cada dia do passeio. Pesquisamos as vinícolas que queríamos conhecer, os pontos turísticos e, obviamente, os restaurantes! Enviamos emails solicitando informações, confirmando reservas! Estudamos detalhadamente como embalar, desmontar e transportar as bicicletas, o ponto mais "crítico" da nossa viagem! O planejamento foi detalhado e, certamente, garantiu o sucesso do nosso passeio!

Alguns números da nossa viagem: 6 dias, 5 vinícolas visitadas (Lagarde, Alta Vista, O. Fournier, Mendel, Septima), hospedagem em dois hotéis (Diplomatic e El Aguamiel), 10 restaurantes conhecidos, 41 vinhos provados, analisados e anotados no nosso livrinho (aguardem post sobre isso!), 80 km pedalados, 1200 km percorridos de carro (até a fronteira com o Chile, para conhecer a Alta Montanha), 15 garrafas de vinho na bagagem e módicos US$ 360,00 pagos em excesso de bagagem (graças às bicicletas e às 15 garrafas de vinho!)

Foram muitas experiências enogastronômicas interessantes, visitas a lugares e paisagens deslumbrantes e pedaladas deliciosas!

O primeiro almoço da viagem foi no Siga La Vaca, ainda em Buenos Aires, enquanto aguardávamos o vôo para Mendoza. O restaurante é uma churrascaria, bem simples e com preço acessível (95 pesos por pessoa, com vinho e sobremesa inclusos), mas que nos surpreendeu em alguns aspectos: o vinho, um Malbec de Mendoza ("Pont Leveque"), a carne (destaque para o Lomo, que não parecia filet mignon e sim uma picanha) e as sobremesas típicas, muito boas: um Almendrado (sorvete de creme com amêndoas) para o Alê, e Fatias de Maçãs Caramelizadas com Sorvete de Creme.


Chegamos em Mendoza à noite e, após o check in no Hotel Diplomatic (lindo, chique e com atendimento primoroso, membro merecido do Luxury Hotels), saímos a pé até El 23 Gran Bar. Este pequeno e charmoso restaurante localizado no pátio de um prédio antigo, conjugado à famosa loja de vinhos Winery, poussui um cardápio "meio bar, meio restaurante", com petiscos, saladas, sanduíches e massas. A carta de vinhos era extensa mas nos chamou a atenção a opção da degustação de 5 tipos de vinhos de Mendoza, harmonizados com pastinhas e torradas. Era uma sequência com vinhos Torrontés (com pasta de pimentão), Chardonnay (com pasta de rúcula e amêndoas), Tempranillo (com pasta de berinjela), Carbernet Sauvignon (com pasta de azeitonas gregas) e Malbec (com pasta de tomates secos ao sol). Foi muito divertido e esclarecedor poder comparar os cores, odores e sabores dos vinhos simultaneamente!


E para completar o jantar, pedimos uma deliciosa Salada Rústica de Legumes Grelhados e um toque de limão siciliano! Perfeito! Começamos nossa viagem com o pé direito!

O dia seguinte foi muito intenso: começamos pedalando quase 20 km até a Bodega Lagarde, onde fomos muito bem recebidos, conhecemos toda a vinícola em um tour privativo com uma guia brasileira, provamos os seus principais vinhos e terminamos com um almoço espetacular harmonizado com os vinhos! Duas entradas (Mini empanadas de carne e Salada de legumes grelhados), Prato principal (Medalhão de Filet Mignon com Vagens grelhadas e Batata Assada) e, como sobremesa, Uma mousse de arroz doce! Estava tudo perfeito, principalmente o Filet Mignon, macio, ao ponto para mal passado, saborosíssimo (que eu provei só um pedacinho, deixando o restante para o "coitado" do Alê... rs).


A parte mais difícil do passeio a Lagarde foi sair de lá pedalando! Que vontade de fazer a "siesta", depois de tanta comida e de tanto vinho!! rs

Mas tínhamos um outro compromisso já agendado na Bodega Alta Vista. E assim, subimos em nossas super bikes e lá fomos nós! Na Alta Vista, conhecemos a vinícola e degustamos 3 de seus vinhos em um lindo jardim cercado de oliveiras e canteiros de lavanda, com a Cordilheira dos Andes ao fundo... Espetacular!


