segunda-feira, 26 de março de 2012

DESAFIO: Preparar uma Salada de Kani e Bifum, light e totalmente gourmet!

Salada de Kani e Mifun com Molho Adocicado de  Shoyu



Preciso contar uma coisa para vocês... Eu ando meio desanimada... Recentemente fiz um checkup e recebi uma péssima notícia para uma gastroblogueira como eu... MEU COLESTEROL ESTAVA ALTO!!! Imediatemente meu médico me passou o seguinte (e torturante) regime... Nada de carne vermelha com gordura (Adeus Ossobuco com Polenta)... Nada de gemas de ovos (Adeus amado Créme Brullée)... Nada de embutidos (Adeus querido Cróque Mounsier)... Nada de frituras.... (Adeus Bolinhos de Risotto e Coxinhas de Galinha)... Nada de Queijos amarelos... (Adeus Lasanha a Bolonhesa com muuuita mussarela)... Nada de manteiga (Adeus Vida!!!) Se eu fosse vegana, não me importaria com nada disso... MAS EU NÃO SOU! Dá para entender a minha depressão, não dá?

Durante uma semana, não conseguia comer nada... Tinha impressão que tudo era proibido... Comecei a ficar com tontura, passar mal por falta de comida... Emagreci a olhos vistos... Foi aí que resolvi reagir!! E pensei: Quer maior desafio gastronômico que esse? Criar pratos saudáveis, com baixo colesterol, saborosos e charmosos!! Pronto!! A alegria voltou ao meu sofrido coraçãozinho!!

Foi assim que eu criei esta deliciosa salada, que contém só ingredientes saudáveis e com baixo índice de colesterol! Também não tem gordura, não tem lactose, não tem glúten... Só tem um pouquinho de açúcar (se fizer com adoçante, ainda pode ficar DIET)... E, como o Alê não come peixe, o meu "convidado" para provar o novo prato foi meu filho de 15 anos! 

O kani é um ingrediente muito prático e fácil de preparar, que você pode ter no freezer e descongelar em alguns minutos. O Bifum, ou macarrão de arroz, cozinha em apenas um minuto e é a porção de carboidrato do prato... Só não exagere no shoyu (use, de preferência o light, com menos sal). E abuse do gergelim torrado, fonte de fibras! Esses japoneses sabem das coisas!!

Kani, Shoyu e Bifum... Ingredientes da Salada
Mas eu não precisei explicar nada disso para meu filho de 15 anos... Afinal, a última preocupação dele no momento é comer comida saudável... E sabem o que ele falou da salada?? Putz, isso aqui tá bom...Tem mais, mãe???

Salada de Kani e Bifum com Molho Adocicado de Shoyu e Gengibre

Para 2 pratos principais ou 4 entradas
  • 1 pacote de kani kama congelado (16 sticks)
  • 6 folhas de alface crespa (ou outro tipo de sua preferência)
  • 1/2 pacote de bifum (macarrão japonês de arroz)
  • 2 colheres de sopa de gergelim preto in natura
Para o molho
  • 1/2 xícara de shoyu light
  • 1 colher de sopa de gengibre ralado
  • 1 colher de chá de açúcar ou 1 saquinho de adoçante
Descongele naturamente os kanis (demora uns 30 minutos). Ferva uma panela grande com água e coloque o bifum para cozinhar por 1 minuto. Coe em uma peneira e coloque em uma travessa.


Junte água gelada e reserve. Torre o gergelim, em uma pequena frigideira, até as sementes começarem a pipocar.


Prepare o molho, misturando o shoyu, o açúcar e o gengibre e reserve.


Lave as folhas de alface, seque bem (utilize uma centrífuga) e pique bem.

Quando o kani descongelar, desfie todos os sticks.


