domingo, 27 de janeiro de 2013

DESAFIO: Degustar a mais alemã das cervejas brasileiras!


Degustação de Cervejas na Schornstein, Pomerode, SC
Cerveja nunca foi minha bebida preferida. Sempre a achei pesada, indigesta, amarga... Até mesmo os eventos regados a cerveja sempre me pareceram meio grosseiros... Churrascos com carnes gordurosas, gente meio bêbada, latinhas amassadas jogadas no chão, música barulhenta, homens arrotando, rs... Ok, estou sendo um pouco exagerada e até preconceituosa, mas a ideia que quero passar é que a cerveja, para mim, nunca esteve associada a eventos charmosos ou gourmet...

Mas este meu "preconceito" vem mudando ao longo do tempo, principalmente depois que iniciei meus "Desafios Gastronômicos". Cada vez mais a Cerveja está se posicionando como uma bebida elaborada, refinada e que combina perfeitamente com harmonizações e degustações muito interessantes!!

Aqui em casa mesmo, um dos eventos mais legais que fiz foi o Boteco Gourmet, onde harmonizamos cervejas gourmet com comidinhas de boteco! Ficou super charmoso!!


Há cerca de 3 anos, em uma viagem para o sul do país, visitamos Pomerode, em Santa Catarina, a mais alemã das cidades brasileiras e conhecemos a Cervejaria Schornstein, montada em um antigo prédio com uma enorme chaminé que deu o nome à famosa cerveja da cidade: Schornstein significa Chaminé, em alemão.

Portal da cidade de Pomerode (site www.vidadeturista.com.br)
A Cervejaria produz 6 tipos de cerveja, seguindo a famosa e antiga Lei alemã de Pureza da Cerveja, a Reinheitsgebot, promulgada em 1516 e que determina que as cervejas devem ser produzidas apenas com água, malte e lúpulo. Atualmente, somente as cervejarias tradicionais e de pequeno porte na Alemanha seguem a Lei de Pureza.

Ficamos muito impressionados com a qualidade da cerveja e a beleza da cervejaria, além da boa comida de seu restaurante típico alemão.

Por isso, quando retornamos a Santa Catarina três anos depois, com destino a Florianópolis, reservamos nossa primeira noite para dar um "pulinho" em Pomerode e degustar, novamente, as deliciosas cervejas da Schornstein! Só havia uma preocupação: será que o restaurante estaria aberto na terça feira a noite??

Ligamos diversas vezes, já com hotel reservado em Pomerode para aquela noite, sem conseguir uma confirmação... O site dizia que só abririam de quarta a domingo... Em uma das ligações, nos falaram que estaria aberto todos os dias de janeiro... Meio desconfiados, ligamos no mesmo dia da nossa chegada na cidade e houve a confirmação: o Restaurante está fechado à noite!! Que decepção!! Eu até tentei verificar no hotel de Florianópolis (nosso próximo destino) se poderíamos antecipar uma noite a nossa chegada, mas não havia disponibilidade... Decidimos seguir para Pomerode assim mesmo...

Na primeira volta que demos pelo centro, antes até de chegar ao hotel,passamos pela cervejaria e... pasmem!! Estava totalmente aberta!! Felizes por um lado e irritados por outro, descemos para a nossa tão esperada degustação imediatamente!



Alê e eu provamos os 6 tipos de cerveja da Schornstein! Mas, calma!! Não tomamos 6 copos inteiros, pedimos a degustação, com copos pequenos!! rs (texto e foto retirados do folheto da Cervejaria)