Neste mesmo dia, tínhamos reserva no restaurante mais renomado de Mendoza, o 1884, de Francis Mallman! Esta reserva foi feita com muita antecedência pois este era o dia do nosso aniversário de casamento! Três anos de lua-de-mel com meu amor!!

O lugar é lindo, em um prédio antiquíssimo, com um jardim charmoso e um salão com decoração requintada com seus quadros imensos e paredes vermelhas. Logo na entrada, uma mesa com os pães produzidos na casa! Infelizmente não estávamos com muita fome e sem vontade nenhuma de tomar vinho... (porque será??? rs). O Alê pediu uma massa recheada com abóbora com molho de manteiga (divina) e eu pedi Canelloni de Berinjela e Queijo de Cabra gratinados (gostoso, mas com aparência de prato de cantina italiana, um pouco grosseiro para o requinte do Francis Mallman). Como sobremesa, Frutas Grelhadas (maçãs, peras, kiwi, abacaxi e grapefruit) com Sorvete: simples, rústico e saboroso!


Nosso terceiro dia de viagem foi destinado a um City Tour de Bike por Mendoza. Fomos conhecer o desbundante Parque San Martin, subimos pedalando até o Cerro de La Gloria, monumento histórico todo em bronze e voltamos para a cidade para saborear as famosas e deliciosas empanadas argentinas, em um dos restaurantes mais tradicionais da cidade, o Estância Florência. Para acompanhar, uma salada completa (com Paltas y Palma, ou seja, abacate e palmito! rs) e as nossas bikes como convidadas!


A sobremesa do almoço das empanadas foi no Café Havanna: tomamos Frapé de Café (mais ou menos, o Frappucchino do Starbucks é bem melhor... rs), Smoothie de Frutas Vermelhas (bem gostoso) e uma enorme Torta de Alfajor, que acabou decepcionando, pois estava muito "massuda" e seca, ficando bem aquém do saboroso e tradicional alfajor.


A noite, outra reserva já feita com antecedência, para conhecer o indicado Restaurante Azafrán, a 50 metros do nosso hotel! Mas, assim como aconteceu no dia do Francis Mallman, fome não era exatamente o nosso problema naquela noite!! rs

E lá fomos nós. O Azafrán parece um armazém antigo, inclusive com a venda de conservas, azeites, compotas, geléias. O cardápio era bem interessante, com pratos com tendência contemporânea. Como entrada "cortesia", chegaram duas torradinhas com paté de pato, deliciosas (eu comi as duas, o Alê declinou... rs). Como prato principal, pedimos uma carne (Medalhão) e uma Truta Salmonada com frutos do mar e Risotto em Tinta de lula, muito saboroso e diferente. A sobremesa, leve e fresca, levava frutas com sorvete de gengibre, servida em um copo transparente. Foi um jantar delicioso e as indicações que recebemos do Azafran fizeram jus à qualidade do restaurante. Só deixou a desejar o atendimento... A garçonete era meio "grossa", impaciente e tirou uma foto nossa com muita má vontade, toda torta! rs


No dia seguinte, nos despedimos do nosso hotel no Centro, pegamos um carro alugado, colocamos toda a nossa bagagem dentro de um corsa (inclusive as duas bicicletas!) e rumamos para o passeio de maior expectativa da viagem: a Visita a Bodega O. Fournier, produtora dos vinhos Alfa Crux. Este vinho faz parte da nossa história romântica: quando o Alê foi conhecer meus pais, os convidou para jantar no Pobre Juan e, sem olhar para a carta de vinhos, virou para o maitre e pediu uma garrafa de Alfa Crux, um vinho argentino muito recomendado. Foi um sucesso! O vinho era delicioso e conquistou meu pai (o Alê também! rs). Tanto que o Alê pediu outra garrafa (e eu só pensando... será que o vinho é caro??)... Quando veio a conta, o Alê, elegantemente tomou a dianteira e estendeu o cartão de crédito! Que cavalheiro! Nem esboçou o susto que levou ao ver o valor da conta! Dois Alfa Crux em um mesmo jantar! rs

Conhecer a O. Fournier era, portanto, o ponto alto da nossa viagem! Mas nada de bicicleta neste passeio, pois a O. Fournier está bem distante do centro de Mendoza, a 100km. Por isso, alugamos o carro e lá fomos nós.

