DESAFIO: Provar e fazer o maravilhoso molho de tomate do Restaurante Taormina!!

Fachada do Taormina, na Alameda Itu
(foto da internet)

Conheci o Restaurante Taormina recentemente, quando uma amiga marcou seu almoço de aniversário lá. O local é uma graça: um pequeno sobrado, com um jardim na frente, poucas mesas, decoração aconchegante... A proposta também é diferente e charmosa: cozinha legitimamente siciliana (com um certo toque mafioso...rs), cardápio "falado", com duas entradas, 6 opções de massas, frutas e o "gran finale", café italiano com cannoli, uma massinha crocante recheada de ricota doce e laranja... E se você não for voltar para o trabalho, um copinho de Lemoncello para encerrar! Tudo isso por cerca de R$ 40,00 por pessoa, um excelente custo-benefício!

Nas paredes, muitos prêmios, muitas recomendações, muitas reportagens publicadas sobre o Taormina, cujo nome homenageia uma bela cidade siciliana, e sobre sua dona e "chef", Helena Morici, uma senhora agitada e carismática, que percorre as mesas conversando com os clientes e orientando os garçons... Divertida, ela deu a maior "bronca" em uma amiga minha que resolveu pedir "queijo ralado" para colocar em seu Spaguetti com frutos do mar, uma completa heresia gastronômica, segundo a chef... rs (mas a mineirinha é teimosa e colocou o queijo no prato mesmo assim!). Saiba mais sobre a história do Taormina e de seus donos em uma reportagem do Paladar, clicando aqui!

Assim que provei os pratos do Taormina, percebi que o molho de tomate era a "estrela principal" do restaurante: suave, adocicado, bem temperado, com "zero" acidez... Simplesmente delicioso! E, em uma das reportagens expostas, havia a receita!!

A entrada de Berinjela, com Molho de Tomate e Ricota Defumada

A especialidade do Taormina: Fusili com Calabresa

Experimentar a receita da chef Helena passou a ser uma questão de absoluta necessidade! Procura daqui, procura dali, encontrei a receita em uma uma reportagem do Diário Popular, parcialmente reproduzida abaixo:

Molho de Tomates do Taormina

• 1 kg de tomates débora bem maduros
• 2 conchas de azeite extra virgem
• 5 dentes de alho inteiros
• um punhado de folhas de manjericão
• 1 colher de sopa de sal

Escolha os tomates maduros, bem vermelhos e firmes. A chef utiliza apenas o Débora. Lave bem, um a um, em água corrente. Em seguida retire a ‘tampa’. Os tomates tem de ser cortados em quatro, como pétalas de rosa. Retire qualquer parte escura ou danificada. Se estiver verde por dentro, não serve para o molho. Coloque-os em uma panela e leve ao fogo por aproximadamente 15 minutos, para apenas amolecer. Tampe a panela e mexa de vez em quando. Reserve.
Em outra panela, coloque duas conchas cheias de azeite extravirgem. Segundo a chef, o azeite ajuda a conservar o molho por mais tempo, depois de pronto. Descasque os dentes de alho e faça cortes verticais, sem parti-lo ao meio. “Ele vai tirar toda a acidez do molho”, diz Helena. Coloque-os na panela e deixe dourar. Lave bem e seque com papel toalha as folhas frescas de manjericão. Coloque na mesma panela já com o azeite e o alho. Mexa e desligue o fogo.
Com a ajuda de uma máquina de passar tomate ou uma peneira, retire toda a polpa do tomate. Semente e pele não serão usados. Não use o liquidificador. Paciência é a palavra-chave para fazer um bom molho. Coloque toda a polpa na panela, acerte o sal e cozinhe por duas horas, sem tampar a panela.

Segui passo a passo a receita acima... E ficou delicioso!! Esta receita certamente passará a ser a minha receita preferida de Molho de Tomate!!

E vamos terminar este post fazendo uma homenagem à cidade que deu o nome a este pequeno e simpático restaurante e à sua chef Helena, que gentilmente compartilhou conosco os seus segredos culinários!!

A cidade de Taormina, na Sicília - Itália (foto da Internet)

DESAFIO: Preparar uma jantar italiano a la "Jamie Oliver"!

Este é daqueles desafios do tipo "completo": vai desde a escolha do tema, o estudo das receitas, a compra dos ingredientes faltantes, o planejamento do preparo (pois são várias receitas) no quadro branco da minha cozinha e, finalmente, a execução!