  • Pilsen Natural: É um chope do tipo Lager, que representa bem a tradição européia na fabricação de cervejas de alta qualidade. Tem um aspecto mais consistente e sabor caracterizado por um leve amargor e aroma, indicado aos apreciadores mais exigentes.
  • Pilsen Cristal: Este chope é o resultado da filtração, para retirada de leveduras, do nosso Pilsen Natural. O Pilsen Cristal caracteriza-se pela suavidade de seu sabor e por seu aspecto cristalino. Ideal para quem aprecia a leveza de um bom chope.
  • Weiss: Como as melhores receitas, o Schornstein Weiss leva o melhor malte de trigo alemão em sua composição. Chope mais consumido no sul da Alemanha, tem aroma marcante, sabor refrescante e coloração turva, tornando-se ideal para o consumo durante o ano inteiro.
  • India Pale Ale: O India Pale Ale, estilo inglês, tem coloração âmbar dourada, com aroma e amargor bastante acentuados e sabor frutado. A receita é assinada pela mestre-cervejeira Katia Jorge, uma referência neste setor em todo o Brasil.
  • Bock: Bock é um chope forte e encorpado, de baixa fermentação. Tem um inconfundível sabor levemente adocicado. É um tipo de chope originário do norte da Alemanha. A escolha ideal para o inverno na nossa região.
  • Imperial Stout: Produzida a partir de seis diferentes tipos de malte e dois de lúpulo, a Imperial Stout é uma cerveja encorpada, de cor escura e elevado teor alcoólico. A combinação de seus ingredientes proporciona uma sensação muito complexa e agradável na boca, ideal para acompanhar um bom charuto.
Foi muito interessante provar as cervejas em sequência, comparando os sabores, tão distintos, cores e transparências! E meu marido provou mais uma vez que tem um paladar incrível, e tirou "nota dez" no teste cego (aquele em que você prova a cerveja com os olhos vendados, adivinhando qual está tomando só pelo sabor).


Os dois primeiros (Natural e Cristal), mais claros e leves pareciam os chopes tradicionais que se toma nos botecos em São Paulo. O terceiro, de trigo (Weiss), considerado a "estrela" da cervejaria, estava turvo demais! O sabor também não estava bom... Parecia que a cerveja estava "passada"... O que aconteceu? Perguntamos ao garçom se havia algo errado e ele disse que era assim mesmo... Meu marido, que tem um paladar apuradíssimo tanto para vinho quanto para cerveja, não concordou muito...

O Pale Ale, mais encorpado que os pilsen, tinham um sabor interessante, puxando para o "caramelo", o que certamente me agradou mais!

Os dois últimos, Bock e Stout, são cervejas típicas de inverno, escuras e com alto teor alcoólico. Parecem bem interessantes para acompanhar um belo prato de Kassler (bisteca de porco defumada) ou de Einsbein (joelho do porco defumado), mas são fortes demais para o meu "delicado" paladar!! rs

Além da degustação de cervejas, pedimos também o inusitado Pão de Cerveja, feito com os resíduos da produção da cerveja e um combinado de salsichões com batata frita e bacon! Bem alemão e bem light!! Perfeitos para acompanhar a mais alemã das cervejas brasileiras! Prost (Saúde!! ) und Guten Appetit (Bom apetite)!!


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

DESAFIO: Almoçar com as Gaivotas, em Floripa!

Ir a bela ilha de Florianópolis, em Santa Catarina e não comer a Sequência de Camarão é como ir a França e não comer macarons ou ir a Portugal e não comer bacalhau... Ou, ainda, ir ao Mercadão do Centro e não comer o sanduíche de Mortadela (se você conseguir aguentar a enorme fila que sempre se forma por lá!!)

A Sequência de Camarão, como o próprio nome diz, é uma "sequência" de pratos feitos a base de camarão: Bolinho de Camarão, Camarão a Milanesa, Camarão ao Bafo (cozido no vapor), Camarão Alho e óleo, Camarão a Grega, Risoto de Camarão, Escondidinho de Camarão... Não parece o amigo do Forrest Gump, Bubba, contando a ele todos os pratos que se pode fazer com camarão??? Plágio total com os nossos amigos de Floripa!!


"Anyway, like I was sayin', shrimp is the fruit of the sea. You can barbecue it, boil it, broil it, bake it, saute it. Dey's uh, shrimp-kabobs, shrimp creole, shrimp gumbo. Pan fried, deep fried, stir-fried. There's pineapple shrimp, lemon shrimp, coconut shrimp, pepper shrimp, shrimp soup, shrimp stew, shrimp salad, shrimp and potatoes, shrimp burger, shrimp sandwich. That- that's about it."

