segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

DESAFIO: Comer, Beber e Pedalar em Mendoza!

Comer, Beber e Pedalar em Mendoza! Essa foi nossa linda viagem para comemorar 3 anos de casados! Romântica, gastronômica e esportiva! Totalmente a nossa "cara"!

A ideia de pedalar em Mendoza surgiu de um anúncio de jornal em um suplemento de viagem, oferecendo pacotes com esta proposta. Mas eram muito caros e, obviamente, muito "engessados"! O Alê adorou a ideia, mas nada de guias, nada de carro de apoio, nada de roteiros padronizados e vinícolas do circuito turístico! Nós iríamos fazer o passeio por nossa conta, inclusive levando nossas próprias bicicletas. Logo, entramos na internet e reservamos as passagens, US$ 250,00 por passageiro, ida e volta, uma pechincha!

Foram muitas horas de planejamento, pesquisa, ligações telefônicas (via Skype, é claro... rs). Navegamos no Google Maps por horas para simular os roteiros de cada dia do passeio. Pesquisamos as vinícolas que queríamos conhecer, os pontos turísticos e, obviamente, os restaurantes! Enviamos emails solicitando informações, confirmando reservas! Estudamos detalhadamente como embalar, desmontar e transportar as bicicletas, o ponto mais "crítico" da nossa viagem! O planejamento foi detalhado e, certamente, garantiu o sucesso do nosso passeio!

Alguns números da nossa viagem: 6 dias, 5 vinícolas visitadas (Lagarde, Alta Vista, O. Fournier, Mendel, Septima), hospedagem em dois hotéis (Diplomatic e El Aguamiel), 10 restaurantes conhecidos, 41 vinhos provados, analisados e anotados no nosso livrinho (aguardem post sobre isso!), 80 km pedalados, 1200 km percorridos de carro (até a fronteira com o Chile, para conhecer a Alta Montanha), 15 garrafas de vinho na bagagem e módicos US$ 360,00 pagos em excesso de bagagem (graças às bicicletas e às 15 garrafas de vinho!)

Foram muitas experiências enogastronômicas interessantes, visitas a lugares e paisagens deslumbrantes e pedaladas deliciosas!

O primeiro almoço da viagem foi no Siga La Vaca, ainda em Buenos Aires, enquanto aguardávamos o vôo para Mendoza. O restaurante é uma churrascaria, bem simples e com preço acessível (95 pesos por pessoa, com vinho e sobremesa inclusos), mas que nos surpreendeu em alguns aspectos: o vinho, um Malbec de Mendoza ("Pont Leveque"), a carne (destaque para o Lomo, que não parecia filet mignon e sim uma picanha) e as sobremesas típicas, muito boas: um Almendrado (sorvete de creme com amêndoas) para o Alê, e Fatias de Maçãs Caramelizadas com Sorvete de Creme.


Chegamos em Mendoza à noite e, após o check in no Hotel Diplomatic (lindo, chique e com atendimento primoroso, membro merecido do Luxury Hotels), saímos a pé até El 23 Gran Bar. Este pequeno e charmoso restaurante localizado no pátio de um prédio antigo, conjugado à famosa loja de vinhos Winery, poussui um cardápio "meio bar, meio restaurante", com petiscos, saladas, sanduíches e massas. A carta de vinhos era extensa mas nos chamou a atenção a opção da degustação de 5 tipos de vinhos de Mendoza, harmonizados com pastinhas e torradas. Era uma sequência com vinhos Torrontés (com pasta de pimentão), Chardonnay (com pasta de rúcula e amêndoas), Tempranillo (com pasta de berinjela), Carbernet Sauvignon (com pasta de azeitonas gregas) e Malbec (com pasta de tomates secos ao sol). Foi muito divertido e esclarecedor poder comparar os cores, odores e sabores dos vinhos simultaneamente!


E para completar o jantar, pedimos uma deliciosa Salada Rústica de Legumes Grelhados e um toque de limão siciliano! Perfeito! Começamos nossa viagem com o pé direito!

O dia seguinte foi muito intenso: começamos pedalando quase 20 km até a Bodega Lagarde, onde fomos muito bem recebidos, conhecemos toda a vinícola em um tour privativo com uma guia brasileira, provamos os seus principais vinhos e terminamos com um almoço espetacular harmonizado com os vinhos! Duas entradas (Mini empanadas de carne e Salada de legumes grelhados), Prato principal (Medalhão de Filet Mignon com Vagens grelhadas e Batata Assada) e, como sobremesa, Uma mousse de arroz doce! Estava tudo perfeito, principalmente o Filet Mignon, macio, ao ponto para mal passado, saborosíssimo (que eu provei só um pedacinho, deixando o restante para o "coitado" do Alê... rs).


A parte mais difícil do passeio a Lagarde foi sair de lá pedalando! Que vontade de fazer a "siesta", depois de tanta comida e de tanto vinho!! rs

Mas tínhamos um outro compromisso já agendado na Bodega Alta Vista. E assim, subimos em nossas super bikes e lá fomos nós! Na Alta Vista, conhecemos a vinícola e degustamos 3 de seus vinhos em um lindo jardim cercado de oliveiras e canteiros de lavanda, com a Cordilheira dos Andes ao fundo... Espetacular!


Neste mesmo dia, tínhamos reserva no restaurante mais renomado de Mendoza, o 1884, de Francis Mallman! Esta reserva foi feita com muita antecedência pois este era o dia do nosso aniversário de casamento! Três anos de lua-de-mel com meu amor!!

O lugar é lindo, em um prédio antiquíssimo, com um jardim charmoso e um salão com decoração requintada com seus quadros imensos e paredes vermelhas. Logo na entrada, uma mesa com os pães produzidos na casa! Infelizmente não estávamos com muita fome e sem vontade nenhuma de tomar vinho... (porque será??? rs). O Alê pediu uma massa recheada com abóbora com molho de manteiga (divina) e eu pedi Canelloni de Berinjela e Queijo de Cabra gratinados (gostoso, mas com aparência de prato de cantina italiana, um pouco grosseiro para o requinte do Francis Mallman). Como sobremesa, Frutas Grelhadas (maçãs, peras, kiwi, abacaxi e grapefruit) com Sorvete: simples, rústico e saboroso!


