Primeiro passo, foi escolher o cardápio:
- Entrada - Polentinhas com Vinagrete (receita do Atelier Gourmand)
- Prato Principal - Medalhões de filet com Molho Bernáise (receita do livro de Técnicas do Cordon Bleu)
- Acompanhamento - Galette de Batatas e Maçã Verde (também do Atelier Gourmand)
- Sobremesa - Profiterolis com sorvete de creme e calda de chocolate (receita do meu livro de receitas, executado uma vez, há muito tempo...)
Decidi preparar os profiterolis no dia anterior. Ainda bem! A receita que eu tinha era horrível! Deu tudo errado! A massa do profiterolis tinha que ser cozida antes até formar uma bola que solta do fundo da panela. Depois, esta massa cozida é batida na batedeira com ovos... Bati, bati, bati... e ficou tudo empelotado! Não deu liga! Aí eu decidi colocar açúcar, para ver o que acontecia... continuou sem dar liga... Mas eu fui até o fim. O forno estava ligado (porque eu também estava fazendo uma torta de frango para o jantar daquele dia) e decidi assar aquela massa empelotada. Em alguns minutos de forno, a massinha começou a crescer... Fiquei até animada! Pensei: será que vai dar certo?? Minha animação durou pouco... em poucos minutos as massinhas começaram a murchar, murchar, murchar... Tirei do forno e... LIXO!! rs.
Decidi mudar a sobremesa e fazer algo já testado e aprovado: Créme Brullée. E o profiterolis? Bom, vai virar um desafio a parte!
No dia seguinte, comecei a preparar o jantar as 16h, pois tive outros compromissos durante o dia, inclusive passar no Mercadão de Santo Amaro para comprar as ervas frescas, estragão e alecrim. Só encontrei o alecrim e acabei comprando o estragão seco. O tempo estava apertadíssimo, pois os convidados iriam chegar as 20h. E o molho bernáise era novidade, nunca tinha feito antes.
Comecei fazendo o créme brullé, pois, além quase uma hora de forno, ainda precisava estar geladinho na hora de caramelizar e servir.
Créme Brullé no forno, fui preparar a polenta, que também precisava esfriar para ser cortada antes de ir ao forno. Segui a receita que recebi no curso do Atelier Gourmand (está na página de Entradas). Deixei ficar morno e enrolei para formar um cilindro com filme plástico (o processo não é fácil, pois a polenta estava meio mole...). Preparei o vinagrete e deixei na geladeira para "pegar gosto".
Preparei as galettes (camadas de batata, maçã, queijo gouda, alecrim, manteiga) colocadas em pacotinhos de papel manteiga individuais. Depois que o forno se liberou do créme brullé, coloquei os pacotinhos de batata.
Faltava o molho bernáise... Comecei clarificando a manteiga... Alguém sabe o que é isso? Eu não sabia, descobri no livro do Cordon Bleu... Você derrete a manteiga até espumar, aí retira toda a espuma, que é a parte láctea da manteiga. O que sobra é a manteiga clarificada, amarela e transparente.
Em uma panela, eu aqueci um pouco de pimenta moída, vinagre de vinho tinto e estragão até reduzir o vinagre. Depois, acrescentei gemas de ovos e, por último, a manteiga clarificada... Não deu certo... as gemas talharam!! Não sei o que aconteceu! Mais uma dificuldade no meu menu! Vejam que jogo de cintura é fundamental na cozinha! Sempre tenha uma receita na manga se algo sair errado! E foi o caso. Molho bernáise abortado (mais um desafio no meu "backlog"), decidi fazer o Steak au Poivre. Ainda bem que os convidados não haviam recebido o menu antecipadamente!
Faltava terminar o preparo das polentinhas. Cortei as fatias de polenta e as coloquei no forno salpicadas de queijo parmesão. Estavam ficando douradinhas, lindas, quando começaram a... derreter... a amolecer... a perder o formato! Socorro!! Quanta "zica"!
Nesta altura do campeonato, o Alê chegou, trazendo o gás para o maçarico (necessário para finalizar o Créme Brullée). Adivinhem! O maçarico não estava funcionando direito! Era só o que faltava! Respira, respira, respira...
Bom, o que não tem remédio, remediado está! O pior que podia acontecer era servir o Créme Brullée sem o "brullée"... como um pudim de baunilha...
Retirei as polentinhas do forno e fui "arrumando" o formato original, conforme elas esfriavam um pouco... Deu prá disfarçar... A polenta deveria estar mais consistente para não desmanchar quando aquecida no forno...
Temperei os medalhões com a pimenta e sal e reservei, pois deveriam ser grelhados um pouco antes de serem servidos.
Convidados chegaram! Depois de uns aperitivinhos (queijo brie com geléia de amoras, geléia de pimenta e torradinhas fininhas de pão preto), iniciamos o jantar.
Servi as polentinhas. Sucesso total. A combinação da polenta quente com o vinagrete frio bem suave, com gostinho de manjericão ficou muito boa.
Voltei para a cozinha para preparar os medalhões. Fritos os medalhões, preparei o molho com conhaque flambado e creme de leite. Montei os quatro pratos, com 2 medalhões, molho por cima e a galette ao lado.
Estava muito gostoso! O ponto da carne estava perfeito, rosado por dentro, uniformemente. E o molho, bem consistente, caiu muito bem com a suavidade das galettes de batata e maçã verde.
Ao final, chá de hortelã com folhas frescas e mel!
No dia seguinte, recebi um sms super simpático da Déia elogiando o jantar!! É a recompensa do trabalho da cozinheira!!
Obrigada, Déia e Lu por participarem de mais este Desafio! Vocês não faziam ideia das aventuras para preparar este jantar!!
beijos, Bia