Escolha pratos grandes (se for servir como prato principal) ou pratos de sobremesa se for servir como entrada. Distribua o alface picado nos pratos, deixando um espaço no centro. Coe o bifum e distribua-o no centro dos pratos. Por cima do mifun, coloque o kani desfiado (se quiser, utilize um aro de metal, complete com o kani, pressione bem e retire o aro). Salpique com o gergelim torrado.


Na hora de servir, regue bem com o molho de shoyu e gengibre.
E vamos lá!! Força e coragem na luta contra o colesterol!

Salada de Kani e Bifum com Molho Adocicado de Shoyu e Gengibre

domingo, 25 de março de 2012

DESAFIO: Provar um pão feito com água do mar!

Pão de Água do Mar
Acho que este é um dos desafios mais inusitados deste blog! Estávamos nós em nosso veleiro Black Swan, acabando de atracar na marina, após um delicioso final  de semana em Paraty, com direito a almoço na praia do Sombreiro com os amigos, no Saco do Mamanguá, quando nossos vizinhos do veleiro Caramarujo nos chamaram para provar um pão que havia sido feito a bordo... Um pão feito com água do mar!!! Fiquei pasma!! Eu nem estava com fome, mas fui correndo provar a iguaria!

Como assim, um pão feito com água do mar?? Roberta, do Caramarujo, explicou que era uma receita ensinada por um francês que vivia em Paraty e que havia feito várias travessias marítimas... Imaginem comer um pão quentinho e feito na hora depois de dias em alto mar??

A receita é muito simples, e fácil de memorizar... 1+1+1 = 1 kg de farinha de trigo, 1 tablete de fermento biológico, 1 litro de água do mar! Obviamente esta água do mar deve ser apanhada o mais distante da costa possível, para evitar qualquer contaminação! No caso daquele pão em particular, que eu estava prester a provar, a água foi apanhada de um lugar mais afastado no Saco do Mamanguá!

E outro detalhe interessante: segundo o francês dono da receita, é possível fazer o pão mesmo sem fermento, deixando-se crescer por 2 dias... fermentando com a própria água do mar, rica em microorganismos!! Já pensou?? Mais "rústico" que isso, impossível!! Também é possível substituir o fermento fresco por fermento biológico seco, mais apropriado para se conservar em um barco em travessia.

Mas mesmo que você não pretenda fazer uma travessia marítima ou não tenha acesso a água do mar limpa o suficiente, é possível fazer o pão com água normal e sal. E vale a pena, pois fica um pão leve, com uma casquinha crocante, perfeito para comer com manteiga!

Pão de Água do Mar
  • 1 kg de farinha de trigo
  • 1 tablete de fermento biológico
  • 1 litro de água do mar (ou água normal salgada)
Dissolva o tablete em um pouco da água do mar morna. Coloque a farinha em uma bacia grande e faça um buraco no meio e coloque o fermento dissolvido. Comece a misturar com a farinha e vá juntando a água do mar até obter uma massa homogênea. Deixe crescer por 2 a 3 horas. Asse no forno até ficar dourado.

Pão de Água do Mar
E assim, a gente vai colecionando receitas boas para serem feitas à bordo do nosso querido veleiro! Aprendi mais uma! Bón appetit!

sexta-feira, 23 de março de 2012

DESAFIO: Preparar uma sobremesa que eu nunca vi, nem nunca provei... Île Flottante!


Île Flottante (Ilha Flutuante)
Preparar um prato que experimentou em um restaurante não é fácil... Preparar uma receita que viu em uma revista também pode ser desafiante... Agora, preparar uma sobremesa que uma amiga sua comeu em Paris e que você só tem uma receita da internet com uma foto bem pequeninha e, além disso, querer servi-la em um jantar para os amigos... Chega a ser uma completa insanidade!!!!

O desafio começou com o pedido do Coq Au Vin pelo maridão... E foi evoluindo para um jantar francês, com canapés charmosos para acompanhar um champagne geladinho como entrada, o Coq Au Vin com purê de batatas como prato principal e, obviamente uma sobremesa francesa, à altura dos demais pratos!