Mas nossa experiência gastronômica foi muito além de comer camarão de diversas formas... Em um passeio pelo lado norte da Ilha, depois de visitar a badaladíssima Jurerê, onde os "meninos" ficaram bem impressionados com a beleza das catarinenses e das argentinas e as "meninas" acharam melhor ir almoçar longe dali (rs), fomos conhecer a praia de Sambaqui. Um paraíso: céu azul, vento, gaivotas voando, canoas de pescadores, areia branca... E nada de mulheres altas e loiras com biquinis minúsculos! Acho que o Alê vai questionar o meu conceito de "paraíso", mas tudo bem... O blog é meu e eu chamo de paraíso o que eu quiser! kkkk

Passamos por um pequeno restaurante à beira mar, com o estacionamento lotado, chamado Gaivotas de Sambaqui. Nas janelas, cartazes simples anunciavam a especialidade da casa: a famosa Sequência de Camarão. Ao entrar, nos deparamos com um ambiente simples, pequeno, com poucas (e ocupadas) mesas de madeira e grandes janelas de vidro emoldurando a linda paisagem marítima... Mas nada nos surpreendeu tanto quanto ver um enorme galho de árvore passando por dentro do restaurante, ao lado das mesas, cheio de brotos e folhas verdes! Lindo!!



E o nome do local não podia ser mais apropriado... Parecia até que as gaivotas haviam sido contratadas para ficar ali, passeando pela paisagem que avistávamos das janelas... Logo entendemos como funcionava a "contratação" delas: de tempos em tempos, o garçom retirava as sobras de camarão das mesas e efetuava o "pagamento" a suas famintas funcionárias, uma pechincha pelo lindo balé alado que elas proporcionavam aos extasiados clientes do local:


E as gaivotas tinham total razão: os camarões eram divinos! Feitos na hora, com muito capricho e bem servidos! Além da Sequência, nossa turma de esfomeados adolescentes se deliciou com as ostras: cruas, frescas, servidas com sal e limão e as gratinadas, com manteiga e parmesão!



 E tudo isso a um preço muito acessível e honesto: R$ 110,00 por uma Sequência para 4 pessoas e R$ 13,00 a dúzia da ostra crua! E tem gente que ainda prefere ficar em Jurerê Internacional!! Que mau gosto!! rs e Bon Appetit!!

domingo, 6 de janeiro de 2013

DESAFIO: Inaugurar meus "sousplats" de capim dourado com um lindo jantar!

Tenho um amigo que trabalha com decoração e, certo dia, ele postou no Facebook que havia acabado de receber um lote de amostras de objetos (sousplats, descansa-pratos e cestos) de Capim Dourado, uma fibra originária do Tocantins! Fiquei alucinada!! Escrevi imediatamente para ele: "Este lote é meu"!!! Há anos eu "namoro" os sousplats feitos com esta fibra delicada e brilhante! E, coincidentemente, meu marido, quando correu o Rally dos Sertões, conheceu o trabalho em Capim Dourado feito pelas artesãs do Jalapão e também se apaixonou!

A fibra é colhida durante apenas 2 meses por ano, para que sua utilização seja sustentável e não cause a extinção da planta. O trabalho é todo manual e as fibras de capim dourado são unidas por um fio, também natural, feito de uma palmeira. Para saber mais sobre o Capim Dourado, clique aqui!

A inauguração do meu conjunto de Capim Dourado tinha que ser especial! Quando convidamos um casal de amigos, o Roberto e Patrícia, para jantar em casa, decidi preparar uma decoração toda dourada!!  Além dos sousplats de Capim Dourado, coloquei 3 tiras de toalha rendada branca (de plástico, pasmem! rs) para valorizar ainda mais os sousplats. Os pratos, brancos e neutros, foram decorados com pequenas velas feitas com copinho de pinga e fita amarela e branca. Para personalizar cada lugar, uma rolha de vinho e um pequeno cartão com o nome do convidado escrito em dourado. O guardanapo, com um delicado desenho de renda branco e dourado (comprado no Empório Santa Luzia há mais de um ano), ficou perfeito na decoração.


O destaque da mesa ficou por conta do arranjo de flores: com a base de capim dourado, os vasos de vidro transparente receberam vela, romãs (colhidas no jardim) e um ramo de "chuva de ouro", comprada de uma senhorinha em uma esquina do meu bairro... A mesma flor que havia brotado lindamente na nossa árvore no jardim! Uma combinação perfeita!! Foi como trazer o nosso jardim para a mesa!!


 

O cardápio também teve inspiração dourada (mas vou confessar... foi uma total coincidência... só depois eu reparei que as cores dos pratos também "harmonizavam" com a decoração... rs): Petiscos de Queijo e frutas com Champagne, Vou-al-vents de Alho Poró e Bacon como entrada, Gnocchi de Mandioquinha com Iscas de Filet e Shitake como prato principal e, a sobremesa (escolhida pelos convidados e uma das minhas preferidas também), Créme Brullée!