A Bodega é tão espetacular e monumental que merece um post exclusivo para se falar dela. Degustamos toda a linha Alfa Crux, Beta Crux e Urban, mantendo nossa percepção de que esta é uma das melhores produtoras de vinho da Argentina.


Nossa visita à O. Fournier foi deliciosa. Além de conhecer toda a bodega e degustar vários de seus melhores vinhos (menos o "ícone" deles, o vinho O. Fournier, que não pode ser degustado), tivemos uma experiência enogastronômica fenomenal no restaurante Urban, comandado pela esposa do proprietário da bodega, já considerado um dos melhores da Argentina. E não decepcionou, foi a melhor sequencia de pratos harmonizados que provamos em Mendoza! Um show! E tudo isso com uma vista deslumbrante para a Cordilheira dos Andes! Como entrada, um Creme de Parmesão com Cebola Caramelizada (o melhor creme que já comi na vida), uma Berinjela entremeada por um creme de Gaspacho, Mini Kaftas com Coalhada, Ravioli fritos recheados com ovos moles e acelga tostada, Lomo com batatas e, para finalizar, Sopa de Frutas com Sorvete... E tudo harmonizado com os vinhos da linha Urban, a mais básica da vinícola, com excelente custo benefício (cerca de 30 pesos a garrafa).


Depois de um pequeno contratempo (a bateria do nosso carro arriou...), voltamos para Mendoza e para o nosso novo Hotel, El Aguamiel, localizado em uma pequena vinícola orgânica há 15 km do centro. A estrada nos assustou um pouco, parecia que não estávamos no caminho certo mas, finalmente, chegamos no pequeno hotel, rodeado de parreiras, touceiras de lavanda e... cerejeiras!! Que surpresa incrível!! Na porta do nosso chalé, dezenas de cerejeiras carregadas e um lindo prato de cerejas nos esperando no quarto! Fiz até uma foto com as cerejas frescas no mesmo estilo do logo dos Desafios!


A programação do dia seguinte era de pura aventura! Rumamos (de carro) para a Alta Montanha (como é chamada a Cordilheira dos Andes), pela rota 07, que atravessa as montanhas rumo à divisa com o Chile. Passamos pela fronteira e encontramos uma estrada de terra que levava ao Cristo Redentor, no Alto da Montanha. Depois de uma hora de terra, pedras, curvas muito fechadas e neve eterna, chegamos ao topo! Que frio e que vento!! Era quase impossível ficar do lado de fora do carro! Ainda bem que eu estava com uma capa "corta vento" com capuz!


Meu marido aventureiro, que havia levado a bicicleta no porta malas do nosso Corsinha, decidiu descer a montanha de bike! E eu, no carro de apoio, morrendo de medo de furar o pneu naquela estrada perdida no meio da cordilheira... Na descida, cruzamos com um grupo de ciclistas que, heroicamente, tentavam chegar ao cume! Em uma troca de gentilezas comum aos praticantes de esporte de aventura, o ciclista chileno ajudou o Alê a encher o pneu e, em retribuição, o Alê cedeu seu corta-vento, pois o frio estava aumentando e só iria piorar quando mais subissem rumo ao Cristo.


A parada seguinte foi o famosíssimo Parque Nacional do Aconcágua, de onde se pode avisar o pico mais alto da América do Sul:


Nossa última parada antes de voltar foi a atração turística "Puente de Los Incas", uma formação natural impressionante a partir das águas quentes vulcânicas e rochas calcárias! Para sua preservação, a Puente está fechada para passagem e o Hotel construído para aproveitar suas águas termais e medicinais foi fechado há alguns anos, e só restam as ruínas.