E, depois de tudo isso, estar "inteira" para receber os convidados, com a cozinha em ordem!! rs

Tema do Jantar: Jantar à Italiana, com receitas do Jamie Oliver

Convidados: Alê, Erik, Ian, Marina e meus pais, Hans e Nilza

Menu:

• Entrada: Focaccia com duas coberturas: Cebola Frita e Manjericão com Azeite
• Prato Principal: Lasagne alla Cacciatora (Lasanha a Caçadora)
• Sobremesa: Torta della giovane Sara (Bolo de Limão Siciliano e Pignoles)

Há tempos eu estava com vontade de fazer pão... Por isso escolhi a Focaccia, que segue a receita básica de pão do Jamie Oliver e o charme fica por conta da cobertura e dos furinhos que você faz com o dedo para que a cobertura "penetre" na massa. O dia estava quente, o que facilitaria o processo de crescimento da massa, ponto crítico do preparo de um pão caseiro.

O prato principal escolhido, a Lasanha, sofreu uma adaptação: o molho vermelho com carne. A receita original é feita com carne de caça assada (tipo faisão, coelho, marreco...) e eu estava meio sem tempo de arrumar um cão perdigueiro e um rifle, ir até o meio do mato, dar um tirinhos e trazer a caça nas costas... kkkkk... Optei, então, por fazer um "molho ragú" com carne de vaca e de porco, seguindo outra receita do Jamie... O nome do prato teve que mudar por conta desta adaptação... virou Lasagne alla Bolognese (ou Lasanha a Bolonhesa)!

A sobremesa escolhida, um Bolo feito com Limão Siciliano e coberto de pignoles, também sofreu adaptações... Desta vez, o motivo foi o bolso... Estava eu no Mercadão e, inocentemente, pedi 100gr de pignoles... A atendente olhou para a outra e disse... - Ela quer o "duzentos e vinte"... E eu pensei comigo: "Este deve ser o código do produto"... Ela voltou com o vidro e eu descobri o que era o tal "duzentos e vinte": o PREÇO do quilo! As minhas modestas 100gr custariam R$ 22,00!! Imediatamente "adaptei" a receita: no lugar do "220" eu iria usar amêndoas em lascas (R$ 38,00 o quilo)! Outro ingrediente fundamental nas receitas de massa é a semolina de grano duro. Um pacotinho de 500gr custa R$ 4,50, mas, neste caso, tenho que deixar o "pão durismo" de lado e me render à qualidade que este ingrediente traz aos pratos! No caso da massa de macarrão, com a semolina você realmente consegue uma massa "al dente"!

Comecei preparando a massa da lasanha. Ao contrário de "suar" para sovar a massa, usei a minha maravilhosa "Kitchen Aid", com sua pá para massas... Só fiquei olhando enquanto a batedeira misturava as farinhas e os ovos com perfeição... Em seguida, preparei a massa do pão da mesma forma... A massa da lasagne foi para a geladeira e a massa do pão foi "crescer" em cima do microondas, onde é mais quentinho e não há correntes de vento.

Preparei o Bolo (a coitada da Kitchen Aid trabalhou muito...rs). Enquanto assava, fiz os recheios de cebola frita  e de manjericão para a Focaccia. Quarenta minutos depois, o Bolo estava assado, com uma camada de lascas de amêndoas bem tostadinhas!

Depois de uma hora, a massa do pão havia dobrado de tamanho. Sovei durante um minuto (com as mãos mesmo...rs) e espalhei a massa em uma forma retangular grande, cobrindo metade da massa com cada recheio... Mais quarenta minutos crescendo e estava pronto para assar (quinze minutos no forno bem alto)!

Em seguida, fiz o Molho Ragú. A carne de vaca já estava moída, mas a de porco não... A Kitchen Aid tentou se esconder nesta hora, mas não teve chance! Logo o moedor de carne estava acoplado a ela e a carne de porco sendo moída!!

Enquanto o Ragú cozinhava (por duas horas), preparei o Molho Branco. Quando faltava uma meia hora para o Ragú ficar pronto, comecei a abrir a massa... A sorte da Kitchen Aid é que eu não comprei o acessório de massa... Mas isso é só questão de tempo!!! Utilizei a versão manual deste equipamento, que, por sinal, é muito eficiente! Fiz 8 longas tiras de massa, mais do que o necessário para a lasagne, mas eu queria que sobrasse massa, para outra refeição...