Quando os convidados chegaram, recebi um lindo presente: um Bolo Caseiro, de Gengibre e Laranja, feito pela irmã da Patrícia, Renatinha, uma leitora assídua do blog e que sempre se comunica comigo para pedir dicas, receitas, opiniões! Uma fofa!! E mais fofa ainda foi a lembrança de me mandar o Bolo! E ainda pedindo a minha opinião sobre o resultado!! Que honra! Estava simplesmente delicioso, Renatinha! Adorei!!! E não é que você adivinhou? Seu bolo também combinou com a decoração dourada!! Bón Appetit!!




sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

DESAFIO: Harmonizar queijos e frutas com um espumante démi sec!

Espumante Santa Carolina e Petiscos de Frutas e Queijos!
Tem programa mais gostoso que receber os amigos em casa para bater papo e comer uma comidinha gostosa?? Sem trânsito, sem filas em restaurantes, sem riscos de "arrastão", sem barulho, sem pressão para desocupar a mesa... E, como eu gosto de cozinhar, é juntar "a fome com a vontade de comer"! Literalmente!! rs

Aprendi com uma amiga, que já morou em Paris, que os franceses, quando recebem os amigos para jantar, abrem um champagne de "Boas Vindas", normalmente acompanhado de petiscos leves como frutas frescas e secas (para não atrapalhar a vontade de comer o jantar)! Bem diferente dos italianos, que servem "antipasti", praticamente um "pasti" completo!!! rs

Achei a ideia simples, delicada e charmosa! Em um jantar que fiz em casa, servimos um vinho espumante leve e adocicado de origem chilena, com uma ótima relação "custo benefício": o Santa Carolina Demi Sec.

Para acompanhar, queijos e frutas... A originalidade ficou por conta da forma de servir: ao invés de colocar os queijos e as frutas em uma tábua, montei delicados "espetinhos" combinando uma fruta e um pedaço de queijo, do tamanho certo para se colocar de uma só vez dentro da boca! A inspiração foi uma outra receita de petiscos que fiz no Almoço Vintage, no natal de 2011, os Petiscos no Palito!


Outro ponto fundamental foi a harmonização da frutas e dos queijos... Pensei em queijos mais macios, com sabor marcante, mas nada muito defumado, como um provolone, ou salgado demais como um peccorino ou parmesão. As frutas também deveriam ser doces e eventuamente ácidas (dependendo do tipo do queijo), para contrastar e reduzir o sabor forte do queijo no paladar.

Fiz, primeiro, uma relação "teórica" de possíveis combinações depois de algumas pesquisas na internet e em livros (veja aqui um artigo sobre harmonização de pratos e vinhos, interessante: Academia do Vinho):
  • Cereja com Gouda (já testado nos Petiscos Vintage)
  • Morango com Brie
  • Damasco seco com Brie
  • Pera com Gorgonzola
  • Uvas thompson com camembert
  • Kiwi com Gruyére
  • Damasco seco com Cream Cheese
  • Amoras com Queijo de Cabra
  • Pêssego em calda com Ementhal
Na minha primeira tentativa, fiz 2 combinações: Cereja com Gouda e Morangos com Brie.


Acabei me arrependendo da escolha quando vi o resultado final do prato... Ambas as frutas eram vermelhas!! Teria sido mais interessante se houvesse um contraste de cores... Como uma uva verde... Foi falta de pensar, gente... Além do visual, o morango, que estava muito ácido, acabou se desentendendo com o pobre brie, que estava macio e maduro, prontinho para ser consumido... Para "solucionar" a briga, coloquei 2 potinhos com geléias, uma de framboesa e outra de limão siciliano... 

Mas, se o "colorido" do prato deixou a desejar e o morango estava muito azedo, a opção de servir em formato de "espetinhos" foi excelente! Bastava pegar e colocar na boca! Sem sujeira, sem cair farelo, sem ter que equilibrar a torradinha no guardanapo para cortar o queijo ou passar a pastinha! No máximo, mergulhar o espetinho no potinho de geléia!