Foi aí que a Renata, que trabalha comigo, comentou de sua sobremesa preferida quando morou em Paris (que inveja!! rs)... o Île Flottante ou, traduzindo, Ilha Flutuante... Uma massa de suspiro beeeem leve que fica boiando em uma calda de baunilha, coberta de caramelo! Achei a descrição o máximo! E ela, ainda por cima, me mandou o link da receita, preparada pelo Olivier Anquier!

Îlle Flottante do Olivier Anquier
Os ingredientes eram básicos (ovos, leite e açúcar) e pareceu fácil de fazer: um suspiro que depois é cozido no leite para firmar bem, um creme de baunilha feito com as gemas (que sobraram do suspiro) e, por último, uma cobertura básica de caramelo!

E lá fui eu... Enquanto o Coq Au Vin estava cozinhando no forno, fui preparar as "Ilhas". Minha ideia era deixar as 3 partes da receita prontas e só montar na hora de servir! Separei as claras e, na hora de ligar a batedeira, a força acabou!! Fiquei olhando para as claras, olhando para a batedeira "morta"... E pensei... Que M...!!!! Bater na "mão" seria praticamente uma insanidade (outra, além de escolher uma sobremesa inédita para um jantar com amigos...rs) e eu decidi adiantar os Canapés, que não dependiam de energia elétrica... Terminados os canapés, nada da luz voltar... Aí decidi antecipar o caramelo, afinal, na receita, o Anquier mandava preparar e "deixar esfriar"... Atingido o ponto de caramelo (com termômetro, a quase 150 graus de temperatura), reservei o caramelo e nada da força voltar... Eu já estava pensando em um Plano B para a sobremesa (comprar sorvete da padaria, uma banana flambada... sei lá...) e, enquanto xingava a Eletropaulo, a luz voltou!!! Ufa!!! Faltava uma hora para os convidados chegarem e a sobremesa ainda precisava ficar geladinha!! Que tensão!!!

Batidas as claras, tentei formar as "ilhas" com uma concha, conforme indicava a receita... Não deu certo... Apelei para as colheradas mesmo, embora deixassem as "ilhas" meio irregulares... mas, se pensarmos que as ilhas na natureza são totalmente irregulares, formadas de lava de fulcão, eu não estava cometendo nenhuma heresia... rs

As "ilhas" foram cozidas no leite e reservadas na geladeira. Seguiu-se o preparo do Creme de Baunilha, feito com o próprio leite utilizado para cozinhar os pedaços de suspiro (coado, obviamente) e com as gemas (que eu, inadivertidamente esqueci de peneirar...), açúcar e essência de baunilha, tudo isso em banho maria. Fiquei com medo de talhar o creme por cozinhar demais mas depois fiquei insegura por achar o creme "líquido" demais... No desespero, tentei ligar para a Renata que não podia atender (estava no cinema!!!) para saber se o creme era assim mesmo...

E o tempo passando... rs... Fui olhar o caramelo e... pasmem... tinha virado pedra!! Obviamente, quando o Oliver Anquier dizia "deixe esfriar" era só um pouquinho, para conseguir atingir a textura desejada... Reaqueci o caramelo em banho maria e consegui fazer umas "esculturas" muito loucas puxando pedaços do caramelo e transformando-os em fios!

Na hora de servir a sobremesa, fiz várias ressalvas para os convidados, para prepará-los para um completo desastre... Mas não é que a sobremesa flutuante fez sucesso?? Principalmente o caramelo, que dava uma crocância e grudava nos dentes!! rs... A massa de suspiro ficou muito leve e o creme de baunilha estava saboroso (com um pouco de gosto de ovo, pois esqueci de peneirar as gemas, uma falha mortal!) embora um pouco líquido demais...

E a correria foi tanta que não houve registro fotográfico nenhum!!! Só registrei a sobremesa pronta!