Com o Ragú pronto, aqueci uma panela grande com água. Dividi cada tira em 2 e escaldei 2 partes por vez... E já fui montando a lasagne... Massa, molho branco, molho vermelho, queijo ralado... Mais massa, mais molho branco, mais molho vermelho, mais queijo ralado... Repeti este processo mais 6 vezes, deixando o molho branco por último. Cobri com mussarella e folhinhas de manjericão.

Quando os convidados chegaram, coloquei a Lasagne para gratinar! Passados 45 minutos, o jantar estava pronto para ser servido! Ufa!! Missão Cumprida!

O jantar foi delicioso! A Lasagne estava super leve e muito saborosa...

A Focaccia foi uma surpresa para as crianças, que adoraram principalmente a cobertura de Cebola Frita!

O Bolo de Limão Siciliano e Amêndoas estava gostoso, mas faltou um "acompanhamento", como um chantilly ou sorvete de creme, pois o bolo é um pouco seco.

A receita da Lasagne vem a seguir... Seguem também os links para as Receitas de Focaccia e do Bolo de Limão Siciliano e Amêndoas!

Lasagne Alla Bolognese (para 8 pessoas)

Massa Fresca

• 300gr de farinha especial (Renata)
• 150gr de semolina
• 5 ovos grandes

Molho Ragú

• 500gr de carne de vaca moída
• 500gr de carne de porco moída
• 1 cebola roxa grande picada
• 2 colheres de sopa de azeite
• 1 dente de alho picado
• 1 ramo de alecrim
• 2 folhas de louro
• 3 latas de tomati pellati (400gr cada)
• sal e pimenta do reino a gosto

Molho Branco

• 1 litro de leite
• 1 cebola em rodelas
• 1 dente de alho cortado em pedaços grandes
• 1 folha de louro
• 6 grãos de pimenta do reino
• noz moscada moída na hora a gosto
• 80 gr de manteiga
• 60 gr de farinha de trigo

Para montagem

• 150 gr de queijo parmesão ralado
• 200 gr de mussarella em fatias (ou ralado grosso)
• folhas de manjericão para decorar

Prepare a massa misturando as farinhas e os ovos, sovando bem até formar uma bola bem homogênea. Embrulhe em filme plástico e deixe na geladeira por uma hora.

Prepare o Ragú. Aqueça uma cassarola grande e coloque o azeite, a cebola e o alho e deixe fritar bem. Acrescente as carnes, os tomates, as ervas e tempere com sal e pimenta. Quando ferver, abaixe o fogo, tampe e deixe cozinhar por duas horas, mexendo de vez em quando (se secar demais, acrescente um pouco de água).

Prepare o Molho branco. Leve para ferver o leite com a cebola, alho e os demais temperos. Deixe tomar gosto por uns 10 minutos. Em outra panela, derreta a manteiga e junte a farinha, mexendo bem até incorporar totalmente. Coe o leite e adicione à mistura de manteiga e farinha, mexendo sem parar até engrossar. Reserve o molho branco.

Inicie o preparo da massa. Divida a massa em 6 pedaços e abra cada pedaço em uma tira bem fina de cerca de 1 metro. Repita o processo com os demais pedaços. Corte as tiras no tamanho aproximado da assadeira que será utilizada para a montagem da Lasagne.

Aqueça uma panela bem grande com água salgada e um filete de óleo. Cozinhe de 2 a 3 pedaços de massa por vez (é só escaldar a massa). Retire da água quente, passe água fria (para conseguir pegar a massa com as mãos) e coloque no fundo da assadeira. Cubra com molho branco, molho ragú e salpique com queijo parmesão. Repita esta sequência 8 vezes. Na última camada, coloque a massa, molho branco e cubra com a mussarella e as folhinhas de manjericão.

Aqueça o forno a 180 graus e coloque a Lasagne para gratinar por 45 minutos. Sirva imediatamente, com mais parmesão ralado!

Lasagne alla Bolognese (Lasanha a Bolonhesa)

DESAFIO: Comemorar 1 ano de Blog!!!