Em um outro evento que fiz em casa, gostei tanto da ideia dos petiscos de frutas e queijos que servi novamente como aperitivo do "drink de boas vindas". Só que, nesta segunda vez, "harmonizei" melhor as cores e os sabores: além da cereja, que dá o toque vermelho e combina muito bem com o gouda, um queijo mais forte e amarelo, coloquei também a uva thompson (verde) com o queijo brie e o damasco (amarelado) com o queijo camembert. Embora o preparo seja extremamente simples, o maior desafio aqui foi encontrar as combinações ideais de sabor e visual!! E ficou tudo perfeito! Bingo!!

Petiscos de Frutas e Queijos (para 4 a 6 pessoas)

  • 100 gr de cerejas em calda (sem cabo e sem caroço)
  • 150 gr de queijo gouda
  • 100 gr de uvas thompson (sem sementes)
  • 150 gr de queijo brie
  • 100 gr de damascos secos cortados ao meio
  • 150 gr de queijo camembert
  • palitinhos coloridos de plástico
  • uma tábua para servir
  • Vinho espumante gelado para acompanhar
Corte o gouda em quadradinhos (de 15 a 20 pedaços). Monte os espetinhos colocando primeiro a cereja e depois o queijo. Faça o mesmo com o brie e as uvas e com o camembert e os damascos. Arrume os espetinhos em uma tábua de madeira e sirva com um espumante ou vinho branco de sua preferência!

É isso aí!! Fácil, charmoso e delicioso! Se você testar outras combinações, não deixe de compartilhar conosco!! Bon Appetit!


DESAFIO: Preparar uma sobremesa leve e charmosa para o Almoço de Natal!


Bavaroise de Baunilha com Calda de Morangos
A época de Natal é sempre aquela loucura!! Um evento atrás do outro, uma comilança sem fim... Peru, ChesterTender, Paleta, Pernil, Bacalhau, Rabanadas, Bouche de Noel... Socorro!!!!

Aqui em casa não foi diferente... No sábado (dia 22), fiz um Natal antecipado para os afilhados, todo temático, nas cores Vermelho e Branco! Até o cardápio era vermelho e branco!

No dia 23, preparei um Brunch para um grupo de amigos do Alê que se reúne há 30 anos na véspera do Natal... Uma linda tradição, agora com a participação das famílias! A Véspera de Natal não foi aqui em casa, mas o Almoço de Natal sim! E, para facilitar para todo mundo, dividi as "tarefas" com minha mãe e minha irmã!  Mamãe ficou com o Peru, Cris ficou com as entradinhas e as frutas para a sobremesa (com um "mimo" para o Lulipe, meu sobrinho: Brigadeiros e Beijinhos). Minha parte foi preparar a Paleta (de Porco) Caramelizada com limão siciliano, a Farofa de Frios e Ovos e o Arroz com Champagne e Açafrão! Um banquete!!

Além das frutas, decidi também preparar uma sobremesa inédita por aqui! Os Copinhos de Bavaroise de Baunilha surgiram da ideia de servir uma sobremesa mais leve, em pequena quantidade, que combinasse bem com as frutas natalinas e que aproveitasse a deliciosa calda de morango que fiz para os Push Cakes (ou Bolinhos de Empurrar)!

A forma de servir foi conservadora (e charmosa!), pois os copinhos não precisam ser desenformados e as duas camadas ficam bem visíveis. Eu até pensei em fazer a Bavaroise na forma de bolo inglês, mas fiquei com "medinho" de não desenformar na hora de servir... rs

Aprendi a fazer Bavaroise (uma espécie de mousse feito com Creme Inglês, Chantilly e gelatina sem sabor) em um curso de confeitaria. Não é muito fácil de fazer, pois o ponto do Creme Inglês é sempre um desafio... Feito a base de ovos, leite e açúcar, deve ser cozido até engrossar levemente... E se passar do ponto, as gemas talham inteiras... Um desastre!! Por isso, uso sempre um termômetro para chegar à temperatura ideal, 84 graus! Outra dica importante é usar a fava natural da baunilha (e não a essência), que deixa aqueles pontinhos pretos característicos do Créme Brullée!