Nosso terceiro dia de viagem foi destinado a um City Tour de Bike por Mendoza. Fomos conhecer o desbundante Parque San Martin, subimos pedalando até o Cerro de La Gloria, monumento histórico todo em bronze e voltamos para a cidade para saborear as famosas e deliciosas empanadas argentinas, em um dos restaurantes mais tradicionais da cidade, o Estância Florência. Para acompanhar, uma salada completa (com Paltas y Palma, ou seja, abacate e palmito! rs) e as nossas bikes como convidadas!


A sobremesa do almoço das empanadas foi no Café Havanna: tomamos Frapé de Café (mais ou menos, o Frappucchino do Starbucks é bem melhor... rs), Smoothie de Frutas Vermelhas (bem gostoso) e uma enorme Torta de Alfajor, que acabou decepcionando, pois estava muito "massuda" e seca, ficando bem aquém do saboroso e tradicional alfajor.


A noite, outra reserva já feita com antecedência, para conhecer o indicado Restaurante Azafrán, a 50 metros do nosso hotel! Mas, assim como aconteceu no dia do Francis Mallman, fome não era exatamente o nosso problema naquela noite!! rs

E lá fomos nós. O Azafrán parece um armazém antigo, inclusive com a venda de conservas, azeites, compotas, geléias. O cardápio era bem interessante, com pratos com tendência contemporânea. Como entrada "cortesia", chegaram duas torradinhas com paté de pato, deliciosas (eu comi as duas, o Alê declinou... rs). Como prato principal, pedimos uma carne (Medalhão) e uma Truta Salmonada com frutos do mar e Risotto em Tinta de lula, muito saboroso e diferente. A sobremesa, leve e fresca, levava frutas com sorvete de gengibre, servida em um copo transparente. Foi um jantar delicioso e as indicações que recebemos do Azafran fizeram jus à qualidade do restaurante. Só deixou a desejar o atendimento... A garçonete era meio "grossa", impaciente e tirou uma foto nossa com muita má vontade, toda torta! rs


No dia seguinte, nos despedimos do nosso hotel no Centro, pegamos um carro alugado, colocamos toda a nossa bagagem dentro de um corsa (inclusive as duas bicicletas!) e rumamos para o passeio de maior expectativa da viagem: a Visita a Bodega O. Fournier, produtora dos vinhos Alfa Crux. Este vinho faz parte da nossa história romântica: quando o Alê foi conhecer meus pais, os convidou para jantar no Pobre Juan e, sem olhar para a carta de vinhos, virou para o maitre e pediu uma garrafa de Alfa Crux, um vinho argentino muito recomendado. Foi um sucesso! O vinho era delicioso e conquistou meu pai (o Alê também! rs). Tanto que o Alê pediu outra garrafa (e eu só pensando... será que o vinho é caro??)... Quando veio a conta, o Alê, elegantemente tomou a dianteira e estendeu o cartão de crédito! Que cavalheiro! Nem esboçou o susto que levou ao ver o valor da conta! Dois Alfa Crux em um mesmo jantar! rs

Conhecer a O. Fournier era, portanto, o ponto alto da nossa viagem! Mas nada de bicicleta neste passeio, pois a O. Fournier está bem distante do centro de Mendoza, a 100km. Por isso, alugamos o carro e lá fomos nós.

A Bodega é tão espetacular e monumental que merece um post exclusivo para se falar dela. Degustamos toda a linha Alfa Crux, Beta Crux e Urban, mantendo nossa percepção de que esta é uma das melhores produtoras de vinho da Argentina.


Nossa visita à O. Fournier foi deliciosa. Além de conhecer toda a bodega e degustar vários de seus melhores vinhos (menos o "ícone" deles, o vinho O. Fournier, que não pode ser degustado), tivemos uma experiência enogastronômica fenomenal no restaurante Urban, comandado pela esposa do proprietário da bodega, já considerado um dos melhores da Argentina. E não decepcionou, foi a melhor sequencia de pratos harmonizados que provamos em Mendoza! Um show! E tudo isso com uma vista deslumbrante para a Cordilheira dos Andes! Como entrada, um Creme de Parmesão com Cebola Caramelizada (o melhor creme que já comi na vida), uma Berinjela entremeada por um creme de Gaspacho, Mini Kaftas com Coalhada, Ravioli fritos recheados com ovos moles e acelga tostada, Lomo com batatas e, para finalizar, Sopa de Frutas com Sorvete... E tudo harmonizado com os vinhos da linha Urban, a mais básica da vinícola, com excelente custo benefício (cerca de 30 pesos a garrafa).


Depois de um pequeno contratempo (a bateria do nosso carro arriou...), voltamos para Mendoza e para o nosso novo Hotel, El Aguamiel, localizado em uma pequena vinícola orgânica há 15 km do centro. A estrada nos assustou um pouco, parecia que não estávamos no caminho certo mas, finalmente, chegamos no pequeno hotel, rodeado de parreiras, touceiras de lavanda e... cerejeiras!! Que surpresa incrível!! Na porta do nosso chalé, dezenas de cerejeiras carregadas e um lindo prato de cerejas nos esperando no quarto! Fiz até uma foto com as cerejas frescas no mesmo estilo do logo dos Desafios!


A programação do dia seguinte era de pura aventura! Rumamos (de carro) para a Alta Montanha (como é chamada a Cordilheira dos Andes), pela rota 07, que atravessa as montanhas rumo à divisa com o Chile. Passamos pela fronteira e encontramos uma estrada de terra que levava ao Cristo Redentor, no Alto da Montanha. Depois de uma hora de terra, pedras, curvas muito fechadas e neve eterna, chegamos ao topo! Que frio e que vento!! Era quase impossível ficar do lado de fora do carro! Ainda bem que eu estava com uma capa "corta vento" com capuz!


Meu marido aventureiro, que havia levado a bicicleta no porta malas do nosso Corsinha, decidiu descer a montanha de bike! E eu, no carro de apoio, morrendo de medo de furar o pneu naquela estrada perdida no meio da cordilheira... Na descida, cruzamos com um grupo de ciclistas que, heroicamente, tentavam chegar ao cume! Em uma troca de gentilezas comum aos praticantes de esporte de aventura, o ciclista chileno ajudou o Alê a encher o pneu e, em retribuição, o Alê cedeu seu corta-vento, pois o frio estava aumentando e só iria piorar quando mais subissem rumo ao Cristo.