Île Flottante (Olivier Anquier)

  • 5 ovos
  • 3 xícaras de chá de açúcar
  • 1 litro de leite
  • 1 colher (café) de baunilha
  • 1 colher (sobremesa) de vinagre
  • 100 ml de água
Primeiro, aqueça o leite em fogo baixo em uma frigideira de borda alta. Depois, separe as claras e bata-as na batedeira em ponto de neve com uma pitada de sal, acrescentando aos poucos 1 xícara de açúcar. Pegue colheradas do suspiro e coloque no leite para cozinhar, um minuto de cada lado. Reserve as "ilhas" na geladeira. Coe o leite e reserve. Bata as gemas com a baunilha e o açúcar até clarear. Junte aos poucos o leite e cozinhe a mistura em banho-maria por 5 minutos. Retire a tigela do banho-maria e coloque em outra vasilha com água e gelo, mexendo até esfriar e deixe na geladeira. Prepare o caramelo: em uma panela, coloque 1 xícara de açúcar, o vinagre e a água. Leve ao fogo para ferver, sem mexer, até ficar dourado. Se endurecer muito depois que esfriar um pouco, volte a aquecer a panela em fogo baixo. Pegue pequenas porções do caramelo com as mãos (cuidado para não se queimar!!) e vá puxando até formar uma "escultura" de fios. Monte as ilhas colocando em uma taça transparente uma concha do creme, a clara cozida e a escultura de caramelo. Se quiser fazer como o Olivier, despeje delicadamente a calda de caramelo sobre a ilha... Eu não consegui fazer assim, mas pode ter sido falta de habilidade minha! rs



Apesar das dificuldades... receita inédita, falta de luz, caramelo duro feito pau, Renata no cinema... o resultado superou minhas expectativas (embora não tenha ficado muito parecido com a foto do Olivier...rs).

Mas fica o desafio agora de ir provar a verdeira Île Flottante em Paris!! Bón Appetit!!

quarta-feira, 14 de março de 2012

DESAFIO: Agradar o maridão com um Coq Au Vin!!

Coq au Vin (Frango ao Vinho Tinto)
Coq Au Vin. Galo ao Vinho. Foi este o desafio que o Alê me fez para aquele final de semana... E fazia todo o sentido, pois, se o prato preferido dele foi meu primeiro desafio, o Boeuf Bourguignon, o Coq Au Vin, também um clássico da culinária francesa, era simplesmente a sua versão "galinácea"!! Brincadeiras à parte, os dois pratos tem o mesmo princípio: carnes bem duras cozidas lentamente com vinho tinto e muitos temperos, acompanhadas de bacon, cebouletes e champignons frescos! Impossível não ficar saboroso (se bem preparado)!!

E o preparo do Coq Au Vin, assim como o do Boeuf Bourguignon, não é nada simples. Mas não desanimem! Com um pouco de paciência (e tempo), você irá servir um prato especial e muito saboroso! É só seguir o passo a passo da receita, todo fotografado!

Mas antes de começarmos a receita, deixem-me contar algumas curiosidades sobre este famoso prato. Encontrei a história do Coq Au Vin no blog Goiabada de Marmelo:

"Diz a história que este prato surgiu por volta de 50 a.C., em Auvergne, sul da França, quando os gauleses, liderados por Vercingertórix, foram cercados pelo exército romano. Como símbolo de sua rendição, o líder gaulês enviou um galo de briga a Júlio César, recebendo como resposta um convite para jantar. O prato principal servido foi o próprio galo cozido no vinho da região.
Tradicionalmente, este prato passou a ser preparado com galos  em idade avançada; daí a importância do vinho como forma de amaciar a carne. Ao longo dos anos, passou a ser elaborado com frango ou galinha (preferencialmente caipira) e vinho à base da uva Pinot Noir."