Copinhos de Bavaroise de Baunilha com Calda de Morangos


  • 300 ml de leite integral
  • 4 gemas de ovo
  • 75 gr de açúcar
  • 1 fava de baunilha
  • 8 gr de gelatina dissolvida em um pouco de água
  • 120 ml de creme de leite fresco
  • folhinhas de hortelã para decorar

Para a calda de morangos

  • 300 gr de morangos cortados ao meio
  • 150 gr de açúcar
  • gotas de limão

Retire o interior da fava de baunilha com uma faca e coloque no leite. Coloque também as cascas. Ferva o leite com a baunilha e com metade do açúcar. Reserve. Misture as gemas (sem bater) com o restante do açúcar.
Acrescente o leite quente e misture bem. Volte a mistura para o fogo bem baixo e, sem parar de mexer, até a temperatura de 84 graus (eu só sei fazer com termômetro, mas dá para saber o ponto colocando o creme no verso de uma colher e, ao passar o dedo, o creme não escorre). Retire do fogo e deixe amornar. Acrescente a gelatina dissolvida e misture bem. Coloque o bowl com o creme para esfriar.
Bata o creme de leite ao ponto de chantilly e reserve na geladeira. Quando o creme de baunilha começar a engrossar, acrescente o chantilly e misture delicadamente até incorporar bem. Coloque o bavaroise em copinhos transparentes e leve à geladeira para endurecer.

Prepare a calda: ferva os morangos, o açúcar e o limão até engrossar. Enquanto ferve, vá retirando a espuma que se forma na superfície com uma colher. Deixe esfriar.
Na hora de servir, coloque um pouco da calda de morangos sobre o bavaroise e decore com uma folhinha de hortelã! E Bon Appetit!!

Bavaroise de Baunilha com Calda de Morangos
Minha linda e maravilhosa família, toda reunida! Feliz Natal a todos!!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

DESAFIO: Desejar Feliz Natal a todos com um Bouche de Noel!

Para comemorar o Natal com uma receita inédita e cheia de tradição, o desafio foi preparar um Bouche de Noel, ou Tronco de Natal! A tradição é francesa e começou com os camponeses que comemoravam a época de Natal levando um tronco para casa. Este tronco era lavado, enfeitado, regado com vinho e, depois de orações da família ao redor do fogo, pedindo proteção e fartura, o tronco era queimado até virar cinzas.

Com o passar do tempo, o tronco de madeira virou uma sobremesa preparada na época do Natal. Depois de olhar várias fotos na internet e pesquisar algumas receitas, resolvi criar a minha versão do Bouche de Noel: uma massa de pão de ló, um recheio de chantilly com amoras frescas e, para o efeito do tronco, uma cobertura macia de ganache.

Para ficar mais realista, depois de montado, o rocambole deve ser levemente entortado e amassado, e os veios da madeira devem ser feitos com a ajuda de um garfo. Para as laterais, utilizei um saco de confeitar para fazer o efeito do miolo do tronco. Para finalizar, utilize enfeites de natal! Em algumas fotos que vi, são colocados "cogumelos" de marzipan, duendes, pequenas árvores... Lindo!

Bouche de Noel com Frutas Vermelhas

Massa

  • 4 ovos
  • 75 gr de farinha peneirada (1/2 xícara)
  • 125 gr açúcar peneirado (3/4 xícara)
  • 5 gotas de essência de baunilha
Recheio
  • 300 ml de creme de leite fresco
  • 2 colheres de sopa de açúcar de confeiteiro
  • 1 xícara de frutas vermelhas frescas ou congeladas (framboesa, blueberry, amora...)
  • papel manteiga/ forma de 33 x 22
Cobertura
  • 300 gr de chocolate picado
  • 200 ml de creme de leite fresco
Preparo: Aqueça o forno a 180 graus. Prepare a massa. Bata as claras em neve com a batedeira. Reserve. Bata as gemas com o açúcar (dica: peneire as gemas para tirar a pele que deixa gosto de ovo na massa). Junte a farinha e as gotas de baunilha. Bata até ficar bem homogêneo. Junte as claras em neve e misture delicamente (não use a batedeira). Forre a forma com papel manteiga. Distribua a massa na forma e leve para assar por 5 minutos (até dourar). Deixe esfriar um pouco. Prepare o chantilly, misturando o creme de leite (dica: deixe o creme de leite antes de bater por 30 minutos no congelador, para o chantilly não desandar) e o açúcar de confeiteiro. Depois do creme ficar espesso, misture delicadamente as frutas vermelhas picadas. Reserve na geladeira. Forre uma bancada com um pano de prato limpo. Por cima, coloque um pedaço de papel manteiga salpicado de açúcar de confeiteiro. Retire a massa da forma virando-a sobre o papel manteiga com açúcar. Retire delicamente o papel que foi assado com a massa. Distribua o chantilly em toda a massa e, por cima, a geléia de frutas (Dica: se estiver muito espessa, dissolva-a em um pouco de água). Comece a enrolar o rocambole pelo seu lado maior (Dica: use o pano de prato para ajudar a modelar bem o rocambole). Leve para gelar.