Tudo começou com o Filme Julia e Julie... E com uma total desmotivação no trabalho, como a Julie do filme... E a vontade de me "especializar" mais em um tema que eu sempre gostei... COZINHAR!

 Assim que comecei o blog (acho que estava no meu segundo post!), fui demitida! Decidi, então, fazer o que os executivos chamam de "período sabático". É um eufemismo para "coçar o s... o dia inteiro"! kkkk!! Brincadeiras à parte, era a primeira vez, em muuuuuitos anos que eu não tinha que ir trabalhar de manhã cedo!! E, durante os 3 meses que fiquei em casa, os "Desafios" preencheram meus dias... Foi o melhor "antidepressivo" que alguém poderia ter, além da minha querida família, que me apoia sempre!

Isso faz um ano... Voltei a trabalhar, mas em um esquema diferente, menos estressante, com mais tempo para mim, para a família e para curtir os meus "Desafios Gastronômicos".

E agora, é hora de fazer um "balanço" desta experiência tão importante na minha vida! Para fazer esta retrospectiva, selecionei algumas "estatísticas" interessantes:

• Foram 250 posts sobre as mais variadas receitas, visitas a restaurantes, cursos, vinhos... Os campeões de acesso são as receitas de Strogonoff e de Torta de Banana Caramelada (até hoje não sei por quê...rs) e o Bolo de Nozes (uma das minhas receitas preferidas, que faço desde garotinha para os natais da família):

• Até hoje, foram 85.000 acessos, com uma média de 11.000 acessos nos últimos meses, 400 acessos por dia!

• Tive acessos de vários países além do Brasil como Portugal, Estados Unidos, França, Japão:

• 400 seguidores no twitter @desafiosgastron
• 260 comentários
• 1 reportagem na revista Alta Gastronomia

• 3 cursos: Confeitaria Básica, Ceias de Natal e Macarrons com o Chef Fabrice Le Nud

A evolução dos utensílios de cozinha neste período também foi grande: uma Batedeira e um Liquidificador da Kitchen Aid (sonhos de consumo antigos), uma balança digital (para as receitas de Confeitaria), um termômetro digital (para saber o ponto da calda de açúcar), uma frigideira Bialetti (que vai ao forno, para fazer Tarte Tatin), uma panela de ferro Mario Batali (comprada no primeiro desafio, o Boeuf Bourguignon)...

Torta de Chocolate do Jamie Oliver

Adquiri também novos livros de Culinária: um sobre Técnicas do Cordon Bleu, dois do Jamie Oliver (com receitas inspiradoras de massas, pães, tortas...), Segredos de uma Banqueteira, da Mônica Dajcz, com dedicatória e tudo!

Assisti a muitos programas de culinária na TV, como Hell´s Kitchen, com o Gordon Ramsey (para eu decidir nunca ter um restaurante...rs), Top Chef (reality show), Que Marravilha, Jamie Oliver e muitos outros (para desespero do Alê, que quer "mudar de assunto" de vez em quando! rs)

 Meus posts preferidos: O do Boeuf Bourguignon, por ter sido o primeiro... o do Cheesecake, pela pesquisa sobre o tema, o do Bacalhau com Couve Tronchuda, receita da minha mãe, com fotos feitas pelo meu pai enquanto ela preparava o prato... e o post sobre os Abacates do vizinho (pela situação tragi-cômica dos abacates despencarem durante a noite no telhado!).

Algumas das minhas receitas preferidas: Créme Brullée (é melhor que o de qualquer restaurante, modéstia à parte!), Muffins de Blueberry (lindinhos, práticos e deliciosos...), Cookies de Chocolate (preferidos das kids), Tarte Tatin (que fez o Alê se render ao sabor das maçãs), os Crepes (que já são tradição nos cafés da manhã de domingo, com muito Maple Syrup)...

Mas, nem tudo "são flores"... Alguns desastres culinários aconteceram... Tentei por duas vezes fazer uma costela de boi assada no sal grosso: "Amor, costela é um prato que não combina com você" - disse o Alê (um jeito carinhoso de dizer: "Isso aqui tá horrível (duas vezes!!!!) rs... Um Spaguettini Cacio e Pepe que fiz para um casal amigo do Alê que eu estava conhecendo aquela noite: embora eu tivesse feito anteriormente com enorme sucesso, desta vez ficou seco e grudento! E minha maior frustração de todas... os macarrons da Dulce France... Até o curso eu fiz... Mas como reproduzir o forno industrial em casa? Impossível. Resultado: só consegui fazer "monstrorons..."