Depois que entendi a origem do prato, entendi também sua forma de preparo. E isso me deixou desesperada!! Afinal, todas as receitas que eu encontrei na net indicavam que o frango (ou galo!!) deveria ficar marinando no vinho por, no mínimo, 24 horas!! E era sexta à noite!! Como o prato estaria pronto para o jantar de sábado?? E o Alê já havia convidado um casal de amigos para a degustação do desafio!! Ai meu Deus, que enrascada!!

Eu já estava quase desistindo de cumprir o desafio naquele final de semana quando encontrei uma receita no livro de Culinária Francesa de uma coleção da Ed. Globo! Era trabalhosa, mas não pedia a "marinada"! Fiquei imaginando se isso iria comprometer o desafio... Afinal, um dos requisitos do desafio é seguir receitas originais! Mas este requisito já não seria cumprido porque eu não tinha nenhuma intenção de comprar um galo velho!! E a marinada de 24 horas fazia sentido se estivéssemos falando de uma carne super dura... Mas não era o caso, pois iria utilizar sobrecoxas de frango, que ficam macias muito rápido!! Eu também não gostei muito da versão marinada quando reparei que o frango ficava com a carne toda roxa, por causa do vinho. Minha expectativa era que, com a receita que eu utilizaria, o molho ficasse encorpado, mas que a carne interna do frango ficasse clarinha... Será que vou conseguir??

Estava mantido o desafio! Segui a receita com fidelidade! Só fiz uma alteração: depois de reduzir o vinho (francês, de boa qualidade), acabei completando com um pouco de água para que ficasse com mais molho! Ou seja, não é necessário reduzir o vinho!! rs E, para acompanhar, um macio e cremoso purê de batatas!

Coq Au Vin (Frango ao Vinho Tinto)
  • 250 gr de bacon
  • 2 xícaras de água fria
  • 3 colheres de sopa de manteiga
  • 15 cebolas pequenas 
  • 2 colheres de sopa de cebola picada (de preferência roxa)
  • 250 gr de cogumelos frescos
  • 1,2 kg de sobrecoxas (sem pele)
  • óleo para fritar
  • 1/4 de xícara de conhaque
  • 1 amarrado de temperos feito com 4 ramos de salda e 1 folha de louro
  • 1 pitada de tomilho seco
  • 1 dente de alho picado
  • 2 xícaras de vinho tinto
  • 2 colheres de sopa de farinha de trigo
  • sal a gosto
  • 2 colheres de sopa de salsa picada
Ingredientes do Coq Au Vin

 Aqueça o forno a 180 graus. Pique o bacon em cubos de 0,5 centímetro e coloque em uma panela com a água fria. Leve ao fogo e deixe ferver por 5 minutos. Escorra o bacon em papel toalha e os enxugue bem. Aqueça uma panela média e frite os pedaços de bacon com uma colher de sopa de manteiga, até o bacon ficar dourado. Retire o bacon e escorra novamente em papel toalha. Reserve.



 Na mesma gordura que ficou na panela, frite as cebolinhas até ficarem douradas. Escorra as cebolas e passe para uma assadeira e leve ao forno, assando-as por 30 minutos (ou até ficarem macias). Retire do forno e reserve.


 Em uma frigideira grande, derreta a manteiga restante, junte a cebola picada e frite por 30 segundos. Adicione os cogumelos cortados em fatias e frite por 3 minutos. Acrescente às cebolas e reserve.



 Prepare o frango. Lave as sobrecoxas, retire a pele e enxugue bem com papel toalha. Na caçarola onde fritou o bacon e a cebola, acrescente óleo até 3 centímetros e aqueça bem. Frite os pedaços de frango (aos poucos) até ficarem dourados.


Retire o óleo da panela e volte os pedaços de frango à caçarola. Aqueça o conhaque em uma concha, diretamente na boca do fogão. Quando começar a borbulhar levemente, incline cuidadosamente a concha e deixe o conhaque inflamar. Joque o líquido inflamado em todo o frango e deixe apagar. Reserve o frango.