A parada seguinte foi o famosíssimo Parque Nacional do Aconcágua, de onde se pode avisar o pico mais alto da América do Sul:


Nossa última parada antes de voltar foi a atração turística "Puente de Los Incas", uma formação natural impressionante a partir das águas quentes vulcânicas e rochas calcárias! Para sua preservação, a Puente está fechada para passagem e o Hotel construído para aproveitar suas águas termais e medicinais foi fechado há alguns anos, e só restam as ruínas.



Depois de um dia sem grandes comilanças e degustações (só tomamos um vinho no jantar! rs), o dia seguinte foi dedicado novamente ao culto ao vinho! Visitamos duas bodegas muito interessantes e diferentes! A primeira, Mendel, foi uma visita sugerida pela atendente do Hotel onde estávamos e era praticamente nossa vizinha. E esta foi a grande surpresa da nossa viagem! Pequena e artesanal, apresentou vinhos de qualidade excelente, retirados direto do barril! Com linhas mais simples (Lunta), de nível médio (Mendel e Unus) e o "ícone" Finca Remota, a Mendel é reconhecida em Mendoza por ser conduzida por um dos melhores enólogos da Argentina, Roberto de la Mota. Além dos vinhos produzidos na propriedade, que possui parreiras de Malbec de 1928, há também oliveiras que produzem um azeite extra virgem especialíssimo, Olivar de Lunta, que provamos com pedaços de pão quente...


Próxima parada, depois da visita a Mendel, foi a Bodega Septima, do Grupo Cordoniú, localizada há 14 km do Hotel El Aguamiel pela Ruta 40 e Ruta 07. Bem diferente da Mendel, a Septima é gigantesca e imponente! Percorrem-se centenas de metros pelos vinhedos até chegarmos à sede, toda em pedra, com arquitetura moderna (como curiosidade, tanto a Septima quanto a O. Fournier foram desenhadas pelo mesmo casal de arquitetos da região, especializados em bodegas).

A degustação na Septima foi rápida (sem termos muito tempo para avaliar o vinho...), com um grupo maior de turistas. Esta foi a primeira vez que não tivemos "exclusividade" na degustação e na visita... Provamos os vinhos mais simples da vinícola, e acabamos não conhecendo sua linha superior, o que deixou a sensação desta ter sido a vinícola mais "comercial" que visitamos. A visita foi interessante, principalmente para estabelecermos bem a diferença de uma bodega automatizada das bodegas mais artesanais como a Lagarde ou a Mendel.


Após a visita, fomos para o restaurante María, dentro da própria sede. Super moderno, com uma linda vista para a cordilheira e decorada com galhos secos de parreiras. Exótico e muito apropriado!!


O almoço foi refinado e muito caprichado. Entradinhas de salmão e polvo (que eu me deliciei sozinha...rs), Empanada de Carne Criola, com massa folhada, Salada Verde com trufas de gorgonzola (interessantíssimo), Truta grelhada com legumes e crispis de mandioca (para mim) e Nhoques com molho de cordeiro (para o Alê). Como sobremesa, Bolo de chocolate com sorvete (para o Alê) e Peras ao Vinho Malbec (para mim). Todos harmonizados com vinhos da linha Septimo Dia, uma linha média da bodega, razoável!

Como vocês podem perceber, a viagem foi sensacional e muito bem planejada! E me desculpem a extensão do post... Juro que eu tentei resumir ao máximo as nossas incríveis aventuras!! Toda a parte dos vinhos, que vou deixar para meu marido "expert" escrever, virá em outro (s) post (s)! Aguardem!! E Bon Appetit e Bon Voyage!!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

DESAFIO: Presentear duas pessoas muito queridas com mimos culinários!

Estava eu pedalando pelas vinícolas de Mendoza - Argentina, quando recebi um email de uma amiga muito querida (e comadre também!), convidando para sua festinha de aniversário na semana seguinte e, sutilmente (rs), sugerindo o presente: o Bolo de Aniversário!! Minha cabeça logo começou a funcionar, pensando qual seria a melhor receita, quando fazer, qual o  tamanho do bolo, a decoração... Vixi!!! Mas logo me acalmei, pois me lembrei de qual era o bolo predileto da aniversariante: o tradicionalíssimo Bolo de Nozes que costumo fazer todos os natais! Prá falar a verdade, este também é um dos meus bolos preferidos, pois é requintado, saboroso, não muito doce e permite fazer uma linda decoração, discreta e charmosa! Estava decidido!

Voltamos de viagem na terça e eu só tinha 2 dias para prepará-lo, pois a festinha seria na sexta. Fiz a massa na quarta feira a noite e a decoração toda de chantilly, na quinta feira! Mas o desafio não era apenas fazer o Bolo! O maior problema estava na logística da sexta feira: eu iria trabalhar o dia inteiro na região da Paulista, a casa da minha amiga é perto da Raposo Tavares e eu moro em Santo Amaro (onde estava o bolo!). Para sair da Paulista as 18h, voltar para casa, pegar o bolo e chegar às 19:30 na festa, só se fosse de helicóptero e, infelizmente, o meu está no mecânico... (probleminhas na rebinboca da parafuseta... kkkk) e o meu plano de seguro não inclui helicóptero extra (que pobreza...). Foi aí que entrou na história o meu salvador! Alexandre!! Ele saiu de casa com o bolo (devidamente embalado em meu "Cake Caddy" da Wilton), pegou as crianças no Itaim, me buscou na Paulista e lá fomos para a festa! Chegamos pontualmente! E o Bolo, intacto, geladinho (pois o Alê teve o cuidado de colocá-lo em uma geladeira térmica, cheia de gelo! Perfeito!!!).

Fiquei muito feliz de presentear minha amiga com o bolo feito por mim! Espero que ela tenha gostado também!! E, para saber a receita desde bolo que é tradição de Natal da minha família desde sempre, clique no link:

Receita do Bolo de Nozes da Bia



Na mesma semana, recebi um SMS da minha irmãzinha: "Terça feira é aniversário do Lulipe na escola, você pode fazer os cupcakes??". Resposta: "Claro, maninha, que pergunta!!!". No ano passado, eu havia feito Cupcakes de Cenoura com cobertura de chocolate, lindamente decorados com M&Ms coloridos! Mas este ano, o "pequeno cliente" pediu bolinhos de chocolate!