Tive também um comentário negativo uma vez... de um professor de um dos cursos que eu fiz, que ficou ofendido porque eu falei dele em um post... E porque eu reproduzi algumas receitas do curso em casa e postei no blog...

Mas o saldo, ao final deste ano, é totalmente positivo!

Por isso, quero agradecer à minha querida família, aos meus amigos que, durante este ano, participaram dos desafios provando, testando receitas, deixando comentários... Aos meus seguidores e visitantes do blog, aos amigos gastronômicos virtuais que fiz e, principalmente, ao meu maior incentivador... o Alê... que nunca achou este blog uma bobagem e sempre elogiou... tanto os pratos quanto os posts!

E agora, vamos aos planos para o próximo ano! O curso de Confeitaria Avançada e de Entreméts (para quem não sabe...rs... São tortas francesas elaboradíssimas e complicadíssimas de fazer! Um Curso de Vinhos, para falar sobre o assunto com alguma propriedade e conhecimento (deste curso o Alê não vai escapar...rs)! E uma viagem gastronômica para a Toscana e para Paris!!!

Rumo a novos Desafios!!!

Beijos, Bia

DESAFIO: Provar um Carré de Cordeiro no nosso veleiro, o Black Swan!

Carré de Cordeiro com Mousselina de Mandioquinha
e Maçã Grelhada

Você já foi convidada para almoçar em sua própria casa? Foi o que aconteceu comigo e com o Alê, em um final de semana que fomos para o nosso veleiro em Paraty, o Black Swan. Conosco foram nossos amigos Milton e Antônio, as melhores visitas que alguém pode ter! Não sei se vocês se lembram, mas eles foram os responsáveis pelo maravilhoso almoço que fizemos em uma praia deserta no Saco do Mamanguá...

Desta vez, não foi diferente! Eles levaram todos os comes e bebes!! E, com as habilidades gastronômicas do Antônio, dono de restaurante, o final de semana foi uma delícia!

Para o almoço de domingo, o Antônio preparou um saboroso Carré de Cordeiro, acompanhado de Mousselina de Mandioquinha e Maçãs Grelhadas! Além de criativo, ele é super organizado, e já levou tudo preparado para só esquentar e servir!

As costeletas de cordeiro já estavam previamente grelhadas, assim como as maçãs. Bastou colocá-las no forno, regar com um molho de hortelã e deixar aquecer por uns 20 minutos.

A mousselina de mandioquinha (um purê de mandioquinha mais delicado, adicionando-se creme de leite ao preparo) precisava ser aquecido com um pouco de creme de leite.

E aí, foi só montar os pratos: uma "cama" de mousselina, três costeletas, 2 pedaços de  maçãs e folhinhas de hortelã para decorar... Quando subimos com os pratos para o convés, o Alê e o Milton não acreditaram no que estavam vendo!!

E não estava só bonito! Estava delicioso! As costeletas estavam macias, bem temperadas... E o sabor forte da carne era suavizado pela cremosidade da mousselina de mandioquinha e pelo adocicado da maçã grelhada... Tudo isso acompanhado por uma cervejinha gelada (não para mim, só para os "meninos"...rs).

Um brinde a um final de semana maravilhoso, com comida excelente e uma companhia melhor ainda!

Milton, Antônio e Alexandre a bordo do Black Swan, após o almoço com Carré de Cordeiro
e Mousselina de Mandioquinha e Maçãs Grelhadas

DESAFIO: Fazer os famosos Cupcakes de Banana com Merengue Brullée da chef Carole Crema!

Minha versão dos Cupcakes de Banana com
Merengue Brullée

Alguns desafios aparecem onde a gente menos espera... Estava eu esperando minha querida amiga Nara no Wraps quando comecei a ler um folheto que estava na mesa... Era um jornalzinho do restaurante, com notícias e receitas! E lá estava a receita dos Cupcakes de Banana, da chef do Wraps, Carole Crema, que também é dona da confeitaria La Vie en Douce, conhecida por seus cupcakes!



Cupcakes de Banana da Chef Carole Crema, do La Vie en Douce



Eu, pessoalmente, não sou muito fã de cupcakes... Normalmente acho os bolinhos muito doces, com coberturas muito enjoativas... Mas, tenho que admitir, são lindinhos!!