Prepare a cobertura de ganache: aqueça o creme de leite fresco até ferver. Misture ao chocolate picado e vá misturando lentamente, do centro para fora, até ficar totalmente homogêneo. Deixe esfriar em um bowl com gelo. Quando ficar espesso, cubra todo o Bouche (com uma colher ou com um saco de confeitar). Faça ranhuras com um garfo por toda a cobertura. Finalize as laterais com um saco de confeitar com bico de pitanga pequeno, fazendo um desenho circular (que imite a parte interna de um tronco). Decore com motivos natalinos. Se desejar, salpique açúcar confeiteiro para finalizar. Deixe na geladeira até a hora de servir.



Bon Appetit e Feliz Natal a todos!! São os votos dos Desafios Gastronômicos a todos os que participaram das nossas aventuras gastronômicas neste ano!!!


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

DESAFIO: Testar as novas embalagens de Push Cake, o Bolinho de "Empurar"!!

Push Cakes Sensação
Além de muita atividade aqui na minha cozinha, o mundo virtual dos Desafios Gastronômicos também é muito agitado! Além do blog, com 60.000 acessos por mês e quase 200 seguidores, tem a página no Facebook com mais de 9.000 fãs, o Twitter @desafiosgastron com mais de 1.000 seguidores... Em todas estas mídias sociais, encontro muitas outras pessoas apaixonadas por gastronomia, quer seja como hobby (como eu), quer seja como profissão ou negócio.

Foi pela página do Facebook que conheci a Francine, dona da Loja Santo Antônio, especializada em produtos para confeitaria. Trocamos muitas mensagens e fiquei morrendo de vontade de ir visitá-la e conhecer a loja, mas ainda não consegui (qualquer dia destes apareço por aí, viu, Francine? rs).

Certo dia, recebi uma mensagem dela pedindo o meu endereço para me enviar umas amostras de uma novidade da loja: os Push Cakes! "Menina, o que é isso???" Ela explicou: são embalagens para montagem de um bolinho de "empurrar"! E me mandou um link do blog da loja, que me deixou interessadíssima em testar as embalagens!

A ideia é servir os Push Cakes como sobremesa para as crianças na Festa de Natal! Como toda a decoração da festa é vermelha e branca, pensei em camadas de bolo de chocolate (que as kids adoram), chantilly (a parte branca) e calda caseira de morangos (a parte vermelha)! Minha primeira ideia foi fazer os Push Cakes com massa de panettone, sorvete de creme e cerejas em calda, mas imaginei que o bolo de chocolate ia fazer mais sucesso entre as crianças!

Junto com o kit enviado pela Francine, vieram também as "hóstias", pequenos discos que servem como base de docinhos. Isso foi uma novidade para mim, pois só havia visto estas "hóstias" na missa! kkk Imaginei que deveriam ser usados como base para os Push Cakes, deixando-os totalmente "santificados" e sem grudar no fundo do pote!!! rs

E a combinação, maravilhosa, de bolo de chocolate, chantilly e calda de morango "pedaçuda" foi batizada por minha amiga e grande contribuidora de ideias para os Desafios, a Sofia, de... "Push Cakes Sensação"!! Perfeito!!

Push Cakes Sensação (16 unidades)

Para a massa

  • 100gr de manteiga amolecida (1/2 xícara)
  • 1 xícara de açúcar
  • 2 gemas
  • 1 1/4 xícaras de farinha de trigo
  • 3 colheres de sopa de cacau em pó
  • 1 colher de sopa de fermento em pó
  • 1/2 colher de bicarbonato de sódio
  • 1 xícara de leite morno
  • 2 claras em neve

Aqueça o forno a 180 graus. Unte uma forma retangular grande, com manteiga e farinha. Bata a manteiga e o açúcar até virar um creme. Acrescente as gemas (uma a uma) e bata bem. Peneire a farinha, o chocolate, o fermento e o bicarbonato. Acrescente metade das farinhas e metade do leite. Misture bem na batedeira. Acrescente o restante da farinha e do leite e bata bem. Em outra tigela, bata as claras em neve e incorpore à massa, mexendo suavemente. Leve ao forno por 15 a 20 minutos, até ficar assado. Deixe esfriar.