Optei por uma massa de bolo de chocolate simples, de liquidificador. A cobertura deveria ser suave e cremosa, também de chocolate. Esta foi a parte mais difícil, pois um ganache de chocolate seria um pouco "pesado" para crianças de 5 anos e uma de chantilly correria o risco de azedar se não ficasse o tempo todo na geladeira! Resolvi utilizar o chantilly de confeitaria da Vigor (aquele que vem em uma embalagem longa vida de 1 litro), misturando-o com chocolate em pó. Para dar um toque final e colorido, coloquei uma cereja em calda em cada bolinho! Ficou discreto e alegre ao mesmo tempo!

Segundo minha irmã, que não estava presente na festinha (só podem participar os alunos e as professoras), devia estar bom, porque não sobrou nenhum prá contar história!

Cupcakes de Chocolate com Cereja (24 unidades)

Massa
  • 1 1/2 xícaras de açúcar
  • 5 ovos
  • 1/3 xícara de leite
  • 1/2 colher de chá de essência de baunilha
  • 200gr de manteiga ou margarina
  • 1 1/2 xícaras de farinha de trigo
  • 1/2 xícara de chocolate em pó
  • 1 colher de sopa de fermento em pó
  • 1 pitada de sal
Cobertura

  • 500 ml de creme de leite para confeitaria (marca Vigor)
  • 4 colheres de sopa de chocolate em pó
  • cerejas em calda para decorar

Aqueça o forno a 180 graus. Bata no liquidificador o açúcar, os ovos, o leite, a baunilha e a manteiga. Peneire a farinha, o chocolate, o fermento e o sal. Misture o líquido às farinhas, mexendo bem (se preferir utilize uma batedeira para misturar melhor).

Coloque 2 colheres de sopa em cada forminha de cupcake e leve para assar por 20 minutos. Caso sua forma seja para 12 cupcakes, repita a operação com o restante da massa. Deixe esfriar bem. Se os bolinhos ficarem muito arrendondados, corte a tampinha para facilitar a aplicação do recheio!

Coloque a cobertura em um saco de confeitar com bico de pitanga.



E parabéns aos dois aniversariantes do mês de dezembro! Espero que tenham curtido os "mimos"!! Bon Appetit!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

DESAFIO: Surpreender e ser surpreendida!!

Um lanche ao estilo Provençal
Depois de muitas dificuldades de agenda, finalmente consegui marcar um lanche aqui em casa com minha "BFF" Nara e sua linda família. Para quem não é adolescente ou não tem filhos nesta idade e não tem a menor ideia do que significa esta sigla, vou explicar: BFF significa "Best Friend Forever" (Melhor amiga para sempre!) rs

Conheci a Nara há uns 10 anos, quando trabalhamos juntas em um banco. Nesta época, a Mimi (sua filha menor) era apenas um sonho e nossos filhos eram praticamente bebês... Como vocês podem ver, tínhamos muito em comum... Além de compartilhar o trabalho, estávamos no mesmo momento de vida familiar também...

Mesmo depois que saí do banco, nossa amizade não esfriou, como normalmente acontece com as amizades do trabalho... Sempre que possível, almoçamos juntas para colocar "as fofocas em dia"! As famílias também ficaram amigas, o que é maravilhoso!

Dado este contexto, e sabendo de todo o apoio que ela sempre me deu para seguir adiante com meus projetos pessoais, inclusive este querido blog, eu queria caprichar!! Quando perguntei se ela tinha algum "desejo", ela respondeu: "A chef manda, confio totalmente em você"!!

Aí a responsabilidade aumenta ainda mais! Como o encontro seria no domingo, final da tarde, pensei em fazer um lanche em estilo francês, com algumas das receitas mais famosas do blog! A decoração deveria também ser em estilo francês, mais especificamente, em estilo provençal, usando as cores branca, azul e lilás.

Decoração Provençal (para 8 pessoas)


  • 8 pratos brancos
  • 8 copos de cristal
  • 8 jogos de talheres
  • 8 guardanapos decorados (com motivos azuis ou prateados)
  • 10 metros de fita azul de setim
  • 1 rolo de sutache prateado
  • 8 etiquetas de chave
  • 2 folhas de papel azul escuro
  • 1 folha de papel verde claro
  • 1 caneta de tinha prateada
  • vasos de flores brancas, azuis e lilases (violetas, lavanda)
  • suportes para vasos brancos e em estilo provençal
  • toalhas de plástico (ou tecido) brancas, imitando renda
  • porta velas brancas

Corte pedaços da folha azul escura no tamanho das etiquetas de chave. Escreva o nome de cada convidado, com a caneta prateada. Coloque os cartões na etiqueta de chave. Escreva o cardápio em meia folha azul com a caneta prateada e cole sobre uma folha verde um pouco maior (para fazer uma borda).

Prepare os laços (cerca de 80 cm de fita), amarrando o laço com o sutache prateado. Amarre cada etiqueta de chave com os nomes nos laços.

Coloque as toalhas brancas (3 partes). Arrume os pratos, talheres e copos, coloque o guardanapo no centro de cada prato e, por cima, o laço com o nome dos convidados.

Distribua os vasos de flores e as velas na mesa.


Cardápio Provençal

(clique nos links para acessar as receitas!!)




O evento foi lindo! E minha BFF ficou até emocionada com todo o carinho e cuidado que tive para preparar este encontro especial! Até me deu bronca: "Não precisava ter tido tanto trabalho"! E eu respondi: Se eu não caprichar quando minha BFF vem em casa, quem eu irei "paparicar"?? rs

Mas ela também me surpreendeu! Ganhei de presente uma caixinha linda, cheia de Queijadinhas feitas por ela!! Quem diria!! A Narinha indo prá cozinha por minha causa?? rs... Fiquei feliz e lisonjeada!

Obrigada, minha querida, por ir para a cozinha para fazer queijadinhas para mim e por estar sempre ao meu lado, me apoiando, me incentivando, me consolando! Uma BFF perfeita!!!



domingo, 9 de dezembro de 2012

DESAFIO: Servir Vol-au-vent pela primeira vez!

