Conhecer o Roux Bistrô, um canditato a "bistrô queridinho"!

Roux Bistrô (foto do site)

Com certeza, "bistrô" é meu tipo preferido de restaurante... E entre os bistrôs, alguns lugares são meus "queridinhos": Le Vin Bistrô (melhor Créme Brullée), Ici Bistrô (melhor Steak Tartare), La Tartine (melhor Croque Monsieur)...

Mas, experimentar novas opções é sempre bom! Todos os dias, quando estamos a caminho do trabalho, Alê e eu passamos pela Ministro Rocha Azevedo e sempre vemos um pequeno restaurante, o Roux Bistrô. Neste sábado, voltando de um "programão" no Centro da cidade, procurando uma peça para o nosso veleiro (que, por sinal, não encontramos... rs), decidimos "caprichar" no almoço e fomos ao Roux.

Era uma hora da tarde e éramos a única mesa do local... já achamos isso meio estranho... O ambiente era bem aconchegante, com paredes revestidas de papel de parede, móveis de estilo, quadrinhos delicados... O cardápio era interessante, com charmosas descrições em francês (é possível acessá-lo no site http://www.rouxbistro.com.br/) e havia a sugestão do dia, Cassoulet. O Alê adora Cassoulet e foi fácil escolher... Eu senti falta do Steak Tartare (que só aparecia como sugestão do dia, mas não "naquele" dia... rs) e acabei optando por um polvo a provençal, meu prato preferido no "falecido" Julia Gastronomia, que eu espero que ressuscite em breve! Anaíde, estamos aguardando o novo endereço!!

Mas, vamos voltar ao Roux Bistrô. Minha expectativa era grande, pois o chef Arthur Sauer foi um dos indicados a "chef revelação" no Comer e Beber de 2009.

Depois de alguns minutos, chegaram os pratos... Olhando o Cassoulet, pensei... Graças a Deus que o Alê está de regime!! rs... Era uma panelinha tão pequena! E sem nenhum acompanhamento!! Talvez eu esteja comentendo uma heresia à gastronomia francesa, mas o prato pedia uma porção de arroz branquinho!! kkk...

Tive um pouco mais de sorte com o meu polvo: estava bem temperado, bem tenro e bem servido! À parte, uma panelinha com arroz branco, feito com caldo do próprio polvo. Adorei a ideia de tomatinhos caqui salteados levemente para acompanhar o prato, completando o "provençal", feito à base de alho, tomate, cebola e salsinha. Mas o excesso de sabor do alho fez bem para minha memória... Fiquei lembrando o polvo o resto do dia... kkkkk

Hora da sobremesa, momento indispensável em um bistrô! Perguntei à garçonete qual era a "especialidade" do chef: Tarte Tatin de Pêra! Perfeito! Mais um benchmarking para uma das minhas sobremesas prediletas! Para quem quiser saber mais sobre esta sobremesa deliciosa, clique aqui e conheça a versão mais tradicional, feita de maçã. Mas vou experimentar fazer com pêra também, deve ficar delicioso!

A Tarte estava gostosa, com pedaços bem delicados de pêra caramelizada, mas a massa era quase imperceptível, pois, além de fininha, não estava nada crocante... A Tarte Tatin do Le Vin é bem superior...

O Alê foi decidido no Créme Brullée... Afinal, esta é outra das nossas sobremesas preferidas e que eu, modéstia a parte, sei fazer muito bem (clique aqui para acessar a receita do blog)... Mas, para nosso desespero, estava talhado!! Ou seja, o creme não estava homogêneo... estava cheio de "gruminhos"... Como pode isso!?! E não é a primeira vez! Lembram do jantar do Budda Bar, onde devolvemos esta mesma sobremesa porque estava azeda?? Será algum tipo de maldição ou carma???

Chamamos a garçonete e gentilmente mostramos a "textura" do creme... Ela levou ao chef e voltou nos dizendo que realmente não devia ser daquele jeito... O Alê acabou desistindo da sobremesa e "beliscando" a minha (sobremesa!!) rs

Fiquei decepcionada! Esperava mais de um "chef revelação" e de um restaurante caro e tão bem localizado...

Talvez, por isso, o restaurante estivesse tão vazio... em pleno sábado na hora do almoço! Além da nossa mesa, apenas outras 3 estavam ocupadas...

A experiência não foi especial e, infelizmente, não foi suficiente para o Roux Bistrô entrar para o rol de bistrôs "queridinhos"...