Para o chantilly

  • 250 ml de creme de leite fresco
  • 1 colher de sopa de açúcar de confeiteiro
  • gotas de essência de baunilha

Bata o creme de leite bem gelado com o açúcar e as gotas de baunilha até engrossar. Reserve (na geladeira).

Para a calda de Morangos

  • 400gr de morangos cortados ao meio
  • 200gr de açúcar
  • gotas de limão

Coloque os ingredientes para cozinhar em fogo baixo. De tempos em tempos, retire a espuma que se forma na superfície com a ajuda de uma colher. Quando formar uma calda mais grossa, retire do fogo e deixe esfriar.


Para montar os push cakes

  • 16 embalagens de Push Cake
  • 16 hóstias
  • 8 morangos com o cabinho, cortados ao meio

Desenforme o bolo sobre uma folha de papel manteiga. Com a ajuda de uma embalagem de push cake, corte círculos do bolo (32 unidades).

Coloque o chantilly em um saco de confeitar grande, com bico grande de pitanga.

Disponha as embalagens em uma grade alta, de modo que o êmbolo fique no ar, para facilitar a montagem. Coloque uma hóstia no fundo de cada embalagem. Delicadamente, coloque um círculo de bolo. Preencha com o chantilly. Sobre o chantilly, coloque uma colher de sopa da calda de morango. Cubra com outro círculo de bolo, pressionando levemente. Coloque mais uma "flor" de chantilly e enfeite com a metade de morango fresco. Tampe e leve para a geladeira até a hora de servir.



E o mais legal: as embalagens podem ser reutilizadas, congeladas e esterelizadas!! É uma excelente (e prática) opção para festas infantis (e de adultos também!). E as formas de uso são infinitas! É só usar a imaginação e rechear com sorvete, balas, cookies, massa e recheios salgados! E Bon Appetit!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

DESAFIO: Fazer Gingerbread Cookies para o Natal!

Nos meus deliciosos passeios pela Chocolândia, encontrei uma forma de biscoitos de natal da Wilton (marca americana de utensílios de confeitaria) e não resisti, mesmo com seu precinho nada doce... Comprei também aquele spray de untar, para me sentir a própria americana mesmo fazendo cookies... Nada de sujar as mãozinhas com manteiga!

Minha primeira experiência com a forma foi com uma receita de Gingerbread Cookies (ou Biscoitos de Gengibre), tipicamente americanos, feitos normalmente em formato de "bonequinhos" ou Gingerbread Men. Vocês devem se lembrar do Gingy no Shrek I , que é covardemente torturado pelo Lord Farquaad, arrancando-lhe as pernas e ameaçando-o mergulhar em um copo de leite, enquanto o pobre gritava: "Meus botões nãaaaaooo!!"... Hilário!! rs

A tortura do Gingerbread Man
Encontrei uma receita original americana e fiquei cheia de dúvidas quanto aos ingredientes... O que é "ground allspice"? E "molasses"? Ou ainda "cloves"?? Salva pelo Santo Google, descobri: Allspice é Pimenta da Jamaica (eu jamais imaginaria... rs), Molasses é melaço de cana e Cloves são cravos da Índia! E a melhor notícia, eu tinha todos estes ingredientes em casa! Somente a pimenta da jamaica precisava ser moída, mas isso não era problema com o meu super "Almofariz" do Jamie Oliver!!

A primeira tentativa não foi realmente um sucesso... A massa ficou ótima, bem macia, mas eu errei a quantidade de massa na forma de biscoitos... Ficou muito grossa e não assou bem, o que deixou os biscoitos meio "borrachentos" (ou "zoados", como falou minha enteada Marina... kkkk). Também não devia ter colocado o spray para untar, pois os biscoitos se desgrudam sozinhos. Acabei abrindo o  restante da massa com o rolo e fiz biscoitos mais fininhos em formato de flor. Estes ficaram crocantes, mas o sabor do melaço ficou meio enjoativo.

Minha segunda tentativa foi mais bem sucedida com algumas mudanças: substitui o melaço por mel (sabor mais suave), nada de spray de untar, menos quantidade de massa nos biscoitos, mais tempo de forno (em temperatura menor)! Agora sim, ficaram ótimos!