Vol-au-vent de Alho Poró e Bacon
Vol-au-vent (pronuncia-se "vulovã") são pequenos recipientes feitos com massa folhada, que recebem recheios doces ou salgados. É muito crocante e perfeito para uma entrada (se salgado e grande), ou para um coquetel (se feito em formato "mini") ou ainda como sobremesa (se utilizar recheio doce).

A versatilidade do Vol-au-vent não está só na forma de servir, mas também em como prepará-lo, dependendo do seu tempo e de sua disposição!

Basicamente, o Vol-au-vent é feito de massa folhada, cortando-se uma base (que pode ser circular, hexagonal, quadrada...) e alguns aros para serem "colados" sobre a base. Em seguida, o Vol-au-vent é assado, recebendo o recheio (quente ou frio) depois de assado.

Gostou da parte de fazer a massa folhada?? Não??? Eu também não! rs... Não foi desta vez que eu enfrentei o desafio de fazer a massa folhada em casa! rs

Então, uma opção é comprar a massa folhada (já aberta ou para abrir), abrir a massa e fazer os cortes. Foi o que fez a blogueira do "Entre Amoras", no post que inspirou esta receita. Você vai precisar de 2 massas de 300gr para fazer 12 a 14 unidades.

Se você tiver acesso a uma loja da Arosa (ou a uma casa especializada) que venda os Vol-au-vents congelados e prontos para assar (como é o meu caso), esta é uma ótima opção. A Loja da Arosa oferece, inclusive, os Vol-au-vents já assados, mas a relação "custo benefício" não é boa: 4 unidades por R$ 11,50 vs 12 unidades para assar por R$ 15,00. Mas atenção: a versão "hexagonal" é mais barata que a versão quadrada (de 15,00 para 20,00) e sabem por que? Porque a hexagonal aproveita melhor o corte da massa, otimizando-o! Eu acabei comprando as duas, porque só havia um pacote da hexagonal e comprovei que não há nenhuma diferença. Até achei a hexagonal mais bonita!

Escolhi o recheio de alho poró por um simples motivo: eu ADORO alho poró! Mas, egocentrismos a parte, o prato principal, Gnocchi de Mandioquinha com Iscas de filet e shitake precisava de uma entrada mais leve e sutil.

Embora leve, o prato deveria ter personalidade não só na apresentação, mas também no sabor. E este toque de personalidade ficou por conta do bacon em cubinhos, que harmonizou muito bem com o alho poró, dando-lhe um discreto, porém marcante, sabor defumado.

No jantar em que esta entrada foi servida, onde estavam presentes 4 adolescentes, embora eu tivesse calculado duas unidades por pessoa, eu acabei comendo apenas uma... E não foi por regime ou alguma restrição alimentar... Foi porque percebi que um deles (não vou citar nomes, para não ser indelicada), estava doidinho para repetir pela terceira vez! rs... Não é uma delícia para a cozinheira quando isso acontece?? O único problema é que estou aqui agora, escrevendo este post, e morrendo de vontade de comer o meu segundo "vol-au-vent"!! rs

Vol-au-vent de Alho Poró com Bacon


  • 12 vol-au-vent para assar (Arosa)
  • 1 ovo batido para pincelar
  • 2 alhos porós cortados em rodelas finas
  • 100gr de bacon em cubinhos pequenos
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • 1 pote de cream cheese
  • 4 colheres de sopa de creme de leite em lata
  • sal e pimenta do reino a gosto
  • salsinha picada para decorar


Retire os vol-au-vents do freezer e deixe descongelar por 30 minutos. Aqueça o forno a 180 graus.
Coloque os vol-au-vents em uma assadeira, deixando um espaço de 4 cm entre eles. Pincele com o ovo batido. Leve ao forno por 30 minutos, até estarem bem dourados e assados. Deixe esfriar um pouco e retire o centro do vol-au-vent com um colherinha. Reserve.



Prepare o recheio: aqueça uma frigideira grande com o azeite e frite os pedacinhos de bacon. Junte o alho poró e deixe fritar por alguns minutos. Tampe e deixe cozinhar até o alho poró ficar macio. Desligue o fogo, junte o cream cheese, o creme de leite e misture bem. Acerte o sal e a pimenta.


Recheie os vol-au-vents com o creme de alho poró e leve ao forno novamente por uns 15 minutos para aquecer. Retire do forno, salpique a salsinha. Sirva imediatamente e Bón Appetit!!



quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

DESAFIO: Inventar um Whoopie para a Festa do Natal Vermelho e Branco!!

Sabe o que é um Whoopie?? Não?? É um sanduichinho doce, com massa bem macia e recheio amanteigado... Dizem que é o "novo cupcake"! Será?? Outro dia li em um site americano uma definição ótima: Se um cookie se casasse com um bolo, nasceria um Whoopie!

Depois da frustração dos macarons, fazer os Whoopies (com sucesso) preencheu um vazio gastronômico interior...
Eles são lindos, delicados e saborosos! Quem provou, aprovou!!

Aqui no blog já postei algumas receitas de Whoopies: o tradicional, de chocolate com recheio de marshmallow e outro de Baunilha com recheio de chocolate.

Resolvi, então, "criar" uma versão do Whoopie para a festa de Natal aqui em casa, que vai ter o tema "Vermelho e Branco"! E, obviamente, o whoopie deveria ser vermelho e branco! A massa, de baunilha, é a parte branca; o recheio, de framboesa (com aquela maravilhosa polpa italiana que comprei para fazer entremets), é a parte vermelha! Como cobertura, um creme de açúcar confeiteiro (branco) e, para decorar, confeitos (vermelhos).

Whoopies Natalinos de Framboesa (24 unidades)


Ingredientes da Massa
  •  ½  xícara de manteiga amolecida
  •  ¾ xícara de açúcar refinado
  • 1 ovo
  • 1 ¾ xícaras de farinha de trigo
  •  2/3 xícara de leite
  • 1 colher de chá de fermento em pó
  • 1 colher de sobremesa de essência de baunilha
  • 1 pitada de sal

Recheio
  •  ½ xícara de manteiga amolecida
  • 1 a 2 colheres de sopa de polpa de framboesa (Fabbris)
  • 1 ¾ xícaras de açúcar confeiteiro
Cobertura
  • 1 xícara de açúcar confeiteiro
  • 2 colheres de sopa de água morna
  • Confeitos para decorar (opcional)
Modo de preparo

Prepare 4  formas de biscoito, forrando com papel manteiga. Em cada folha, faça 12  círculos de cerca de 4cm de diâmetro. Aqueça o forno a 180 graus.