O que me chamou a atenção nesta receita, além do sabor de banana, que eu adoro, era a cobertura de merengue, levemente queimada com o maçarico... E o desafio era tentar fazer novamente o Merengue Suíço, que vai ao banho maria antes de ser batido, e deve atingir a temperatura de 60 graus... Em uma receita anterior, de Tartelettes de Limão Siciliano, tentei fazer o tal merengue mas, como não tinha termômetro, não consegui dar o ponto correto... Acabei fazendo o Merengue Francês, que é só clara e açúcar batidos... Mas não dá o mesmo ponto do Merengue Suíco, que é ideal para coberturas, pois não fica com gosto de ovo... Fiquei animada em tentar novamente, agora com as ferramentas corretas!

Cupcakes de Banana com Merengue Brullée

Para a massa (dá 16 bolinhos):

• 3 ovos
• 3 gotas de essência de baunilha
• 360 gr de açúcar
• 240 gr de farinha de trigo
• 180 ml de óleo
• 100 gr de nozes (eu fiz sem as nozes...)
• 2 colheres de chá de fermento em pó
• 3 bananas nanicas maduras e amassadas

Para a cobertura

• 100 gr de claras de ovo
• 200 gr de açúcar

Comece aquecendo o forno à 180 graus. Prepare a forma de muffins colocando as forminhas de papel próprias para cupcakes.

Bata os ovos na batedeira até ficar bem espumante. Junte a baunilha e o açúcar peneirado e bata mais. Junte metade da farinha e metade do óleo, batendo até incorporar bem. Junte o restante da farinha e do óleo e bata mais. Por último, acrescente a banana amassada e o fermento, misturando com uma colher. Preencha 3/4 das forminhas com a massa. Leve para assar por cerca de 30 minutos ou até ficarem douradinhos.

Prepare a cobertura: aqueça as claras e o açúcar em banho maria até atingir a temperatura de 60 graus. Retire do fogo e bata na batedeira até ficar no ponto desejado (para saber se está no ponto, levante a pá da batedeira... Se o merengue não cair, está no ponto!).

Deixe os bolinhos esfriarem bem. Coloque o merengue em um saco de confeitar e decore os cupcakes. Por último, utilize um maçarico para dourar a cobertura!

Os cupcakes ficaram lindos! A massa é leve e saborosa e a cobertura, embora não tenha "sabor", dá uma textura macia ao bolinho! Vale a pena experimentar! E agradecimentos especiais à chef Carole Crema, que gentilmente compartilhou esta receita com todos nós!! Não é todo chef que faz isso! Parabéns! E Bón Appettit!!

DESAFIO: Experimentar o Azeite de Baunilha e a Flor de Sal em um Mousse de Chocolate!

Mousse de Chocolate Belga com Azeite de Baunilha e
Flor de Sal

Você deve estar pensando... Azeite e sal em um Mousse de Chocolate?? A Bia bebeu?? Excesso de açúcar no sangue?? rs... Calma! Esta invencionice esquisita não é minha... Eu provei esta combinação "exótica" no Restaurante Ville du Vin e simplesmente adorei!! Clique aqui para ver o post sobre esta experiência gastronômica deliciosa!

Coincidentemente, uma amiga minha do trabalho comentou que havia comprado uns azeites aromatizados ótimos... E um deles era aromatizado com Baunilha!! Imediatamente encomendei o tal azeite, da Cia dos Sais (http://www.ciadossais.com.br/), uma empresa especializada em azeites e sais aromatizados. Aproveitei e encomendei a Flor de Sal também:

A receita de mousse eu já tinha... Feita com chocolate amargo belga 70%, bem cremosa e densa... Aprendi esta receita tradicional francesa em um curso de confeitaria... Não é das mais fáceis... além de uma balança digital (para medir 44 gr de açúcar, por exemplo!! rs), um termômetro é necessário para o ponto da calda de açúcar a 117 graus... Além disso, deve-se ter uma atenção especial na seqüência do preparo para que nada desande...

Receita detalhada, ingredientes e utensílios a postos, era hora de reproduzir esta deliciosa sobremesa em casa! Ainda mais agora que tenho a minha maravilhosa e vermelho-cereja Batedeira Kitchen Aid!! Será que a Mousse ficaria tão densa e cremosa como a do Ville du Vin? Vamos ver...