Depois de um dia sem grandes comilanças e degustações (só tomamos um vinho no jantar! rs), o dia seguinte foi dedicado novamente ao culto ao vinho! Visitamos duas bodegas muito interessantes e diferentes! A primeira, Mendel, foi uma visita sugerida pela atendente do Hotel onde estávamos e era praticamente nossa vizinha. E esta foi a grande surpresa da nossa viagem! Pequena e artesanal, apresentou vinhos de qualidade excelente, retirados direto do barril! Com linhas mais simples (Lunta), de nível médio (Mendel e Unus) e o "ícone" Finca Remota, a Mendel é reconhecida em Mendoza por ser conduzida por um dos melhores enólogos da Argentina, Roberto de la Mota. Além dos vinhos produzidos na propriedade, que possui parreiras de Malbec de 1928, há também oliveiras que produzem um azeite extra virgem especialíssimo, Olivar de Lunta, que provamos com pedaços de pão quente...


Próxima parada, depois da visita a Mendel, foi a Bodega Septima, do Grupo Cordoniú, localizada há 14 km do Hotel El Aguamiel pela Ruta 40 e Ruta 07. Bem diferente da Mendel, a Septima é gigantesca e imponente! Percorrem-se centenas de metros pelos vinhedos até chegarmos à sede, toda em pedra, com arquitetura moderna (como curiosidade, tanto a Septima quanto a O. Fournier foram desenhadas pelo mesmo casal de arquitetos da região, especializados em bodegas).

A degustação na Septima foi rápida (sem termos muito tempo para avaliar o vinho...), com um grupo maior de turistas. Esta foi a primeira vez que não tivemos "exclusividade" na degustação e na visita... Provamos os vinhos mais simples da vinícola, e acabamos não conhecendo sua linha superior, o que deixou a sensação desta ter sido a vinícola mais "comercial" que visitamos. A visita foi interessante, principalmente para estabelecermos bem a diferença de uma bodega automatizada das bodegas mais artesanais como a Lagarde ou a Mendel.


Após a visita, fomos para o restaurante María, dentro da própria sede. Super moderno, com uma linda vista para a cordilheira e decorada com galhos secos de parreiras. Exótico e muito apropriado!!


O almoço foi refinado e muito caprichado. Entradinhas de salmão e polvo (que eu me deliciei sozinha...rs), Empanada de Carne Criola, com massa folhada, Salada Verde com trufas de gorgonzola (interessantíssimo), Truta grelhada com legumes e crispis de mandioca (para mim) e Nhoques com molho de cordeiro (para o Alê). Como sobremesa, Bolo de chocolate com sorvete (para o Alê) e Peras ao Vinho Malbec (para mim). Todos harmonizados com vinhos da linha Septimo Dia, uma linha média da bodega, razoável!

Como vocês podem perceber, a viagem foi sensacional e muito bem planejada! E me desculpem a extensão do post... Juro que eu tentei resumir ao máximo as nossas incríveis aventuras!! Toda a parte dos vinhos, que vou deixar para meu marido "expert" escrever, virá em outro (s) post (s)! Aguardem!! E Bon Appetit e Bon Voyage!!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

DESAFIO: Presentear duas pessoas muito queridas com mimos culinários!

Estava eu pedalando pelas vinícolas de Mendoza - Argentina, quando recebi um email de uma amiga muito querida (e comadre também!), convidando para sua festinha de aniversário na semana seguinte e, sutilmente (rs), sugerindo o presente: o Bolo de Aniversário!! Minha cabeça logo começou a funcionar, pensando qual seria a melhor receita, quando fazer, qual o  tamanho do bolo, a decoração... Vixi!!! Mas logo me acalmei, pois me lembrei de qual era o bolo predileto da aniversariante: o tradicionalíssimo Bolo de Nozes que costumo fazer todos os natais! Prá falar a verdade, este também é um dos meus bolos preferidos, pois é requintado, saboroso, não muito doce e permite fazer uma linda decoração, discreta e charmosa! Estava decidido!