Prepare a massa: bata a manteiga e o açúcar até virar um creme. Junte o ovo e bata mais. Peneire a farinha, o fermento e o sal.  Vá alternando a farinha com o leite e baunilha. Misture bem na batedeira.


Coloque a massa em um saco de confeitar com bico liso médio e distribua porções na massa no meio de cada círculo desenhado.

Leve para assar por 10 a 12 minutos (não deixe ficar dourado). Retire a assadeira do forno, deixe esfriar 5 minutos, remova cada biscoito cuidadosamente e deixe esfriar em uma grade. Repita esta operação para as 4 formas (cerca de 48 biscoitos).


Prepare o recheio: bata a manteiga e a framboesa até ficar cremoso. Junte o açúcar confeiteiro peneirado e deixe bater por mais alguns minutos. Coloque em um saco de confeitar com bico de pitanga médio e recheie metade dos biscoitos.

Cubra com a outra metade. Leve para a geladeira. Prepare a cobertura: aqueça a água e vá juntando ao açúcar até ficar uma pasta brilhante e grossa. Cubra cada Whoopie com uma colherada da cobertura. Decore com os confeitos antes de secar a cobertura.




E o resultado final, lindo, lindo, lindo!! Bon Appetit!!


domingo, 25 de novembro de 2012

DESAFIO: Preparar um prato com um ingrediente típico português, a Alheira!

O desafio da Alheira começou em um jantar com degustação de vinhos que fomos com meus pais, em um empório de vinhos em Moema (Infinity). Foi um evento agradabilíssimo, com um jantar delicioso preparado por dois jovens chefs do Via Carlo Buffet! Um deles, o Juan Soares, é chef de cozinha da Rede TV! e tem só 19 anos! Isso é que é vocação!! Para harmonizar com o jantar, vinhos da Occhio Nero, importados da Itália, com excelente relação custo benefício.

Após o jantar, fomos comprar algumas garrafas dos vinhos degustados (óbvio!! rs) e acabei encontrando as tais alheiras portuguesas... Embora tenha sangue português nas veias (minha mãe é neta de portugueses), eu nunca havia preparado nada com este embutido! Estava lançado o desafio!!

As duas alheiras ficaram "esquecidas" na geladeira por algumas semanas até que, ontem, resolvi prepará-las para o jantar. A receita escolhida estava na própria embalagem: Alheira à Brás, feita com batata palha, ovos, azeitonas, cebola e, é claro, muito azeite!

Antes de detalhar a receita, que ficou maravilhosa e todo mundo gostou (até o Ian, rs), vamos falar um pouco sobre este ingrediente, tão importante na culinária portuguesa. A alheira é um embutido feito a base de diversas carnes, pão e condimentos, que surgiu em Portugal no século XV. A sua origem está associada à perseguição e expulsão dos judeus por D. Manuel. As famílias mais abastadas conseguiram fugir, mas os judeus mais pobres acabaram ficando em Portugal e tiveram que se converter ao cristianismo (transformando-se nos chamados "Cristãos Novos"). Embora ainda mantivessem sua crença e hábitos anteriores (como, por exemplo, não comer carne de porco), para "convencer" os portugueses de sua conversão, começaram a produzir embutidos defumados com carnes de galinha, coelho e outras caças. Assim surgiu a alheira. Para saber mais sobre a origem da alheira, acesse o blog português "Lendas e Narrativas".

Atualmente a alheira é produzida com carne de porco e a mais tradicional de Portugal é produzida em Mirandela, região de Tras-os-Montes, considerada uma das 7 Maravilhas da Gastronomia de Portugal (juntamente com o Caldo Verde, as Sardinhas Assadas, o Queijo Serra da Estrela, O Leitão da Bairrada, o Arroz de Marisco e o Pastel de Belém). Só estranhei não ver nenhum prato com bacalhau entre as 7 Maravilhas... Como pode o Bacalhau com Couve Tronchuda da minha mãe ter ficado de fora, rs?? Acabei de incluí-lo como a oitava maravilha!!

A produção em Mirandela ainda é caseira, como mostra o vídeo abaixo (só fiquei curiosa com o fato de haver um sofá ao lado do defumador... E as alheiras penduradas em um cabo de vassoura, logo acima... Bem "caseiro" mesmo!!! Fiquei imaginando como deve ser o cheiro do tal sofá... E das pessoas que costumam ficar sentadas nele... rs).



Obviamente o meu desafio não chegou ao ponto de preparar o embutido e defumá-lo em casa (até porque eu não pretendo que meu sofá seja defumado também... kkkk). Mas realmente fiquei com vontade de ir a Mirandela acompanhar o preparo desta iguaria!! Fica o desafio para uma próxima viagem a Portugal! Mãe, que tal? Se você for antes de mim, passo este desafio para você!!

Alheira à Brás





quarta-feira, 21 de novembro de 2012

DESAFIO: Decorar a casa para um Natal Vermelho e Branco!!

A agenda deste final de ano está tão corrida e complicada que reservei o feriado do dia 20 de novembro para decorar a casa para o Natal! E chamei uma especialista no assunto para me ajudar! A Lili, minha comadre (sou madrinha da Paula e ela é madrinha do meu filho Erik), presta consultoria em organização doméstica (Desafios da Organização) e, agora no final do ano, está com foco em decoração de natal!! Vocês não imaginam quanta técnica e método há na montagem de uma árvore de natal!!

A decoração de Natal começa com uma ideia ou tema: no meu caso, cismei que queria uma decoração Vermelha e Branca! Só porque toda a minha decoração anterior remetia ao dourado, vermelho e verde! (clique aqui para ver a decoração do Natal Vintage do ano passado!)
A decoração do ano passado

Escolhido o tema, separe todos os seus enfeites e escolha aqueles que estão "aderentes" ao tema. No meu caso, separei bolas de sisal vermelhas, maçãs vermelhas e vários galhos de bico de papagaio (aquela flor vermelha típica do Natal).