 Aqueça novamente a caçarola onde o frango foi flambado, raspando bem o fundo. Junte a farinha ao líquido e deixe cozinhar um pouco. Acrescente o vinho e misture, levando ao fogo alto até ferver, mexendo sempre. Quando engrossar e ficar uniforme, retire do fogo, coloque um pouco de sal, coe o molho e reserve.



 Volte os pedaços de frango para a caçarola (que pode ir ao forno com tampa) ou utilize uma assadeira grande (5 litros). Coloque o bacon frito, o amarrado de ervas, o tomilho, o alho e o molho de vinho. Tampe bem e leve ao forno por cerca de uma hora ou até o frango ficar bem macio. Junte os cogumelos e a cebola, misture e deixe assar por mais 15 minutos. Elimine o amarrado de ervas, verifique o sal, polvilhe a salsa picada e sirva na própria caçarola. 



Ficou muito saboroso, sem ficar enjoativo por conta do vinho... O frango estava bem macio e, embora o molho de vinho estivesse encorpado e escuro, a carne do frango estava clarinha por dentro! Exatamente como eu queria que ficasse! Meu querido "desafiante", a família e o casal de amigos aprovaram! Desafio cumprido!! Ufa!! Este deu trabalho!!! rs

Coq Au Vin (Frango ao Vinho Tinto)
Bón Appetit!!

sábado, 3 de março de 2012

DESAFIO: Inventar aperitivos charmosos para acompanhar um champagne geladinho!

Aperitivos para champagne
O jantar daquele sábado era resposta a um desafio do Alê: Coq Au Vin! Ele, que já é fã absoluto do Boeuf Bourguignon, queria provar a sua versão "galinácea"! Mas um jantar completo não é só feito de um prato principal... Tem que ter aperitivo, entrada, acompanhamentos e sobremesa! Pensa que é fácil?? rs

Conversando com minha amiga Renata que já morou em Paris a trabalho, os franceses costumam convidar para o jantar e servem, assim que os convidados chegam (na hora marcada, obviamente...), um champagne gelado com alguns aperitivos simples como tomatinhos cereja, nozes, amêndoas, queijos, damascos secos... Achei ótima a ideia, e, já que o Coq Au Vin tem sotaque francês, estes aperitivos com champagne ficariam perfeitos como "o abre alas" do jantar!!

Para fazer as vezes do champagne (que só pode receber esta denominação se for produzido na França, na região da Champagne), comprei um vinho frisante chileno Santa Carolina, Démi Sec. Os aperitivos deveriam, portanto, ter um toque adocicado. "Bolei", então, dois tipos de aperitivo: um Canapé de Damasco Seco com Cream Cheese e Pistache e Pedacinhos de Brie com Morango e Geléia de Blueberry. Em ambos, o objetivo foi criar combinações contrastantes e, ao mesmo tempo, balanceadas entre o doce e o salgado, o macio e o crocante, o suave e o marcante!

Canapés de Damasco Seco com Cream Cheese e Pistache
  • 20 damascos secos
  • 1 pote de cream cheese
  • 50 gramas de pistaches sem casca
Primeiro, toste bem os pistaches em uma frigideira e pique-os bem. Monte os canapés com a base de damasco, recheie com o queijo e, para finalizar, vire a parte do queijo sobre os pistaches picados.

Canapés de Damasco Seco com Cream Cheese e Pistache

Pedacinhos de Brie com Morango e Geléia de Blueberry
  • 1 queijo brie  (150 gramas)
  • 2 morangos fatiados (bem fininhos)
  • geléia de blueberry (com as frutinhas inteiras)
Corte o brie em quadradinhos. Coloque uma fatia de morango por cima de cada pedaço e finalize com um pouquinho da geléia, de preferência colocando os blueberries inteiros.

Pedacinhos de Brie com Morango e Blueberry
É bem fácil e rápido de fazer e o  resultado visual é surpreendente. Quanto ao sabor, ambos os aperitivos combinaram super bem com o vinho frisante! Bón Appetit!!