Mousse de Chocolate Belga com Azeite de Baunilha e Flor de Sal

Ingredientes para 6 porções:

• 120 gr de chocolate belga (Callebaut)
• 150 ml de creme de leite fresco
• 44 gr de açúcar
• 15 ml de água
• 30 gr de gema
• 44 gr de ovo

Para servir:

• 1 filete de azeite de baunilha
• 1 pitada de flor de sal

Comece batendo o creme de leite até ponto de chantilly. Reserve na geladeira.
Derreta o chocolate belga em banho maria. Depois de derretido, misture ao chantilly e reserve (na geladeira).

Bata as claras e os ovos (dica: para pesar 44 gr de ovo, bata o ovo inteiro até incorporar bem a gema e a clara, para que a proporção se mantenha) na batedeira até ficar bem esbranquiçado:

 Enquanto os ovos batem, aqueça a água e o açúcar em fogo bem baixo, até formar uma calda em ponto de bala mole (117 graus). Você vai precisar de um termômetro:

Quando atingir a temperatura, coloque a calda lentamente na batedeira em movimento, continuando a bater até esfriar bem (o nome desta mistura, na confeitaria, é "massa bombe").

Para terminar, junte o chocolate com chantilly à massa bombe:

Distribua em taças individuais.

Na hora de servir, decore com um filete de azeite de baunilha e flor de sal... Mas espere... Antes de provar esta delícia, você vai ter que arrumar a sua cozinha!! Essa receita suja muita coisa, dá uma olhadinha no estado na minha pia quando terminei!! rs

Se quiser servir de outra forma, utilize um boleador de sorvete e faça duas bolas de mousse, depois, regue com o azeite e salpique a flor de sal! E Bón Appettit!!

Mousse de Chocolate Belga com Azeite de Baunilha e Flor de Sal

DESAFIO: Provar os famosos doces "moquenses" da Di Cunto!

Era uma tarde fria de domingo quando o interfone tocou e o porteiro me disse: "Sra. Beatriz, tem uma encomenda aqui na portaria para a senhora!"

Saí imediatamente para buscar a tal encomenda... A curiosidade foi maior que a preguiça do domingo! E não me arrependi! Era uma caixa da mais famosa padaria da Moóca, a Di Cunto, deixada pelos queridos amigos Simone e Bernardo, com um simpático bilhete agradecendo o final de semana que tivemos no Black Swan! Gentileza como esta são tão raras ultimamente, que nos surpreendeu!

Ao abrir o pacote, me deparei com dois doces incríveis, tipicamente italianos (ou moquenses, como disse a Simone) e que eu nunca havia provado: o Sfogliatelli, um doce de massa folhada (daí o nome), recheado com um creme de ricota e frutas cristalizadas; e o Babá Napolitano, um bolinho bem leve, embebido em rum... hummmmm!!

Vejam a perfeição da massa folhada... É um doce com muitas texturas, a crocância da massa, a cremosidade da ricota, o sabor das frutas cristalizadas... Encontrei algumas receitas na net...  receita do Cybercook e receita de Comidas e Receitas... Será que um dia terei coragem de tentar fazer este doce em casa?? Já fiz massa folhada em um curso de Confeitaria e não me animei muito em tentar fazer em casa...

Sobre o Babá, encontrei a seguinte passagem na internet: "Conhecido como babà napoletano, esse bolinho assado generosamente regado em calda de rum, açúcar, água e limão, seria, na verdade, de origem polonesa. Dizem que o rei Estanislau, no século XVIII, gostava de mergulhar bolo no rum antes de comer. Para abreviar o ritual, os padeiros criaram um bolo previamente umedecido pela bebida. Daí o bolo foi para a França (Estanislau viveu lá e quem assistiu ao clássico gastronômico A Festa de Babette vai lembrar do babà servido com frutas na hora da sobremesa) e, de lá, chegou à Nápoles. (IG Comida)"

Além da história do Babá, encontrei também a receita no site http://www.receitas.com/. Esta me pareceu mais fácil de fazer! Pena que estes doces tão maravilhosos são tão calóricos...

Mas, deixei a preocupação com as calorias para a segunda feira, preparei o chá e chamei a família para saborear estas delícias!! Obrigada, Simone e Bernardo! Vocês alegraram este final de domingo!!