Caso a decoração existente não seja suficiente (e, podem acreditar, NUNCA é suficiente... rs), você precisará adquirir mais enfeites. Laços grandes e luzes por toda a árvore são fundamentais para criar um grande impacto visual. Por isso, o melhor lugar para estas "comprinhas" é a alucinante 25 de Março! Para quem não é de São Paulo, a 25 é uma região especializada em comércio de armarinho, tecidos, fantasias, brinquedos, utilidades domésticas, além de eletrônicos com procedência duvidosa... No caso de decoração de natal, é, certamente, um "must go"! Mas prepare-se! É uma completa loucura!!

Minha consultora natalina e eu tomamos coragem e lá fomos na última segunda feira. Como a Lili já havia ido duas vezes antes, sabia exatamente onde encontrar o que eu precisava! E olhem a técnica de compras: ela ficava na fila (que levava mais de 20 minutos em cada loja) e eu, de cestinha na mão, ia "coletando" todo o material: fitas, sutaches, enfeites, guardanapos, luzes piscantes... As melhores compras aconteceram na Matsumoto, no andar superior, totalmente dedicado ao Natal!

No dia seguinte, passamos uma tarde deliciosa (com a ajuda da Paula e da Luísa) montando a árvore! Enquanto a Lili colocava as luzinhas por toda a árvore, eu fazia os laços de veludo e fita xadrez! Certamente estas são as partes mais trabalhosas!

Vejam o passo a passo da montagem!


Fiz também uma estimativa dos gastos com toda a decoração (sem considerar o valor da árvore de natal)!


O resultado ficou desbundante! Nunca tivemos uma árvore tão linda em casa! É tão linda que hipnotiza, principalmente com as luzes acesas!


Agradecimentos especiais à Lili, Paula e Luísa, que tornaram a atividade de montar a decoração de natal em uma divertida brincadeira!!

E para quem quiser uma ajuda para montar a sua decoração de natal, entrem em contato com a Liliane pelo blog dela!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

DESAFIO: Fazer pão caseiro no Black Swan!

Finados em Paraty, a bordo do Black Swan! Como já é tradição, foram 3 dias (deliciosos) de chuvisco e céu nublado! A boa notícia é que este é o clima ideal para fazer receitas de forno no barco, pois, no calor, fica meio desconfortável... rs

Senti um pouco de falta da minha batedeira Kitchen Aid, pois tive que sovar a massa nas mãos! Que exercício para os braços!! Mas o resultado compensa todo o esforço, principalmente quando o pão está assando no forno e aquele aroma se espalha por todo o ambiente! Ou quando se come o pão ainda quente, com um pouco de manteiga derretendo...

A primeira receita, de Pão de Cerveja, foi inspirada em uma receita do Jamie Oliver... Basta substituir a água morna por cerveja!! O pão fica muito saboroso, com uma casquinha crocante! E rende bastante, dois pães médios! Um deles foi totalmente devorado na mesma hora, ainda quente, com manteiga! Um delírio! E o segundo foi deliciosamente degustado no café da manhã do dia seguinte, após ser levemente aquecido no forno! Hummm!!

Pão de Cerveja

  • 350 gr de farinha de trigo
  • 150 gr de semolina de grano duro
  • 1 colher de sopa de fermento seco biológico (Fermix)
  • 300ml de cerveja (1 latinha)
  • 1 colher de sopa de mel
  • 1 colher de chá de sal
Aqueça a cerveja até que fique morna. Dissolva o mel e o fermento e reserve.
Coloque a farinha, a semolina e o sal em uma superfície horizontal e faça um buraco no meio. Despeje metade do líquido no centro das farinhas e vá misturando com as mãos. Vá juntando o restante do líquido e vá sovando a massa por 10 minutos, até ficar uma bola bem lisa, que não gruda na mão. Coloque a bola em um travessa, faça alguns talhos com a faca para ajudar a crescer, cubra com um pano de prato limpo e coloque dentro do forno desligado por 1 hora. A massa irá crescer e dobrar de volume. Volte a sovar a massa, faça 2 pães no formato que quiser. Deixe crescer por mais 45 minutos. Aqueça o forno a 190 graus e leve os pães para assar por 30 minutos, até começarem a dourar na superfície.


Fiquei muito satisfeita com o resultado de fazer pão a bordo! E, quando fomos convidados para um Happy Hour no nosso querido vizinho, Maremio, não tive dúvidas: decidi fazer outro pão, também delicioso, a Ciabatta! A receita também rendeu dois pães, que foram servidos aos convidados assim que saíram do forno! Como acompanhamento, deliciosos queijos e pastas, tudo regado a muito vinho e champagne! Vida dura, vocês não acham?

Ciabatta


  • 500 gr de farinha de trigo
  • 1 colher de sopa de fermento seco biológico
  • 300 ml de água morna
  • 1 colher de sopa de mel
  • 1 colher de chá de sal
  • 3 colheres de sopa de azeite

Aqueça a água até que fique morna. Dissolva o mel e o fermento e reserve.
Coloque a farinha e o sal em uma superfície horizontal e faça um buraco no meio. Despeje metade do líquido no centro das farinhas e vá misturando com as mãos. Vá juntando o restante do líquido e vá sovando a massa por 10 minutos, até ficar uma bola bem lisa, que não gruda na mão. Coloque a bola em um travessa, faça alguns talhos com a faca para ajudar a crescer, cubra com um pano de prato limpo e coloque dentro do forno desligado por 1 hora. A massa irá crescer e dobrar de volume. Volte a sovar a massa, faça 2 pães no formato que quiser. Deixe crescer por mais 45 minutos. Aqueça o forno a 190 graus e leve os pães para assar por 30 minutos, até começarem a dourar na superfície.

E, tudo isso, apreciando a linda vista da baía de Paraty! Bon Appetit!!


terça-feira, 13 de novembro de 2012

DESAFIO: Aproveitar sobras do churrasco para fazer um Arroz de Puta Rica!!