Voltamos de viagem na terça e eu só tinha 2 dias para prepará-lo, pois a festinha seria na sexta. Fiz a massa na quarta feira a noite e a decoração toda de chantilly, na quinta feira! Mas o desafio não era apenas fazer o Bolo! O maior problema estava na logística da sexta feira: eu iria trabalhar o dia inteiro na região da Paulista, a casa da minha amiga é perto da Raposo Tavares e eu moro em Santo Amaro (onde estava o bolo!). Para sair da Paulista as 18h, voltar para casa, pegar o bolo e chegar às 19:30 na festa, só se fosse de helicóptero e, infelizmente, o meu está no mecânico... (probleminhas na rebinboca da parafuseta... kkkk) e o meu plano de seguro não inclui helicóptero extra (que pobreza...). Foi aí que entrou na história o meu salvador! Alexandre!! Ele saiu de casa com o bolo (devidamente embalado em meu "Cake Caddy" da Wilton), pegou as crianças no Itaim, me buscou na Paulista e lá fomos para a festa! Chegamos pontualmente! E o Bolo, intacto, geladinho (pois o Alê teve o cuidado de colocá-lo em uma geladeira térmica, cheia de gelo! Perfeito!!!).

Fiquei muito feliz de presentear minha amiga com o bolo feito por mim! Espero que ela tenha gostado também!! E, para saber a receita desde bolo que é tradição de Natal da minha família desde sempre, clique no link:

Receita do Bolo de Nozes da Bia



Na mesma semana, recebi um SMS da minha irmãzinha: "Terça feira é aniversário do Lulipe na escola, você pode fazer os cupcakes??". Resposta: "Claro, maninha, que pergunta!!!". No ano passado, eu havia feito Cupcakes de Cenoura com cobertura de chocolate, lindamente decorados com M&Ms coloridos! Mas este ano, o "pequeno cliente" pediu bolinhos de chocolate!

Optei por uma massa de bolo de chocolate simples, de liquidificador. A cobertura deveria ser suave e cremosa, também de chocolate. Esta foi a parte mais difícil, pois um ganache de chocolate seria um pouco "pesado" para crianças de 5 anos e uma de chantilly correria o risco de azedar se não ficasse o tempo todo na geladeira! Resolvi utilizar o chantilly de confeitaria da Vigor (aquele que vem em uma embalagem longa vida de 1 litro), misturando-o com chocolate em pó. Para dar um toque final e colorido, coloquei uma cereja em calda em cada bolinho! Ficou discreto e alegre ao mesmo tempo!

Segundo minha irmã, que não estava presente na festinha (só podem participar os alunos e as professoras), devia estar bom, porque não sobrou nenhum prá contar história!

Cupcakes de Chocolate com Cereja (24 unidades)

Massa
  • 1 1/2 xícaras de açúcar
  • 5 ovos
  • 1/3 xícara de leite
  • 1/2 colher de chá de essência de baunilha
  • 200gr de manteiga ou margarina
  • 1 1/2 xícaras de farinha de trigo
  • 1/2 xícara de chocolate em pó
  • 1 colher de sopa de fermento em pó
  • 1 pitada de sal
Cobertura

  • 500 ml de creme de leite para confeitaria (marca Vigor)
  • 4 colheres de sopa de chocolate em pó
  • cerejas em calda para decorar

Aqueça o forno a 180 graus. Bata no liquidificador o açúcar, os ovos, o leite, a baunilha e a manteiga. Peneire a farinha, o chocolate, o fermento e o sal. Misture o líquido às farinhas, mexendo bem (se preferir utilize uma batedeira para misturar melhor).

Coloque 2 colheres de sopa em cada forminha de cupcake e leve para assar por 20 minutos. Caso sua forma seja para 12 cupcakes, repita a operação com o restante da massa. Deixe esfriar bem. Se os bolinhos ficarem muito arrendondados, corte a tampinha para facilitar a aplicação do recheio!