Arroz de Puta Rica (ou Arroz de Meretriz Abastada!!)
A primeira vez que ouvi falar deste prato estávamos em Angra dos Reis, embarcados no Black Swan e passando o dia na Ilha da Gipóia na casa dos nossos amigos Paula e Serginho. O grupo era grande (5 adultos e 7 adolescentes) e havíamos feito churrasco durante o dia... Depois de muita atividade (mergulho, pesca, caminhada...), o sol começou a se por e eu comecei a me preocupar com o jantar para aquela galera toda! Ô síndrome de cozinheira que eu tenho!! rs

A dona da casa, sabendo da minha predileção por esquentar a barriga no fogão, me deu total liberdade para "criar" o jantar! E foi, com os rapazes, tomar cerveja no bar no canto da praia!! kkkk (essa é a Paula!!). Abri a geladeira e a despensa e fui coletando os ingredientes... A ideia inicial era fazer um macarrão "vale tudo", mas acabei decidindo fazer um "risotão" com todo o soborô da geladeira, principalmente as carnes do churrasco! Quando a Paula voltou do boteco e olhou o conteúdo da enorme panela que estava no fogo, exclamou: Gente, ela fez Arroz de Puta!!! 

Foi uma gargalhada só, principalmente entre as "crianças"! E, antes que eu me ofendesse (rs), ela explicou que este é o nome que se dá ao arroz feito com diversas carnes e legumes... Minha enteada Marina, menina muito fina e educada, me puxou no canto e falou: "Tia, acho melhor chamar de "Arroz de Meretriz Abastada", você não acha??" kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Apesar do nome um pouco "rude" e de sua aparência rústica (principalmente se servido em um "panelão" de alumínio, rs), o prato ficou uma delícia, uma refeição completa! Lendo sobre a receita na internet, descobri que existe um prato chamado de Arroz de Puta Pobre, que leva arroz, legumes e linguiça e, eventualmente sobras de feijão... A versão "Rica" leva outros tipos de carne, mais legumes e açafrão para dar um lindo tom amarelo... Ouvi dizer que o nome surgiu nos prostíbulos de Goiânia, que serviam o prato para atrair mais "clientes"! Quanto melhor a casa, mais "rica" a receita!!! Vejam algumas versões da receita que encontrei na net:


Meses depois da experiência em Angra, depois de um Churrasco feito para comemorar o aniversário do Ian (veja o post sobre o Churrasco Teen), tive a ideia de preparar novamente esta receita em casa, depois de encontrar na geladeira sobras de frango, carne, linguiça e costelinha!

Basicamente a receita consiste em diversas carnes (frango, linguiça, picanha, costelinha) cozidas com legumes (use o que tiver na geladeira) como tomate, abobrinha, cebola... com o arroz cozido em caldo de carne, frango ou legumes... É só usar a criatividade (e o soborô da geladeira)! 

Arroz de Puta Rica (ou de "Meretriz Abastada")

  • 2 xícaras de sobras de churrasco (carne, frango, porco) picados
  • 1 cebola picada
  • 2 dentes de alho picados
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • 2 xícaras de legumes diversos picados (abobrinha, cenoura, ervilha, milho, tomate...)
  • açafrão (2 pacotinhos)
  • 4 xícaras de caldo (de carne, frango ou legumes)
  • 2 xícaras de arroz lavado e escorrido
  • sal (se necessário)
  • salsinha ou coentro picados para finalizar
Aqueça o caldo e reserve. Aqueça uma frigideira alta e grande. Aqueça o azeite, frite a cebola e o alho. Acrescente os legumes e deixe refogar. Coloque as carnes e refogue mais um pouco. Acrescente o arroz e deixe fritar bem. Coloque o caldo quente com o açafrão dissolvido, tampe, abaixe o fogo e deixe cozinhar por 15 minutos. Desligue o fogo e deixe descansar por mais 15 minutos. Para finalizar, salpique a salsinha ou coentro.


Mais uma vez, sucesso total!!! Alê e Erik comeram com gosto! O arroz fica saboroso, molhadinho...
Além de econômica nos ingredientes, a receita é fácil e suja pouca louça!! Essas meretrizes são espertas mesmo!! kkkkk

Bon Appetit!!

domingo, 11 de novembro de 2012

DESAFIO: Comemorar o aniversário do Ian com um Churrasco Teen!!

Alê e eu formamos um ótimo time na hora de preparar um Churrasco em casa: ele cuida da churrasqueira e das carnes e eu, dos acompanhamentos e da sobremesa! E, desta vez, o Churrasco tinha um motivo muito especial: comemorar o aniversário do Ian com seus amigos!

Escolhemos um cardápio básico, privilegiando as carnes que os adolescentes tanto gostam: Linguiça Toscana, Picanha, Maminha, Costelinha de Porco Agridoce (pedido do Ian) e Frango ao Alecrim (pedido meu... rs). Para acompanhar, não poderia faltar uma bela Farofa (de Cebola Queimada, uma delícia), um Molho de Cebolas (levemente adocicado, o preferido do Erik), uma saladinha, que virou um lindo Carpaccio de Tomates com Molho de Manjericão (homenageando minha enteada Marina, que adora tomates)...

Para os aperitivos, tive que vencer meus "preconceitos" de frituras e produtos industrializados e acabei comprando o que os teens adoram: batatinhas fritas (Pringles) e Doritos com Molho Cheddar!!

A sobremesa, que acabou virando o Bolo de Aniversário do Ian, foi escolha do próprio aniversariante (aliás, todo ano ele escolhe este mesmo bolo! rs): Bolo de Cenoura com Cobertura de Chocolate, que preparei no formato de Cupcakes e decorei com M&Ms! Servi também umas deliciosas uvas escuras Thompson (bem doces e sem caroço) que, obviamente, ninguém deu a menor bola (só Marina e eu comemos algumas!).

Algumas das receitas utilizadas no Churrasco Teen já estão registradas aqui no blog (é só clicar nos links). Outras, como o Frango ao Alecrim e a Costelinha Agridoce, estão detalhadas abaixo.

O Molho de Cebolas é muito fácil de fazer: corte 2 cebolas em rodelas finas e acrescente bastante azeite, um pouco de vinagre, sal e pimenta a gosto, 1 colher de sopa de açúcar e 1/2 xícara de água. Faça com um pouco de antecedência para que a cebola fique bem saborosa e temperada.

Churrasco Teen

Carnes

  • Picanha (no sal grosso)
  • Maminha (no sal grosso)
  • Frango ao Alecrim (ver receita abaixo)
  • Costelinha de Porco Agridoce (ver receita a baixo)
  • Linguiça




Acompanhamentos



Sobremesa



Parabéns, Ian! Espero que você e seus amigos tenham curtido o nosso "Churrasco Teen"!!