Coloque a cobertura em um saco de confeitar com bico de pitanga.



E parabéns aos dois aniversariantes do mês de dezembro! Espero que tenham curtido os "mimos"!! Bon Appetit!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

DESAFIO: Surpreender e ser surpreendida!!

Um lanche ao estilo Provençal
Depois de muitas dificuldades de agenda, finalmente consegui marcar um lanche aqui em casa com minha "BFF" Nara e sua linda família. Para quem não é adolescente ou não tem filhos nesta idade e não tem a menor ideia do que significa esta sigla, vou explicar: BFF significa "Best Friend Forever" (Melhor amiga para sempre!) rs

Conheci a Nara há uns 10 anos, quando trabalhamos juntas em um banco. Nesta época, a Mimi (sua filha menor) era apenas um sonho e nossos filhos eram praticamente bebês... Como vocês podem ver, tínhamos muito em comum... Além de compartilhar o trabalho, estávamos no mesmo momento de vida familiar também...

Mesmo depois que saí do banco, nossa amizade não esfriou, como normalmente acontece com as amizades do trabalho... Sempre que possível, almoçamos juntas para colocar "as fofocas em dia"! As famílias também ficaram amigas, o que é maravilhoso!

Dado este contexto, e sabendo de todo o apoio que ela sempre me deu para seguir adiante com meus projetos pessoais, inclusive este querido blog, eu queria caprichar!! Quando perguntei se ela tinha algum "desejo", ela respondeu: "A chef manda, confio totalmente em você"!!

Aí a responsabilidade aumenta ainda mais! Como o encontro seria no domingo, final da tarde, pensei em fazer um lanche em estilo francês, com algumas das receitas mais famosas do blog! A decoração deveria também ser em estilo francês, mais especificamente, em estilo provençal, usando as cores branca, azul e lilás.

Decoração Provençal (para 8 pessoas)


  • 8 pratos brancos
  • 8 copos de cristal
  • 8 jogos de talheres
  • 8 guardanapos decorados (com motivos azuis ou prateados)
  • 10 metros de fita azul de setim
  • 1 rolo de sutache prateado
  • 8 etiquetas de chave
  • 2 folhas de papel azul escuro
  • 1 folha de papel verde claro
  • 1 caneta de tinha prateada
  • vasos de flores brancas, azuis e lilases (violetas, lavanda)
  • suportes para vasos brancos e em estilo provençal
  • toalhas de plástico (ou tecido) brancas, imitando renda
  • porta velas brancas

Corte pedaços da folha azul escura no tamanho das etiquetas de chave. Escreva o nome de cada convidado, com a caneta prateada. Coloque os cartões na etiqueta de chave. Escreva o cardápio em meia folha azul com a caneta prateada e cole sobre uma folha verde um pouco maior (para fazer uma borda).

Prepare os laços (cerca de 80 cm de fita), amarrando o laço com o sutache prateado. Amarre cada etiqueta de chave com os nomes nos laços.

Coloque as toalhas brancas (3 partes). Arrume os pratos, talheres e copos, coloque o guardanapo no centro de cada prato e, por cima, o laço com o nome dos convidados.

Distribua os vasos de flores e as velas na mesa.


Cardápio Provençal

(clique nos links para acessar as receitas!!)




O evento foi lindo! E minha BFF ficou até emocionada com todo o carinho e cuidado que tive para preparar este encontro especial! Até me deu bronca: "Não precisava ter tido tanto trabalho"! E eu respondi: Se eu não caprichar quando minha BFF vem em casa, quem eu irei "paparicar"?? rs

Mas ela também me surpreendeu! Ganhei de presente uma caixinha linda, cheia de Queijadinhas feitas por ela!! Quem diria!! A Narinha indo prá cozinha por minha causa?? rs... Fiquei feliz e lisonjeada!

Obrigada, minha querida, por ir para a cozinha para fazer queijadinhas para mim e por estar sempre ao meu lado, me apoiando, me incentivando, me consolando! Uma BFF perfeita!!!